Suspensão ou férias?

A direção do Grêmio faz bem em tomar uma atitude contra Leandro, embora seja um tanto tarde e a medida não seja a melhor. Suspendê-lo das atividades faltando cinco dias para as férias do restante do grupo nem chega a ser punição. Até porque, pelo que tem se falado, o jogador pode retornar em janeiro para a pré-temporada.

O Grêmio apenas oficializa uma postura de repúdio às atitudes fora de campo de Leandro – algo que já havia sido adiantado pelo presidente Duda Kroeff, que se diz decepcionado com o atacante. De fato, Leandro é a pior contratação do Grêmio em anos. Após a Libertadores de 2009, o Tricolor já tentou trazê-lo, sem sucesso. A negociação se arrastou por meses, até que no semestre seguinte ele desembarcou em Porto Alegre a peso de ouro. Não chegou a fazer 20 jogos; nem sequer começou 10 como titular; não fez gol nenhum; nunca atuou em sua posição, o que é culpa mais de Silas que dele próprio; ainda por cima coleciona lesões, e seus longos períodos de recuperação são marcados por escândalos noturnos, em vez do comedimento recomendável.

A suspensão, sem ao menos uma multa, beira o irrisório. Ele continuará na mesma: sem treinar, sem compromissos, ganhando a fortuna mensal que lhe é (in)devida e, agora, sem sequer precisar ir ao clube dar satisfações, bater ponto. Deixá-lo encostado pode até ser ruim na hora de negociá-lo com outro clube, se ainda tiver mercado. Leandro acabou premiado: recebeu uma antecipação de suas férias. Se é que precisa, afinal, anda de férias há um bom tempo.