Uma banalidade a menos

A decisão da Câmara Municipal de Porto Alegre, que restringe a obrigatoriedade da execução de hinos antes de eventos esportivos na capital, deve ser comemorada com considerável entusiasmo. Lei inócua no que se propunha (incentivar o espírito cívico), acabava banalizando aquilo que tencionava valorizar. Tão esvaziada estava a execução dos hinos do Brasil e do Rio Grande do Sul que os próprios jogadores ignoravam o instante pretensamente solene, mais preocupados com a manutenção do aquecimento físico do que com um ritual que não tinha atenção real de nenhum dos presentes. E como culpá-los?
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A coisa, agora, está racionalizada. Hino Nacional, só em jogos internacionais e partidas da Seleção Brasileira em Porto Alegre; Hino Rio-Grandense passa a ser facultativo. Já tínhamos nos erguido anteriormente contra o absurdo da obrigatoriedade, e nada é mais justo agora do que frisar o contentamento com o fim do exagero. Que a solenidade fique para os momentos solenes - todo mundo sai ganhando.

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