Atitude sem demagogia
Tcheco se irritou com a equipe, a direção contesta as decisões de Roth (apesar de reconhecer que as endossou num primeiro momento), a torcida pede a cabeça do treinador, os colorados saúdam seu nome ironicamente. O cenário pós derrota no Gre-Nal é realmente pesado nos ares da Azenha. E os rumores de que a permanência do técnico está condicionada a um bom resultado em Tunja diante do Boyacá Chicó podem até não ser verdadeiros, mas já são um mau sinal.
Ora, não se abandona um treinador em meio a uma competição tão importante. É muito mais fácil tentar corrigi-lo, dialogar com ele, trocar ideias, ajudá-lo a não perder o rumo. O melhor exemplo que Krieger, Kroeff e Meira têm está a dois quilômetros do Olímpico: Abel Braga deixou escapar o Gauchão há três anos (coisa que Roth ainda nem perdeu) em pleno Beira-Rio quando seu time era apontado como o absoluto favorito à taça. Fernando Carvalho não atirou tudo para o alto, como clamavam os colorados: bancou sua permanência, mas passou a interferir pontualmente para evitar que nova tragédia acontecesse. Aquele 4-2-4 maluco que deu o título ao Grêmio em 2006 é o 3-6-1 medroso que deu a final ao Inter ontem.
É claro que demitir será muito cômodo. É a solução mágica, pedagógica e demagógica. Mandar o treinador embora, ganhar a simpatia da torcida, tudo muito lindo. O engraçado é que ninguém propõe nomes plausíveis para substituir Roth. Felipão? Falemos sério. Portaluppi? Quem sabe, mas vem de péssimos desempenhos recentes. Trata-se do único nome aceitável (lembremos que foi vice da Libertadores em 2008), mas mesmo assim não vale à pena para mandar o atual comandante embora no meio do mandato, interromper um trabalho que é bom no âmbito geral, e só precisa de ajustes em momentos pontuais. O Grêmio tem time, tem grupo, tem qualidade para ganhar a Libertadores. É só fazer o óbvio. É só a direção obrigar Roth a fazer o óbvio que as coisas inevitavelmente darão certo. E nem quero falar da questão financeira, já que a multa rescisória deve ser astronômica, dado o alto salário de Celso Roth.
É a hora de a direção gremista tomar uma atitude. É a hora de Krieger e Kroeff mostrarem que são dirigentes à altura de um clube que quer ganhar a América pela terceira vez. E eles mostrarão isto se mantiverem a convicção no trabalho de um treinador que eles se esforçaram demais para manter, aumentando-lhe consideravelmente o salário, dando-lhe tempo e reforços ainda durante uma cuidadosa pré-temporada. O Gre-Nal foi um sinal, porém, de que eles devem estar juntos, discutindo as escalações internamente e evitando que estas mudanças repentinas de time aconteçam antes de grandes jogos. Carvalho conseguiu isso após os constantes abelazos. É possível repetir o feito com Roth, um técnico que monta equipes até mais competentes e organizadas que Abel, mas é tão ou mais afeito a tragédias inexplicáveis quanto ele era.
Não condeno aqueles que querem Roth fora do Grêmio; entretanto, se isto tivesse de ter acontecido, seria após o fim do último Brasileirão. Não agora, em meio ao principal objetivo do clube na temporada, sua obsessão histórica. Aos que consideram a demissão de Roth uma decisão de pulso firme, discordarei veementemente: mostrará justamente o contrário. Será a consagração da falta de convicção no trabalho do treinador, da falta de coerência de quem quis mantê-lo pelo dobro de seus vencimentos de 2008 e, pior, da falta de comando de vestiário, entregando-o ao técnico completamente. Justamente o contrário daquilo que entendo como atitude firme de uma direção.
Em tempo:
- Terça de Libertadores, com o Palmeiras recebendo o Colo Colo precisando da vitória. Primeira decisão na Libertadores para a turma de Luxemburgo, que perdeu da LDU na estreia do Grupo da Morte. Sport x LDU, aliás, tem tudo para ser um dos melhores duelos desta quarta-feira.
Ora, não se abandona um treinador em meio a uma competição tão importante. É muito mais fácil tentar corrigi-lo, dialogar com ele, trocar ideias, ajudá-lo a não perder o rumo. O melhor exemplo que Krieger, Kroeff e Meira têm está a dois quilômetros do Olímpico: Abel Braga deixou escapar o Gauchão há três anos (coisa que Roth ainda nem perdeu) em pleno Beira-Rio quando seu time era apontado como o absoluto favorito à taça. Fernando Carvalho não atirou tudo para o alto, como clamavam os colorados: bancou sua permanência, mas passou a interferir pontualmente para evitar que nova tragédia acontecesse. Aquele 4-2-4 maluco que deu o título ao Grêmio em 2006 é o 3-6-1 medroso que deu a final ao Inter ontem.
