O desenho do Gauchão 2011
O Gauchão 2011 toma forma. É o campeonato mais platino de todos os tempos: em Buenos Aires decidem-se os detalhes, e em Rivera joga-se o primeiro Gre-Nal. Felizmente, homenagens a pessoas vivas foram descartadas desta edição. Os nomes de Taça Piratini (1º turno) e Taça Farroupilha (2º turno) remetem a aspectos históricos do Rio Grande, como Guanabara e Rio no caso carioca. Muito mais justo e menos político.
A opção por Grêmio x Lajeadense e Cruzeiro x Inter não é à toa: os dois clubes que subiram da Segundona enfrentam a Dupla Gre-Nal. Os jogos ainda não têm horário nem data confirmada na primeira rodada, embora o mais provável seja que o Tricolor, como atual campeão, abra a competição no sábado, 15 de janeiro, no Estádio Olímpico.
De antemão, fica difícil avaliar qual grupo é mais complicado. O fator Juventude como indicador de chave mais perigosa não existe mais.
Chave 1: Internacional, São Luiz, Lajeadense, Novo Hamburgo, Caxias, São José, Universidade e Ypiranga.
Chave 2: Grêmio, Porto Alegre, Santa Cruz, Inter/SM, Veranópolis, Pelotas, Cruzeiro e Juventude.
1ª rodada – Taça Piratini
Cruzeiro x Internacional
Grêmio x Lajeadense
Santa Cruz x Caxias
Juventude x São Luiz
Pelotas x Ypiranga
Porto Alegre x Novo Hamburgo
Inter/SM x São José
Veranópolis x Universidade
Grêmio na Taça Piratini
15 ou 16/01 – Lajeadense – Olímpico
19 ou 20/01 – Ypiranga – Colosso da Lagoa
22 ou 23/01 – Universidade – Complexo Ulbra
26 ou 27/01 – São José – Olímpico
30/01 – Inter – Atílio Paiva
02 ou 03/02 – São Luiz – 19 de Outubro
05 ou 06/02 – Caxias – Olímpico
12 ou 13/02 – Novo Hamburgo – Vale
Distância percorrida estimada: 2.805 km
Inter na Taça Piratini
15 ou 16/01 – Cruzeiro – Passo d’Areia
19 ou 20/01 – Porto Alegre – Beira-Rio
22 ou 23/01 – Santa Cruz – Beira-Rio
26 ou 27/01 – Inter/SM – Presidente Vargas
30/01 – Grêmio – Atílio Paiva
02 ou 03/02 – Juventude – Beira-Rio
05 ou 06/02 – Veranópolis – Antônio Davi Farina
12 ou 13/02 – Pelotas – Beira-Rio
Distância percorrida estimada: 1.483 km
Neste primeiro turno, o Inter viajará a metade da quilometragem gremista, tendência que pode se inverter na Taça Farroupilha, dependendo da tabela. Isto porque o Tricolor terá longas viagens até Erechim, Rivera e Ijuí, enquanto o Colorado terá apenas duas, Santa Maria e Rivera, mas não precisará retornar a Porto Alegre para realizá-las, já que as partidas nestas cidades serão subsequentes. Além do mais, as três primeiras partidas do Inter ocorrerão em Porto Alegre.
Comentários
É uma disputa do interior e dos pequenos da Grande POA. A dupla não tem nada a fazer a não ser retirar-se.
Como os dirigentes da Dupla estão cagando para isso, não sei porque EU me estresso. Depois, dá rolo (e sempre dá); e eles correm para os microfones chorar.
Tantas maneiras de se organizar um bom campeonato, mas a preocupação maior é realizar o congresso em Buenos Aires. PqP!
Depois não sabem porque nossa particpação nacional está cada vez menor...
Como disseste, ele aperta o calendário, atrapalha o Brasileiro sem deixar que os clubes folguem nas datas FIFA.
Mas o pior mesmo são seus jogos.
