Atuação lamentável em Maceió aumenta pressão sobre o Inter para jogo de terça no Beira-Rio
Depois da derrota para o Boa Esporte e o empate com o Criciúma, ambos no Beira-Rio, a vitória por 2 a 0 sobre o Ceará parecia trazer o diagnóstico perfeito: o Internacional vai mal dentro de casa (é o 17º melhor mandante da Série B) e bem fora (é o melhor visitante) porque lida melhor quando não atua sob a pressão de sua torcida. Diante deste cenário, e após o bom resultado de Fortaleza, bater o CRB parecia palpável. Era a oportunidade perfeita para entrar no G-4 e começar a encaminhar uma sequência de vitórias rumo a uma campanha tranquila. Era.
O que se viu em Maceió foi algo bem diferente. Nenhum dos três setores do time de Guto Ferreira funcionou, e ele próprio admitiu isso após a partida. Na cabeça de área, a equipe sentiu falta de Rodrigo Dourado: o habilidoso meia Chico comandou a criação alagoana sem ser incomodado, colocando seus colegas à vontade no jogo, em especial o lateral esquerdo Diego, autor do primeiro gol. O ataque, pouco abastecido pelo apagado D'Alessandro, sucumbiu. Já a zaga penou por cima e por baixo. Jogou exposta, mas as atuações individuais foram ruins mesmo assim.
A derrota por 2 a 0 foi a primeira na qual o Inter sofreu mais de um gol de diferença na competição. Um resultado justo que traduz não apenas o jogo, mas a pobreza da atuação colorada no Rei Pelé. O CRB vem em grande fase (conquistou 16 dos últimos 18 pontos disputados), mas ainda assim tem fragilidades claras. Foi um jogo de muitos erros técnicos de parte a parte. Venceu o time que é mais bem estruturado. Imperdoável é o Colorado chegar à 14ª rodada da Série B nesta condição.
O cenário não chega a ser desesperador. De 2006 para cá, quando o torneio passou a ter turno e returno, tivemos naquele mesmo ano o Atlético Mineiro com a mesma pontuação do Inter neste momento da competição, e o Galo conquistou o acesso como campeão. Ainda é relativamente cedo para um prognóstico mais definitivo. Mas alguns dados são bem preocupantes - além da campanha pobre, de 50% de aproveitamento e só cinco vitórias em 14 partidas disputadas. A projeção é de que, para subir, serão necessários mais 43 pontos em 24 jogos, quase 60% de aproveitamento. Não é missão impossível, mas também não algo tão simples, especialmente para quem vem jogando tão pouco na maioria das partidas.
O Inter há quatro rodadas não ocupa o G-4 da Série B. Está perigosamente se acostumando a terminar as rodadas fora da zona de promoção. Termina o fim de semana duas posições atrás de quando o iniciou - em 7º, ficando para trás devido às vitórias do próprio CRB e do Ceará sobre o Juventude. Ainda assim, um resultado paralelo foi importantíssimo: ao levar 2 a 1 do Paysandu em casa, o Vila Nova não disparou como poderia. Se vencesse, iria a 26, e fecharia a rodada cinco pontos à frente da equipe de Porto Alegre. Uma distância que, aí sim, começaria a ser preocupante.
Estando a dois pontos da zona de acesso, o Inter permanece no bolo. O que incomoda é o fato de ainda estar nele com quase metade do torneio transcorrido. É que as facilidades esperadas por muitos não aparecem: a equipe tem um grupo de atletas certamente superior a todos os seus concorrentes, mas não há um time formado no Beira-Rio. A irregularidade é grande: a equipe alterna atuações seguras, como a de terça, com partidas tenebrosas - e elas infelizmente têm sido maioria, especialmente dentro de casa.
Contra o Luverdense, modesto 16º colocado, a vitória é imperiosa na próxima terça. A pressão pelo resultado, porém, será a maior já sofrida por esta equipe em 2017: já são três jogos sem vencer em Porto Alegre, o adversário é fraco e o último resultado (o deste sábado) foi ruim. Sabendo que a falta de confiança é talvez o problema principal do Inter, e a dificuldade de propor jogo provavelmente é o segundo maior, a tendência é de um confronto sofrido e dramático no meio de semana. Ambiente de alta tensão à vista.
O curioso é que hoje, em nenhum momento, o CRB ficou atrás esperando, como quase todos os rivais do Inter têm feito: ao contrário, foi propositivo e se impôs como o Colorado ainda não conseguiu fazer como mandante, ao ponto de terminar o jogo dando "olé", para loucura de sua torcida. Nem essa justificativa, portanto, é possível dar. Mais uma tarde preocupante e constrangedora neste ano tão agonicamente longo do Internacional.
