Reação consolidada
O Olímpico viu uma bela partida, de um time ascendente contra outro que briga pela ponta do campeonato. Foi uma partida de alternância de domínios e de situações, apesar do placar mínimo. O Grêmio começou em cima. As boas chegadas do primeiro tempo vinham principalmente pela direita, onde Mário Fernandes passava como um trator por cima de Juan. O São Paulo equilibraria o jogo a seguir, com Casemiro comandando as saídas qualificadas desde a defesa. Mesmo assim, foi a equipe de Roth que terminou melhor a primeira etapa, com Douglas entrando mais no jogo e fazendo uso de seus qualificados lançamentos e cruzamentos.
O segundo tempo marcou uma mudança de postura do Grêmio. Mais bem organizado, o São Paulo controlou e propôs mais o jogo, obrigando o time da casa a fazer uso dos contra-ataques. O gol gremista surgiu no pior momento gaúcho em toda a partida: o tricolor paulista parecia mais perto do gol, e chegou a marcá-lo com Casemiro, mas foi bem anulado pela arbitragem. Foi importantíssimo também por isso: reverteu uma expectativa que parecia desfavorável para quase todo o estádio. Tanto que Roth preparava a entrada de Miralles quando Júlio César fez a grande jogada concluída por Douglas.
O gol afobou o São Paulo e legitimou a postura mais resguardada do Grêmio, que achou uma razão convicente para jogar especulando. Roth a seguir colocou de fato Miralles em campo, apostando em sua maior combatividade se comparando a Leandro. Mesmo assim, eu teria o posto o guri: é mais veloz para puxar contra-ataques e sabe compor melhor a linha de três meias que o argentino, que entrou um tanto atrapalhado. Mesmo assim, isto esteve longe de pôr em risco a vitória. A partir do 1 a 0, o São Paulo chegou poucas vezes com real perigo. Foi mais uma ronda ao redor da área e cruzamentos infrutíferos que grandes oportunidades. Tanto que Victor só fez uma defesa razoavelmente difícil, em arremate de Dagoberto, ainda quando o jogo estava empatado.
A vitória embola a briga pela liderança e afasta o Grêmio da zona de rebaixamento. A distância segue os mesmos 6 pontos do Bahia, mas há uma tendência de crescimento inegável. Falar em Libertadores é tão precipitado quanto citar perigo de cair: afinal, a distância para o G-4 é de 7 pontos, que podem ser 4 se o time derrotar o Santos no jogo atrasado. Ou seja: o tricolor pode estar, na prática, mais perto de disputar a principal competição sul-americana em 2012 que de ser relegado. Mesmo assim, citar a troca de objetivos é ser, puramente, sensacionalista. Afinal, o Grêmio atingiu a parte média da tabela apenas. Jogando uma partida por vez, sem mirar tão longe, como convém neste momento.
Em tempo:
- Celso Roth já chega a 59% de aproveitamento em 9 jogos. Campanha no Olímpico é de 100%: vitórias contra Fluminense, Inter, Atlético/PR e São Paulo.
Campeonato Brasileiro 2011 - 23ª rodada
11/setembro/2011
GRÊMIO 1 x SÃO PAULO 0
Local: Olímpico, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR)
Público: 30.078
Renda: R$ 561.727,50
Gol: Douglas 20 do 2º
Cartão amarelo: Marquinhos, Saimon, Júlio César, Douglas, Edcarlos, Casemiro, Juan e Dagoberto
GRÊMIO: Victor (6), Mário Fernandes (7,5), Saimon (7), Edcarlos (5,5) e Júlio César (7); Fernando (6,5), Adilson (5,5), Douglas (7,5), Marquinhos (5,5) (Miralles, 24 do 2º - 4,5) e Escudero (6); André Lima (5,5) (Brandão, 40 do 2º - sem nota). Técnico: Celso Roth (6,5)
SÃO PAULO: Rogério Ceni (5,5), Piris (4,5), João Filipe (6,5), Rhodolfo (6) e Juan (4,5); Wellington (5), Casemiro (6) (Jean, 28 do 2º - 5,5), Carlinhos Paraíba (5,5) e Cícero (5) (Willian, 29 do 2º - 5); Lucas (5,5) e Dagoberto (6) (Rivaldo, 35 do 2º - sem nota). Técnico: Adílson Batista (5,5)
Comentários
marquinhos e andré lima mereciam ter sido sacados bem cedo no segundo tempo.
Abel Braga, após Grêmio x Fluminense.
Eu, que concordo, só tô secando fora de casa, que é pra não perder tempo.
A melhor frase para definir o atual momento é tua, professor, qdo tuitaste que esse primeiro momento de Roth a frente do time nunca deveria ter fim, tudo dá certo!
E concordo: falar em liber agora é precipitação. O time está bem, organizado, os líderes estão perdendo, mas ainda é cedo.. Flu e Inter estão crescendo tb.. estão em vantagem...
O grupo do Grêmio nunca foi para ficar lá embaixo. Mesmo assim, considero o do ano passado melhor.
A mudança é de casamata e comando do futebol. Temos um treinador que treina (eufemismo, pasmém, necessário). Pode não ter estrela, não ser um vencedor, mas é alguém que ensaia jogadas de bola parada, situações adversas de jogo e saber PROPOR.
E aos senhores Cecconi e Sergio Boaz, que dizem que não podem vaiar o Douglas porque não se vaia homem bonito, favor enfiarem os diplomas nos seus respectivos ânus.
Ninguém vai me ensinar e/ou impedir de aplaudir ou vaiar jogador. Tá mal? Corneta nele! Douglas melhorou muito porque foi cornetado (pau no c* do alentazo).
Cecconi dá nos nervos com sua viuvez desde que Renato se foi
rogéria, tua mãe tem tico!
Pior que o Escudero tá parecido com o Silas mesmo nesta foto. Não sei como, pois são completamente diferentes, mas lembra!
A vaia é um DIREITO INALIENÁVEL do torcedor, mas a gurizada precisa relaxar um pouquinho. Minha opinião.