Definindo o protótipo para 2010
O amistoso de hoje contra a Argélia (2 a 0, golos de Maicon e Ronaldinho) foi o primeiro de uma série de 3 que Dunga tem para encaminhar o time titular do Brasil para o início das Eliminatórias da Copa de 2010. O time da Copa América foi corretamente prestigiado, foram os homens que estiveram com Dunga e se saíram vencedores, bem ou mal.
Já tendo mais opções à disposição, o treinador brasileiro terá de mexer em determinadas posições. Algumas, porque sabia-se que o titular não era tão qualificado assim; em outras, porque há jogadores que ficaram de fora que certamente conquistariam seu espaço com o passar do tempo.
No caso do goleiro, aplica-se o primeiro caso. Júlio César estava machucado durante a Copa América, Doni foi o titular. Hoje, o arqueiro da Internazionale já assumiu a posição no intervalo, e foi seguro. Tem tudo para ser o dono da camisa 1.
Nas laterais, Maicon sai na frente pela direita. Na esquerda, penso que Kléber deveria ocupar a posição. Hoje, deu resposta bem melhor que as medianas atuações de Gilberto - que é ala ou meia, e não um lateral. Para a zaga, por incrível que pareça, há fartura. Antigo problema da seleção, hoje Dunga tem Juan, Lúcio, Naldo, Alex, Alex Silva, Luisão e Miranda. Todos podem dar muito bem conta do recado.
Gilberto Silva, Mineiro e Josué disputam duas posições. Mais para a frente, Ronaldinho e Kaká são clamados por toda a mídia ofensivista nacional. Ronaldinho hoje entrou e acabou com o jogo. Se for sempre assim, deveria ter lugar garantido sem problemas, com demissão por justa causa a quem o tirasse. O problema é que ele não tem esta regularidade qualificada na seleção como tem no Barcelona. Mas jogou muito e deverá ser titular.
Kaká ainda entrou abaixo do esperado. Colocar os três (Ronaldinho, Kaká e Robinho) é possível, desde que se retire Vágner Love - de atuação fraquíssima hoje. Com Love, que está níveis abaixo dos outros três, forma-se um segundo quadrado trágico. Tirar Júlio Baptista depois da Copa América que ele fez é descritério. O mais adequado seria escolher dois entre os três famosos, Júlio Baptista e um centroavante de verdade, não Vágner Love.
Os jogos contra Estados Unidos e México, em Chicago e Boston (sem trocadilhos), serão bons testes.
Transmissão lamentável
Peço desculpas aos leitores por não colocar a ficha técnica da partida. Como o jogo só passou pela Globo, foi impossível identificar qualquer dos jogadores argelinos, já que Galvão Bueno narra torcendo, e quem torce só vê um lado do jogo e esquece o outro.
A destacar a ridícula campanha que Galvão e Falcão fizeram o jogo todo, chorando para que Dunga escalasse Kaká e Ronaldinho entre os titulares. Mesmo assim, a interativa da Globo indicou que só 55% dos internautas querem os dois como titulares absolutos do Brasil.
Kaká entrou mal, mas aí colocou-se a justificativa de que ele "não está no ritmo de competição". Então, para que pedir sua entrada, cara pálida?
Pior só quando Ronaldinho bateu uma falta num chute fraco, quase atrasando para o goleiro argelino. Galvão, em vez de reconhecer a má cobrança do brasileiro (o mínimo que se espera de um jornalista), preferiu botar a culpa NA FALTA. Era de muito longe.
Foto: AFP
Já tendo mais opções à disposição, o treinador brasileiro terá de mexer em determinadas posições. Algumas, porque sabia-se que o titular não era tão qualificado assim; em outras, porque há jogadores que ficaram de fora que certamente conquistariam seu espaço com o passar do tempo.
No caso do goleiro, aplica-se o primeiro caso. Júlio César estava machucado durante a Copa América, Doni foi o titular. Hoje, o arqueiro da Internazionale já assumiu a posição no intervalo, e foi seguro. Tem tudo para ser o dono da camisa 1.
Nas laterais, Maicon sai na frente pela direita. Na esquerda, penso que Kléber deveria ocupar a posição. Hoje, deu resposta bem melhor que as medianas atuações de Gilberto - que é ala ou meia, e não um lateral. Para a zaga, por incrível que pareça, há fartura. Antigo problema da seleção, hoje Dunga tem Juan, Lúcio, Naldo, Alex, Alex Silva, Luisão e Miranda. Todos podem dar muito bem conta do recado.
Gilberto Silva, Mineiro e Josué disputam duas posições. Mais para a frente, Ronaldinho e Kaká são clamados por toda a mídia ofensivista nacional. Ronaldinho hoje entrou e acabou com o jogo. Se for sempre assim, deveria ter lugar garantido sem problemas, com demissão por justa causa a quem o tirasse. O problema é que ele não tem esta regularidade qualificada na seleção como tem no Barcelona. Mas jogou muito e deverá ser titular.
Kaká ainda entrou abaixo do esperado. Colocar os três (Ronaldinho, Kaká e Robinho) é possível, desde que se retire Vágner Love - de atuação fraquíssima hoje. Com Love, que está níveis abaixo dos outros três, forma-se um segundo quadrado trágico. Tirar Júlio Baptista depois da Copa América que ele fez é descritério. O mais adequado seria escolher dois entre os três famosos, Júlio Baptista e um centroavante de verdade, não Vágner Love.
Os jogos contra Estados Unidos e México, em Chicago e Boston (sem trocadilhos), serão bons testes.
Transmissão lamentável
Peço desculpas aos leitores por não colocar a ficha técnica da partida. Como o jogo só passou pela Globo, foi impossível identificar qualquer dos jogadores argelinos, já que Galvão Bueno narra torcendo, e quem torce só vê um lado do jogo e esquece o outro.
A destacar a ridícula campanha que Galvão e Falcão fizeram o jogo todo, chorando para que Dunga escalasse Kaká e Ronaldinho entre os titulares. Mesmo assim, a interativa da Globo indicou que só 55% dos internautas querem os dois como titulares absolutos do Brasil.
Kaká entrou mal, mas aí colocou-se a justificativa de que ele "não está no ritmo de competição". Então, para que pedir sua entrada, cara pálida?
Pior só quando Ronaldinho bateu uma falta num chute fraco, quase atrasando para o goleiro argelino. Galvão, em vez de reconhecer a má cobrança do brasileiro (o mínimo que se espera de um jornalista), preferiu botar a culpa NA FALTA. Era de muito longe.
Foto: AFP
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