TRATA-SE DE UM FAVOR ÀS FEDERAÇÕES QUE MANTÉM COM SEUS VOTOS RICARDO TEIXEIRAS E SIMILARES. É pura política travestida em nostalgia e gratidão às origens estaduais de todos.
Acho vomitante. Por mim, o campeão do estadual deveria fazer um triangular com a dupla Gre-Nal e fim. A dupla daria duas goleadas e decidiria a questão num jogo.
a) 16 clubes, fase classificatória em turno único, mais uma rodada de clássicos; (16 rodadas)
a.1) clássicos - Grêmio-Internacional/PA; São José-Universidade; Cruzeiro-Porto Alegre; Caxias-Juventude; Internacional/SM-Pelotas; Lajeadense-Santa Cruz; Novo Hamburgo-Veranópolis; São Luiz-Ypiranga;
a.2) nenhum clube pode ser mandante contra dois times do mesmo clássico; nem visitante.
b) classificam-se os oito primeiros para as finais;
b.1) quartas-de-final (1-8, 2-7, 3-6, 4-5) e semifinais (1-4, 2-3) em melhor-de-cinco pontos; (3 rodadas)
b.2) o time de melhor campanha na Classificatória tem o mando dos jogos 2 e 3;
b.3) em caso de empate em pontos e saldo, classifica-se o time de melhor campanha na Classificatória.
c) final (1-2) em jogo único, de mando da equipe com melhor campanha na Classificatória.
Total: 23 datas.
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Milton, pode-se enfrentar TODOS esses problemas sem acabar com os Estaduais; e, não duvide, pode-se deixá-los TODOS acabando com esses torneios.
Outra alternativa é a regionalização. Promovem-se jogos entre as diversas regiões do estado no segundo semestre, estimulando rivalidades e incentivando os jogos locais. Os melhores de cada região classificam-se para o Gauchão seguinte, mais curto, com a Dupla Gre-Nal sempre pré-classificada.
Nós estaríamos livres de um campeonato pouco competitivo e sem graça. Difícil inventar algo pior.
Não há vida fora do calendário internacional e suas duas disputas nacionais. A Copa e o Campeonato (Liga).
Regionalismo é bom pra folclorista.
Os estaduais são tudo isso que tu achas: mal organizados; mal vendidos; mal disputados; etc. Mas isso não é obrigatoriamente assim, mas resultado de que todo nosso futebol é mal organizado, mal vendido, mal disputados: Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores incluídos!
E o fato de Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores/Sul-Americana serem ruins, e são, não é culpa dos Estaduais. Continuarão ruins sem eles. Os ratos apenas sabem primeiro que o barco está afundando; não são eles que o afundam! Sem os Estaduais, o futebol brasileiro e sul-americano continuará piorando ano após ano.
Há muita vida fora do que chamas "calendário internacional e suas duas disputas nacionais". Até porque não se pode por como condição essencial para existência de algo completamente extrínseco a esse algo.
Caso se adote o que dizes como verdade, qualquer alteração no calendário europeu, com a criação de uma SuperLiga européia de clubes, e todo essa "vida" que citas acaba. E os miltonribeiros do amanhã dirão que "não há vida fora do calendário internacional: A Copa e o Campeonato (Liga)".
E para quem torcerão os miltonribeiros do amanhã? Para clubes quebrados da periferia do mundo? Vão é vibrar na expectativa do Juventus-Bayern decisivo de domingo. Para eles, provavelmente, Gre-Nal será um jogo folclórico como um Rio-Rita...
A preservação dos estaduais não é um favor para ninguém, nem mera perpetuação de uma tradição sem sentido. Trata-se, principalmente, de uma proteção aos GRANDES clubes. Porque futebol não deve ser limitado a poucos clubes; e porque um clube só é grande em comparação com outro. É a existência dos pequenos que nos fazem grandes.
É por isso que os Estaduais valem muito, mesmo que muitos não vejam...
Abraço.
Ah, se os estaduais não existissem, seroa possível que todos os grandes disputassem a Copa do Brasil, é óbvio.