"Perfeito"

Wilson Matias faz o primeiro gol do Inter no Morumbi

Utilizando esta palavra, D’Alessandro resumiu com exatidão a noite do Inter. Um time maduro, consciente, envolvente e seguro. Dominou o São Paulo quase todo o tempo, no Morumbi, como se fosse um time pequeno. Construiu um senhor placar de 3 a 1, que poderia ter sido até mais dilatado. É impressionante, aliás, ver a diferença do que foi a partida do dia 5 de agosto, na semifinal da Libertadores. Nada justifica o fato de o tricolor nem mesmo ter feito frente ao Inter ontem.

O São Paulo paga pela sua arrogância. Está se dando ao luxo de jogar um semestre pela janela. Não efetiva Sérgio Baresi, mas também não o retira, o que pode ser melhor entendido para quem lembrar daquela expressão que utiliza termos mais chulos. Hoje, chegou a dar pena ver um time que recentemente foi tricampeão brasileiro, feito inédito no país, ser uma caricatura de time. E não há jogadores ruins: estamos falando de Rogério Ceni, Miranda, Cléber Santana, Fernandão, Dagoberto, Jorge Wagner, entre outros.

O Inter, claro, nada tem a ver com isso. Roth corrigiu o baixo poder de fogo de seu time nos últimos jogos com muita movimentação. A marcação foi adiantada, e o time jogou quase o tempo todo no campo são-paulino. Leandro Damião estava constantemente no jogo, já que Tinga, Giuliano, D’Alessandro, Nei, Kleber e Wilson Matias apareciam frequentemente em seu apoio, ao contrário do time parado que se via nas últimas rodadas. Damião, por sinal, pode seguir como titular mesmo com Alecsandro de volta. É o que deu a entender Celso Roth.

E agora, todos aqueles que revogavam o Inter da disputa pelo título irão refazer suas opiniões, de forma oportunista. Eu não acho que o Colorado vá conseguir o título, pois entendo que há muitos adversários à sua frente, e nenhum deles dá sinal de que degringolará. Mas jamais se pode tirar da disputa o time campeão da Libertadores, com um elenco deste nível e com tantas rodadas pela frente. É, no mínimo, uma temeridade.

Neymar
Já comentamos aqui e outras vezes, no auge dele e do Santos na temporada, o quanto era preocupante o seu comportamento. Agora, ultrapassou todos os limites do razoável. Nem mesmo Dorival Júnior, que o defendia até mesmo de forma constrangida perante os jornalistas, aguenta mais. A reação da opinião pública foi tão negativa que até mesmo ele, o mais mimado dos jogadores brasileiros em atividade, foi obrigado a pedir desculpas. Não sei se serviu de lição – não só para ele, mas para todos que defendiam suas mal criações apenas por que tem um raro talento com a bola nos pés.

Ainda pior
Borges não joga mais em 2010. O Grêmio tem em André Lima um substituto de qualidade, mas não no mesmo nível. Jael, do Bahia, é goleador. Não havendo na base jogador de característica semelhante, vale a aposta.

Foto: Ivan Pacheco.

Comentários

André Kruse disse…
Parece bem claro que o S.Baresi não é o técnico de fato.

Esse esquema de treinador "fantoche" nunca deu certo
Vicente Fonseca disse…
Não é não. Os termos chulos a que me referi é o que resume a situação dele no São Paulo: não f***, nem sai de cima.
Sancho disse…
O placar da Libertadores tinha sido falso; ontem, foi real.