Indícios de time
Foi uma noite de alegria e de comoção. A torcida gremista fez uma animada festa com a boa atuação do time e a tranquila vitória, mas ao mesmo tempo havia no fundo um clima de comoção com a situação dramática do Brasil, seguramente um dos mais trágicos inícios de temporada de um clube na história do futebol gaúcho. Somando isso à volta de Danrlei ao Olímpico e ao sonolento segundo tempo, parecia haver (não fui ao jogo) um misto de festa e melancolia no ar da Azenha.
O time misto do Grêmio de hoje foi uma boa equipe, bem melhor que o que perdeu em Veranópolis há duas semanas. Da partida, o que fica é a classificação do tricolor na liderança do grupo e a chance de uma revanche de 2008, contra o Juventude, sábado, no Olímpico. Juventude este que não foi páreo para os gremistas semana passada, naquilo que foi uma tranquila vitória de 2 a 0.
Alguns indícios do jogo de hoje servem para dar esperança à torcida azul. A primeira é a nova chance que Roth dá ao 4-4-2, que mais uma vez correspondeu, ainda que a exigência (Avenida e Brasil) tenha sido baixa até aqui. Outra é que Makelele fez com extrema competência a função de Willian Magrão: marcou bem, deu o bote sempre na hora certa, saiu para o jogo com avanços de qualidade e até fez gol, seu primeiro no tricolor gaudério. Até a camiseta (11) foi a mesma. Muito embora seja necessário contratar um volante (mais urgentemente um primeiro que um segundo), há no grupo esta boa alternativa.
No primeiro tempo, o time foi armado num 4-4-2 com três volantes, mas dois deles (Makelele e Adílson) tinham liberdade para sair, enquanto Diogo ficava mais fincado. Douglas Costa estava livre para criar, mas não mostrou tudo aquilo que dele se espera. Makelele roubou a cena. Adílson igualmente foi bem. Talvez Celso Roth esteja pensando em algo semelhante, com Adílson ou Diogo mais atrás e Makelele e Tcheco com liberdade para sair. É de se pensar.
Na frente, Jonas se movimentou bastante, mas Herrera foi superior. Raçudo e veloz, parece mais forte que em 2006 e dá a impressão de já estar no peso ideal. Conclui mais a gol que 3 anos atrás. Marcou um gol e por pouco não fez outros. Outro nome que apareceu muito bem no ataque foi Jadílson, que deu assistências para os dois primeiros gols em grandes jogadas (sem tirar o mérito, é fato que o lateral do Brasil já estava esgotado pela forte sequência de jogos do Xavante) com cruzamentos primorosos.
Mesmo com algumas baixas no elenco, o Grêmio encaminha-se para sua estreia na Libertadores com uma ideia de time mais bem definida no 4-4-2. Sábado é jogo para ser o ensaio da Universidad de Chile - a qual diz, marotamente, que priorizará o Chilenão - contra o Juventude, em que o treinador gremista deve escalar o time que pensa para o jogo inaugural da competição continental.
Em tempo:
- Cláudio Duarte em chamas na coletiva. Disse que um de seus jogadores estava "literalmente cagado", pois deu hemorróidas no tal rapaz. Grande figura, certamente tirará o Brasil desta. Hoje chegou a dar pena, só o Grêmio pegou na bola. Agora, o Xavante terá 10 dias para se remontar e iniciar sua recuperação, pela qual todos torcemos.
- Cléber Gaúcho é aquele mesmo bom volante que jogou no Goiás em 2006, marcando gol contra o Internacional nos 4 a 1 da despedida colorada rumo ao Mundial Interclubes.
- Grêmio promete pedir adiamento das finais da Taça Fernando Carvalho caso avance, em virtude da Libertadores. Decisão acertada e o clube tem todo o direito de assim proceder, mas que certamente gerará muita polêmica na semana carnavalesca.