É claro que demitir será muito cômodo. É a solução mágica, pedagógica e demagógica. Mandar o treinador embora, ganhar a simpatia da torcida, tudo muito lindo. O engraçado é que ninguém propõe nomes plausíveis para substituir Roth. Felipão? Falemos sério. Portaluppi? Quem sabe, mas vem de péssimos desempenhos recentes. Trata-se do único nome aceitável (lembremos que foi vice da Libertadores em 2008), mas mesmo assim não vale à pena para mandar o atual comandante embora no meio do mandato, interromper um trabalho que é bom no âmbito geral, e só precisa de ajustes em momentos pontuais. O Grêmio tem time, tem grupo, tem qualidade para ganhar a Libertadores. É só fazer o óbvio. É só a direção obrigar Roth a fazer o óbvio que as coisas inevitavelmente darão certo. E nem quero falar da questão financeira, já que a multa rescisória deve ser astronômica, dado o alto salário de Celso Roth.
É a hora de a direção gremista tomar uma atitude. É a hora de Krieger e Kroeff mostrarem que são dirigentes à altura de um clube que quer ganhar a América pela terceira vez. E eles mostrarão isto se mantiverem a convicção no trabalho de um treinador que eles se esforçaram demais para manter, aumentando-lhe consideravelmente o salário, dando-lhe tempo e reforços ainda durante uma cuidadosa pré-temporada. O Gre-Nal foi um sinal, porém, de que eles devem estar juntos, discutindo as escalações internamente e evitando que estas mudanças repentinas de time aconteçam antes de grandes jogos. Carvalho conseguiu isso após os constantes abelazos. É possível repetir o feito com Roth, um técnico que monta equipes até mais competentes e organizadas que Abel, mas é tão ou mais afeito a tragédias inexplicáveis quanto ele era.
Não condeno aqueles que querem Roth fora do Grêmio; entretanto, se isto tivesse de ter acontecido, seria após o fim do último Brasileirão. Não agora, em meio ao principal objetivo do clube na temporada, sua obsessão histórica. Aos que consideram a demissão de Roth uma decisão de pulso firme, discordarei veementemente: mostrará justamente o contrário. Será a consagração da falta de convicção no trabalho do treinador, da falta de coerência de quem quis mantê-lo pelo dobro de seus vencimentos de 2008 e, pior, da falta de comando de vestiário, entregando-o ao técnico completamente. Justamente o contrário daquilo que entendo como atitude firme de uma direção.
Em tempo:
- Terça de Libertadores, com o Palmeiras recebendo o Colo Colo precisando da vitória. Primeira decisão na Libertadores para a turma de Luxemburgo, que perdeu da LDU na estreia do Grupo da Morte. Sport x LDU, aliás, tem tudo para ser um dos melhores duelos desta quarta-feira.
Comentários
A real é que técnico bom é técnico (já) empregado.
Duvido que ele seja demitido agora. A direção não é boba nem burra. Estamos no meio de uma competição internacional, e ainda podemos recuperar o Gauchão. Mudar tudo justo agora é deveras temerário. Além, claro, da multa rescisória que gira perto dos 500 mil.
O que eu acho que tá acontecendo agora, e tem que acontecer por muito tempo, é a cobrança forte. Quando pressionado, Roth põe os 4 neurônios dele pra interagirem e começa a acertar. Foda é essa pressão se manter até junho...
não conto com Juventude e Go Atlético Go ano passado, pq a escalação do Nunes nem de longe foi o principal problema. Aquele time do Grêmio não tinha equilíbrio emocional. A cena do Eduardo Costa batendo no jogador do Juventude e depois chamando todo mundo para a briga - sem sucesso - é um símbolo patético da era Pelaipe no Olímpico.
O maior problema do Roth, a meu ver, é que ele sempre foi um treinador com "prazo de validade". Lá pelas tantas, as relações dele com os jogadores se desgastam muito. Ano passado, isso não ocorreu devido à grande campanha e por que ele tinha os principais jogadores na mão. O único que entrava em conflito aberto com ele era o Felipe Mattione, que está em Milão.
É justamente isso que não pode acontecer agora. A cobrança dele nas entrevistas pós-jogo é uma demonstração que o velho Roth, que tirava o Diogo Rincón do time depois de 15 minutos de jogo, que dizia pro Chiquinho "vai lá e resolve", esse Roth não morreu. É o mr. Ryth que o Zeh colou no aquário (hshshs)
Se ele perder o controle do grupo agora, tudo estará perdido. Um exemplo a se seguir é o de Muricy na metade do ano passado. Tudo indicava que o Muricy tinha perdido o domínio de vestiário que sempre teve, com as cobranças exageradas e as reclamações abertas dos atletas. Com o mesmo time ele foi campeão brasileiro de novo. Qual o segredo? É isso que o Grêmio tem que descobrir.