Foto: Ricardo Duarte/Internacional.
O que se viu em Maceió foi algo bem diferente. Nenhum dos três setores do time de Guto Ferreira funcionou, e ele próprio admitiu isso após a partida. Na cabeça de área, a equipe sentiu falta de Rodrigo Dourado: o habilidoso meia Chico comandou a criação alagoana sem ser incomodado, colocando seus colegas à vontade no jogo, em especial o lateral esquerdo Diego, autor do primeiro gol. O ataque, pouco abastecido pelo apagado D'Alessandro, sucumbiu. Já a zaga penou por cima e por baixo. Jogou exposta, mas as atuações individuais foram ruins mesmo assim.
A derrota por 2 a 0 foi a primeira na qual o Inter sofreu mais de um gol de diferença na competição. Um resultado justo que traduz não apenas o jogo, mas a pobreza da atuação colorada no Rei Pelé. O CRB vem em grande fase (conquistou 16 dos últimos 18 pontos disputados), mas ainda assim tem fragilidades claras. Foi um jogo de muitos erros técnicos de parte a parte. Venceu o time que é mais bem estruturado. Imperdoável é o Colorado chegar à 14ª rodada da Série B nesta condição.
O cenário não chega a ser desesperador. De 2006 para cá, quando o torneio passou a ter turno e returno, tivemos naquele mesmo ano o Atlético Mineiro com a mesma pontuação do Inter neste momento da competição, e o Galo conquistou o acesso como campeão. Ainda é relativamente cedo para um prognóstico mais definitivo. Mas alguns dados são bem preocupantes - além da campanha pobre, de 50% de aproveitamento e só cinco vitórias em 14 partidas disputadas. A projeção é de que, para subir, serão necessários mais 43 pontos em 24 jogos, quase 60% de aproveitamento. Não é missão impossível, mas também não algo tão simples, especialmente para quem vem jogando tão pouco na maioria das partidas.
O Inter há quatro rodadas não ocupa o G-4 da Série B. Está perigosamente se acostumando a terminar as rodadas fora da zona de promoção. Termina o fim de semana duas posições atrás de quando o iniciou - em 7º, ficando para trás devido às vitórias do próprio CRB e do Ceará sobre o Juventude. Ainda assim, um resultado paralelo foi importantíssimo: ao levar 2 a 1 do Paysandu em casa, o Vila Nova não disparou como poderia. Se vencesse, iria a 26, e fecharia a rodada cinco pontos à frente da equipe de Porto Alegre. Uma distância que, aí sim, começaria a ser preocupante.
Estando a dois pontos da zona de acesso, o Inter permanece no bolo. O que incomoda é o fato de ainda estar nele com quase metade do torneio transcorrido. É que as facilidades esperadas por muitos não aparecem: a equipe tem um grupo de atletas certamente superior a todos os seus concorrentes, mas não há um time formado no Beira-Rio. A irregularidade é grande: a equipe alterna atuações seguras, como a de terça, com partidas tenebrosas - e elas infelizmente têm sido maioria, especialmente dentro de casa.
Contra o Luverdense, modesto 16º colocado, a vitória é imperiosa na próxima terça. A pressão pelo resultado, porém, será a maior já sofrida por esta equipe em 2017: já são três jogos sem vencer em Porto Alegre, o adversário é fraco e o último resultado (o deste sábado) foi ruim. Sabendo que a falta de confiança é talvez o problema principal do Inter, e a dificuldade de propor jogo provavelmente é o segundo maior, a tendência é de um confronto sofrido e dramático no meio de semana. Ambiente de alta tensão à vista.
O curioso é que hoje, em nenhum momento, o CRB ficou atrás esperando, como quase todos os rivais do Inter têm feito: ao contrário, foi propositivo e se impôs como o Colorado ainda não conseguiu fazer como mandante, ao ponto de terminar o jogo dando "olé", para loucura de sua torcida. Nem essa justificativa, portanto, é possível dar. Mais uma tarde preocupante e constrangedora neste ano tão agonicamente longo do Internacional.
Foto: Ricardo Duarte/Internacional.
Comentários
Impressionante como os jogadores do interrado se esforçam cada vez mais para nos proporcionar novos fiascos históricos.
Sorte do cúlorado que o ASA e o CSA não jogam a 2 divisão