Campeonato Gaúcho 2009 - Taça Fernando Carvalho - 3ª rodada (jogo atrasado)
17/fevereiro/2009
GRÊMIO 3 x BRASIL 0
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Anderson Daronco
Público: 11.603
Renda: R$ 132.824,00
Gols: Herrera 25 e Makelele 45 do 1º; Orteman 37 do 2º
Cartão amarelo: Jorge Mutt e Glaydson
Expulsão: Jorge Mutt 10 do 2º
GRÊMIO: Victor (5,5), Wellington (5,5), Léo (6), Héverton (6) e Jadílson (7); Diogo (5,5), Adílson (6) (Orteman, intervalo - 6), Makelele (7) e Douglas Costa (5); Jonas (5,5) (Reinaldo, intervalo - 5) e Herrera (7) (Roberson, 15 do 2º - 5,5). Técnico: Celso Roth (7)
BRASIL: Danrlei (6,5), Eliandro (4,5), Pereira (5) e Luciano (4,5); Adriano Sella (3,5), Fred (4,5) (Picon, 25 do 2º - 5), Cléber Gaúcho (5), Jorge Mutt (3), Magno (4) (Rodrigo Antônio, intervalo - 4,5) e Glaydson (5,5); Gabriel (4) (Porcellis, intervalo - 5). Técnico: Cláudio Duarte (4,5)
Foto: José Doval
O time misto do Grêmio de hoje foi uma boa equipe, bem melhor que o que perdeu em Veranópolis há duas semanas. Da partida, o que fica é a classificação do tricolor na liderança do grupo e a chance de uma revanche de 2008, contra o Juventude, sábado, no Olímpico. Juventude este que não foi páreo para os gremistas semana passada, naquilo que foi uma tranquila vitória de 2 a 0.
Alguns indícios do jogo de hoje servem para dar esperança à torcida azul. A primeira é a nova chance que Roth dá ao 4-4-2, que mais uma vez correspondeu, ainda que a exigência (Avenida e Brasil) tenha sido baixa até aqui. Outra é que Makelele fez com extrema competência a função de Willian Magrão: marcou bem, deu o bote sempre na hora certa, saiu para o jogo com avanços de qualidade e até fez gol, seu primeiro no tricolor gaudério. Até a camiseta (11) foi a mesma. Muito embora seja necessário contratar um volante (mais urgentemente um primeiro que um segundo), há no grupo esta boa alternativa.
No primeiro tempo, o time foi armado num 4-4-2 com três volantes, mas dois deles (Makelele e Adílson) tinham liberdade para sair, enquanto Diogo ficava mais fincado. Douglas Costa estava livre para criar, mas não mostrou tudo aquilo que dele se espera. Makelele roubou a cena. Adílson igualmente foi bem. Talvez Celso Roth esteja pensando em algo semelhante, com Adílson ou Diogo mais atrás e Makelele e Tcheco com liberdade para sair. É de se pensar.
Na frente, Jonas se movimentou bastante, mas Herrera foi superior. Raçudo e veloz, parece mais forte que em 2006 e dá a impressão de já estar no peso ideal. Conclui mais a gol que 3 anos atrás. Marcou um gol e por pouco não fez outros. Outro nome que apareceu muito bem no ataque foi Jadílson, que deu assistências para os dois primeiros gols em grandes jogadas (sem tirar o mérito, é fato que o lateral do Brasil já estava esgotado pela forte sequência de jogos do Xavante) com cruzamentos primorosos.
Mesmo com algumas baixas no elenco, o Grêmio encaminha-se para sua estreia na Libertadores com uma ideia de time mais bem definida no 4-4-2. Sábado é jogo para ser o ensaio da Universidad de Chile - a qual diz, marotamente, que priorizará o Chilenão - contra o Juventude, em que o treinador gremista deve escalar o time que pensa para o jogo inaugural da competição continental.
Em tempo:
- Cláudio Duarte em chamas na coletiva. Disse que um de seus jogadores estava "literalmente cagado", pois deu hemorróidas no tal rapaz. Grande figura, certamente tirará o Brasil desta. Hoje chegou a dar pena, só o Grêmio pegou na bola. Agora, o Xavante terá 10 dias para se remontar e iniciar sua recuperação, pela qual todos torcemos.
- Cléber Gaúcho é aquele mesmo bom volante que jogou no Goiás em 2006, marcando gol contra o Internacional nos 4 a 1 da despedida colorada rumo ao Mundial Interclubes.
- Grêmio promete pedir adiamento das finais da Taça Fernando Carvalho caso avance, em virtude da Libertadores. Decisão acertada e o clube tem todo o direito de assim proceder, mas que certamente gerará muita polêmica na semana carnavalesca.