Mas de resto eu concordo com tudo.
E por mais que tenha sido uma grosseria/sacanagem, o Roth estava certo em relação ao Chiquinho.
A eliminação do Atlético-GO até nem considero como culpa dele, mas
Sobre o jogo do juventude o Vicente colocou bem ali, faltou dizer que o Grêmio tinha vantagem e tomou gol de contra-ataque jogando dentro de casa.
Tirar o Roth agora realmente seria jogar para torcida e demonstraria a falta de convicção.
Não me vem com essa de "qualquer um é melhor". Quero algo propositivo e consistente. Mas mesmo que dê certo será um erro, que denota falta de planejamento.
AK, em 1998, o Roth botou o Diogo Rincón em campo pela primeira vez, não lembro se foi num amistoso ou num jogo de Gauchão. Era fora de casa. Botou no segundo tempo e 15 minutos depois tirou o cara.
Chiquinho: não, não tinha razão, por que ele foi um grande lateral esquerdo nos dois anos e meio em que não estava lesionado ou maluco.
só que botar um lateral esquerdo e dizer para ele RESOLVER é maluquice, não acha?
vamos lembrar Ronaldinho, então. 1999, o cara na seleção, estréia fazendo um gol de placa. O setorista vai entrevistar Roth, treinador do Grêmio, e ele responde: "ainda não estou convencido".
Acho que o Roth lançou bem o Ronaldinho, apesar dessas declarações. Lembremos que Ronaldinho não ia bem no Brasileiro de 1998, e Roth só o pôs no time após o título da Copa Sul de 1999. Quando o guri começou a entrar no Gauchão, atropelou todo mundo.
É justamente pra evitar estas estriulias rothianas que defendo a intervenção kiegeriana (abraço, Bush) nas escalações.
O Cofatrago está aí, e estas discussões serão certamente ainda mais calorosas diante de costelas e paletas de ovelhas.
http://www.cpovo.net/jornal/A107/N120/HTML/default.htm
e se não me engano escalou Carlos Miguel na ala esquerda, com o aval de Wianey Carlet.
Só que, em 2002, com alguns quilos a mais na balança, colocar ele de ala é realmente um crime. Sinceramente, nem me lembrava disso. O aval de Wianey não me surpreende.
Miguel também jogou de lateral esquerdo no Gremio em 2003 (ou 2004)
e jogou ali no primeiro jogo da final do gauchão de 1995.
Felipao costumava puxar ele para lateral quando queria tornar o time mais ofensivo.
Não lembrava do Miguel jogando na ala na segunda passagem dele pelo Grêmio. Só lembro que foi em 2003, para a disputa da Libertadores, mas ele mal fardou, se jogou 10 partidas foi muito. Em 2004, quem voltou (e também jogou algumas na ala esquerda) foi o Arílson.
Grêmio 0x1 Paraná :
Eduardo Martini; George (Élton), Adriano, Gavião e Carlos Miguel; Marcos Paulo (Roger), Leanderson, Tinga e Gilberto; Cláudio Pitbull e Christian (Marcelinho). Técnico: Adilson Batista
e foi isso mesmo, Miguel na lateral e Gilberto no meio.
Fluminense 2x0 Grêmio:
Danrlei; Baloy, Claudiomiro e Adriano; Ânderson Lima (George), Marcos Paulo, Leânderson, Tinga e Carlos Miguel; Bruno (Cláudio Pitbull) e Elton (Flávio)
Aquele time que perdeu do Paraná não era tão ruim assim, apesar de Gavião na ZAGA e LEANDERSON no meio-campo (se não me engano, até foi expulso nesse jogo).
Minha teoria (furada) é que o Grêmio tinha time para disputar o título em 2003.
Mas o Pastor também tem sua culpa. Ofereceram Mineiro ou Amaral. Escolheu o segundo. Também havia uma outra alternativa ao Basílio, que me esqueci completamente quem seria.
Perigo! Eu lembrei que ele seria um nome cogitado, e isso poderia facilitar alguma coisa no futuro.
Se tu fores visto com o Guerrinha durante a semana, já temerei pelo pior.
DISCRICIONARIEDADE
era palavra de verificação??
uhsaduhhuahauhdsuhdsa
Agora, faço muito gosto dessa contratação do Mario Sérgio, hein. De preferência já antes do jogo na Colômbia.
asdhuuhsaduhuhsad
agora deixa ele aí até acabar a liber. exceto pela grana que entra nos jogos finais, prefiro ser eliminado nas oitavas com ele a ser vice com o renato.
"conseguirá CELSO JUAREZ livrar-se das garras de MR ROTH???"
(atualizei pra fazer o trocadalho com o nome completo... eheheh.)
palavra de verificação: soriall. é QUASE um "sorria!!"