A merecida conquista do Grêmio
Foi a primeira vez que o derrotado no Gre-Nal decisivo saiu dele campeão gaúcho. Seguramente, trata-se da mais doce derrota gremista em clássicos na história. A vantagem obtida pelo Grêmio no duelo do Beira-Rio foi tão grande que mesmo a decepcionante atuação na partida final permitiu a festa do 36º título estadual para o tricolor.
Mesmo assim, não chegou a ser como água no chopp. Porque o placar de 1 a 0 foi do Inter, mas o jogo não disse exatamente isso. Claro que o gol cedo deixou sempre a possibilidade de estragar a festa aberta, mas o Inter fez pouco mais do que este gol. Foi um time organizado, que conseguiu brecar o Grêmio no primeiro tempo e levou perigo em contra-golpes, mas também foi posto em seu campo na etapa final – onde o jogo esteve muito mais perto do 1 a 1 que do 2 a 0.
Fossati acertou a mão no 3-5-2. Com Bruno Silva e Kleber nas alas, o Grêmio não teve o espaço para atacar pelos lados que dispôs no Beira-Rio. Na defesa, três zagueiros cercavam Borges e Jonas. Neuton passava apuros com Taison, e Adilson não encontrava Giuliano. Sandro, na cobertura, era exímio. Mas faltou poder de fogo. Walter não esteve bem. Por isso, mesmo jogando melhor o primeiro tempo, o Inter teve menos chances de gol que o próprio time de Silas, que esteve boa parte do tempo perdido em campo.
No segundo, mais uma vez, tanto a conversa no vestiário como o preparo físico superior do tricolor fizeram a diferença. Silas mexeu bem: Hugo fez o que desempenhara no Beira-Rio e no Maracanã; foi um misto de assessor de Neuton na marcação e, ao mesmo tempo, um meia bem aberto quando o time atacava. Entrou muito bem no jogo, e por ali o Inter não mais incomodou. Adilson voltou simplesmente monstruoso. Anulou Giuliano e ganhava todas na cobertura e nos desarmes. Mais motivado, o Grêmio foi para cima e impediu o Inter de sair de trás. Não empatou por detalhe, pois teve várias chances. Abbondanzieri salvou várias. Ronaldo também foi importante. Mesmo melhorando, o campeão gaúcho não teve, além de Adilson, ninguém de grande destaque. Jonas e Douglas foram as maiores decepções.
Silas mexeu bem, mas demorou a fazer alterações no segundo tempo, num momento em que o Inter já ameaçava equilibrar a partida e, portanto, pôr em risco a exígua vantagem azul. Entretanto, se Fossati pensou bem o jogo, mexeu mal durante ele. Walter não estava bem, mas Thiago Humberto não fez absolutamente nada. Vendo que o time perdeu poderio ofensivo e deixou de preocupar os zagueiros do Grêmio, lançou mão do falido Kleber Pereira. Não poderia dar certo.
Ganhou o Gauchão o melhor time, o que fez a campanha mais positiva, o que fez mais gols nos Gre-Nais e, no somatório dos dois jogos, também foi superior. Poderia (e deveria) não só ter vencido, mas jogado mais hoje. Para ninguém este título é mais importante que para Silas. Além de ter méritos na organização da equipe ao longo do campeonato, ganha um crédito de ter conquistado já um título (derrotando o rival, o que aumenta a importância), algo fundamental para alguém que começou um trabalho do zero.
O Grêmio daqui para a frente
Silas faz questão de Leandro no time. Produziu pouco ofensivamente, mas correu muito. Entretanto, Maylson deve recuperar a posição, pois foi a partir de sua entrada que o Grêmio cresceu no meio. Hugo, que tem ido bem, também surge como boa possibilidade, pois tem desempenhado função tática importante. A dupla Adilson e Willian Magrão, mesmo que este não tenha ido bem hoje, se impôs e deve seguir. Na esquerda, Neuton abre caminho para a titularidade, mesmo que Fábio Santos se recupere. Já Edilson mostra desempenho a cada semana mais insuficiente, tanto no apoio como na marcação.
O Inter daqui para a frente
Fossati tem quatro dias para virar o jogo contra o Banfield e se manter no cargo. O Inter cresce sem D’Alessandro. Giuliano, com a atuação de hoje, deve se garantir para quinta. Pelo menos hoje, o trio de zagueiros funcionou e estancou o alto número de gols sofridos. Perdendo a vaga nas quartas, o que ainda é o mais provável, o Inter deve e tem que fazer uma limpa no elenco, liberando nomes que ganham muito e jogam pouco em favor da gurizada.