Campeonato Gaúcho 2009 - Taça Fernando Carvalho - 3ª rodada (jogo atrasado)
17/fevereiro/2009
GRÊMIO 3 x BRASIL 0
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Anderson Daronco
Público: 11.603
Renda: R$ 132.824,00
Gols: Herrera 25 e Makelele 45 do 1º; Orteman 37 do 2º
Cartão amarelo: Jorge Mutt e Glaydson
Expulsão: Jorge Mutt 10 do 2º
GRÊMIO: Victor (5,5), Wellington (5,5), Léo (6), Héverton (6) e Jadílson (7); Diogo (5,5), Adílson (6) (Orteman, intervalo - 6), Makelele (7) e Douglas Costa (5); Jonas (5,5) (Reinaldo, intervalo - 5) e Herrera (7) (Roberson, 15 do 2º - 5,5). Técnico: Celso Roth (7)
BRASIL: Danrlei (6,5), Eliandro (4,5), Pereira (5) e Luciano (4,5); Adriano Sella (3,5), Fred (4,5) (Picon, 25 do 2º - 5), Cléber Gaúcho (5), Jorge Mutt (3), Magno (4) (Rodrigo Antônio, intervalo - 4,5) e Glaydson (5,5); Gabriel (4) (Porcellis, intervalo - 5). Técnico: Cláudio Duarte (4,5)
Foto: José Doval
Comentários
Tive a mesma impressão do Herrera. Tá muito mais maduro e mais técnico em relação a 2006. Tem tudo pra fazer uma dupla afinadíssima com Alex Mineiro.
A tendência é passar bem pelo Juventude, mas tenho minhas dúvidas quanto as semifinais. Se for contra o Santa Cruz, temo a decisão de Roth se colocar reservas.
Sobre o calendário, o clube pode até ter o direito de pedir o adiamento da Taça FC, mas acho brabo que consiga. Se chegar nas finais contra o Inter, impossível jogar na quarta (4/3). E se passar o jogo pro domingo seguinte (8/3), certo que vai ter muito clube gaúcho reclamando.
Enfim, é uma possibilidade, mas improvável de acontecer, na minha opinião.
Sobre o calendário, existe a lei que o clube pode utilizar de não entrar em campo menos de 72 horas após um jogo anterior. A ideia é sensibilizar o Noveletto e fazer os jogos finais noutra data. O problema é achar data. O tricolor tem dois jogos marcados por semana até a primeira semana de abril. Seria preciso colocar a partida na data da estreia (04/03) do returno, contra o Ypiranga, remanejando este duelo para mais tarde. Vai depender da boa vontade da FGF. Mas notem que, em 2006, a Federação atendeu a um apelo do Inter e fez a primeira partida da final num sábado, porque o time jogaria em Montevidéu pela Libertadores na quarta seguinte. Uma mudança bem menos radical, mas que pode servir como argumento pela direção gremista numa tentativa de convencimento.
Essa possibilidade do adiamento pode existir caso o Inter vença por dois gols de diferença amanhã (o que, convenhamos, é o mais provável que aconteça). Aí sim, pode-se colocar isso em pauta para se discutir.
E segue com muita estrela. Aquelas duas bolas na trave, fosse com qualquer outro goleiro, entrariam certamente.
Continua igualzinho, até a ruindade com os pés.
Makelele fez excelente partida. Noto em alguns lugares (não aqui, claro) um certo ranço em elogiá-lo, baseado em idéias meio míopes do tipo "é volante" ou "jogador limitado". Pois jogou muito, e se não vier ninguém para o lugar do Magrão (o que infelizmente é possível, até pelos prazos de inscrição) acho que brigará pela titularidade.
E o Isael, hein? Botando banca, "vou incomodar" e etc, e nem no banco ficou... O Roth deve ter pensado "vou dar uma lição nesse linguarudo enquanto é tempo" =P
No caso de Grenal, aí não resta muita alternativa, né?
Gustavo, é questão de ver o calendário. Mas mesmo que os tais adiamentos saiam, imagino que o ideal seja escalar times mistos no Gauchão, exceto num possível Gre-Nal final do Carvalhão.
Quando saiu o segundo gol da LDU, em nova falha clamorosa de Marcos, comecei a rir deveras. A Liga tá com um time que pode chegar nas quartas, mas dificilmente chega no bicampeonato.
E o Boca, bem... O início xôxo e com vitória apertada. Como sempre.