E Simon tinha razão

Reconheço meu erro em debates durante esta semana por ter defendido que Carlos Eugênio Simon deixou de marcar um pênalti para o Flamengo contra o Cruzeiro, no lance em que Diego Tardelli e Espinoza disputaram bola dentro da área do time mineiro, no finzinho do duelo que terminou em 3 a 2 para o time de Adílson Batista. Este vídeo da ESPN Brasil mostra claramente que o equatoriano não toca a perna do flamenguista.

Não gosto muito de tocar no assunto arbitragem, tanto que nem falei desta jogada no post sobre a rodada do domingo passado. Tampouco simpatizo com Simon, árbitro que já viveu momentos bem mais felizes na carreira e, repito, não é o melhor juiz brasileiro e não merece ir a uma terceira Copa do Mundo seguida. Mas é necessário que se reconheça seu estupendo e provado acerto em um lance tão importante, depois de ele ter sido execrado publicamente por dirigentes flamenguistas e por parte da mídia esportiva, notadamente a Rede Globo, que engrossou o coro por punição ao gaúcho.

Deste episódio, ficam algumas lições. Primeira: por mais que o replay seja um recurso válido e com alta taxa de acertos, não é perfeito. Sempre há uma outra imagem que possa desmenti-lo. Brasil x Noruega, 1998, Júnior Baiano puxando o atacante nórdico, estão aí para não nos deixar mentir. Segunda: a visão do árbitro dentro de campo sempre merece consideração. Muitas vezes, nos apressamos em condená-lo ignorando que ele próprio está a poucos metros do lance polêmico. Terceiro, que reafirmo pela milésima vez: comentaristas de arbitragem não servem para nada. Só para colocar os árbitros, que têm de ser discretos, nos holofotes. Por isso, evito falar em arbitragem. Quanto mais se fala num juiz, mais no salto-alto ele sobe, mais estrela ele vira, e pior fica o seu trabalho. Alguém tem ouvido falar em Leonardo Gaciba? Deve ser sinal de que ele vai muito bem, obrigado.

Em tempo:
- O baluarte da moralização atacará novamente. Poucas vezes se viu alguém tão chato no mundo do futebol.

Comentários

Esse Paulo Schmitt é o legítimo chato de galochas, deus! Como enche o saco esse cara!

No mais --> http://www.finalsports.com.br/03/comando/headline.php?n_id=90452&u=0\

Carta na Mesa sempre trazendo os assuntos antes de todo mundo.
Anônimo disse…
Eu falei! Eu falei! O Diego Tardelli tava caindo antes mesmo de acertar a coxa do Espinosa com o joelho! Deu pra ver isso no vídeo, citei apenas para comentar que este foi o ÚNICO contato entre os dois...

Dá-lhe Simon no seu final de carreira...
Anônimo disse…
Eu também falei!
Anônimo disse…
Gozado que, se não me engano, o Paulo Schmitt fala que o incentivo para vencer é permitido, ao contrário do para entregar o jogo.
Anônimo disse…
Já me gavando, salientei que o olho do juiz enxerga melhor que a câmera muitas vezes.

No mais, esse Paulo Schmitt comeu cocô. Pelamor...
Anônimo disse…
Ah, o meu comentário ficou incompleto, o Paulo Schmitt fala NO LIVRO QUE ELE ESCREVEU que é permitido.
Anônimo disse…
A pergunta que não quer calar é: Como ele vai fazer pra descobrir casos de mala preta? É mais do que óbvio que TODOS os envolvidos em todas as supostas situações vão negar. E aí, ele vai dizer o que? Além do mais, o STJD não anda atolado e nunca tem tempo pra remarcar julgamentos?
Anônimo disse…
Vine, embora ache a mala preta aceitável, não concordo com esse argumento. A dificuldade (ou impossibilidade) de provar é a mesma ou até maior do que se tu pagas para entregar o jogo. A dificuldade de provar não tem relação com a reprobabilidade da conduta.
Anônimo disse…
é o contrário do que eu falei: a dificuldade de comprovar que tu entregou o jogo é igual ou maior...