Perdeu, levou
Além do Grêmio, Santos, Vitória e Fortaleza ganharam o título estadual perdendo hoje.
Foto: Rodrigo exibiu a firmeza de sempre e comemorou o primeiro título pelo Grêmio (Globo Esporte).
Comentários
Douglas foi muito displicente, errou muitos passes e poderia ter comprometido.
Já o Leandro corre muito, mas é afobado, acaba que nem marca nem ataca direito.
Pelo menos o caneco é nosso. E que venha o da Copa do Brasil.
gauchão é pra time reserva/misto. O time misto do Inter teria ganhado esse campeonato, descansado, e enfrentado menos dificuldades na Argentina.
espero que um dia a direção do Inter aprende que a rivalidade jamais pode comprometer um projeto maior.
não, não. Perdeu o segundo jogo, logo, não foi superior. O Grêmio era uma pilha de nervos hoje, perdendo gols, errando chances, apavorado com a possibilidade da humilhação. 40 do primeiro tempo e tínhamos torcedores apreensivos e calados e zagueiros tricolores brigando entre si.
mas tudo bem, o Neuton é mito.
CAMPEÃO.
É, agora o Grêmio foi pior. Fez mais gols, criou mais chances, mas ainda assim foi pior.
Cada uma que eu tenho que ler. É muito recalque
Ponso, não cometa uma grande injustiça. Michel e Jucemar foram muito piores que o Edilson. MUITO piores.
O "Neuton Mito" foi para mim, porque tenho usado como nick no MSN e no gtalk. Não vou ficar explicando ironia porque é algo um tanto deprimente, mas toda a ironia tem um fundo de verdade. Um jogador da base, imporvisado na lateral, jogou dois GREnais e uma decisão no Maracanã e manteve ótima média nos três jogos. Para alguém ferido pela derrota no "desprezível" Gauchão isso pode ser pouco, mas para o futebol gaúcho e brasileiro faz diferença, sim. Portanto, insisto: NEUTON MITO. MITO. MITO!!!!!!
Edilson colocará seus pés na CALÇADA DA FAMA daqui alguns anos. Anotem o que digo! =P
E no mais, eu acordei segunda-feira como campeão gaúcho 2010. E o amigo/a que me lê agora? O que diz?...
Mas o Tricolor teve mais a bola. Apesar de não precisar, buscou mais o gol que o Colorado. O INter foi um pouco mais inteligente e bem menos afobado. Mas se via em campo que o Grêmio tinha um time bem melhor.
E o Inter não deu um chute a gol no segundo tempo. Aí não tem como vencer.
No mais, eu to com o André, acho esse Neuton ruim pra c...
http://cartanamanga.blogspot.com/2009/12/quem-e-quem-no-sub-20-do-gremio.html
Hugo tá cumprindo uma função importante, enquanto o Fábio Santos não volta. Para mim, Leandro senta fácil no banco - na moral, o titular MESMO seria o Maylson, mas tem que ver como ficaria esse apoio ao Neuton, no caso.
No mais, FORA FOSSATI. Proponho CLEMER como treinador do Internacional, com contrato MÍNIMO de CINCO ANOS. Aí sim, a coisa vai!
(contém ironia, vale citar)
No mais, também acordei campeã e esperançosa com a Copa do Brasil...
Besos!
não, não, não ousaria contestar esse fato. Eu só apresentei um outro fato, que mostra o quanto o time do Grêmio estava muito pior no aspecto psicológico com a vantagem de 2x0 do que com o 0x0 no Beira-Rio - o que parece bizarro, mas não é, afinal, o medo de perder é um fator preponderante.
mas eu vou lá me recolher e ler alguns comentários sobre arbitragem. Ah, eles sumiram? Puxa...
Após o jogo com o Banfield pipocaram comentários sobre arbitragem.
[/flauta barata]
Afinal, o monopólio de ser prejudicado pela arbitragem pertence ao lado vermelho do Rio Grande...
Essa discussão não faz nenhum sentido.
dhhssdhsdsdsd
E quem disse que fazia?
=P
Por exemplo, ontem eu queria matar o Leandro Vuaden. Nada me tira da cabeça que ele é gremistão, hasdasuhdsdasduhasuhd
XD