Cristiano Ronaldo foi o melhor porque foi o mais decisivo jogador de 2016

Ronaldo comandou Portugal na conquista da Eurocopa 2016
2016 pode não ter sido o melhor ano da carreira de Cristiano Ronaldo se olharmos os números. Houve anos em que ele marcou mais gols, por exemplo, ou deu mais assistências. Suas médias seguem espetaculares, mas as de Messi o superam fácil, por exemplo. Então por que foi ele o escolhido como melhor do mundo, e não o argentino? E por que a escolha foi justa?

Porque em outros anos nos quais Cristiano superou Messi nos números ninguém contestou o título dado ao argentino. A razão é simples: Ronaldo foi mais decisivo em 2016. Para começar, ganhou quase tudo o que podia. E o que, teoricamente, nem podia: ninguém imaginava que Portugal seria campeão da Eurocopa. E ele, claro, foi o principal personagem da conquista: marcou gols decisivos contra Hungria e País de Gales. Na final, contra a França, se lesionou cedo, mas foi o líder espiritual do time da beira do campo. Cenas emocionantes, que entraram para a história do esporte lusitano.

No Real Madrid, Ronaldo ganhou a Europa e o mundo pela segunda vez em três anos. Na final continental, contra o Atlético de Madrid, não se destacou tanto quanto na de Yokohama, quando fez três na vitória por 4 a 2 sobre o Kashima Antlers. Mas foi dele o gol de pênalti que definiu o torneio na disputa da marca da cal. E mais que isso: na classificação mais difícil da campanha madrilenha, Ronaldo fez os três gols do Real Madrid na vitória por 3 a 0 sobre o Wolfsburg, que havia feito 2 a 0 no jogo de ida.

Cristiano Ronaldo antes era criticado por "só fazer gol que não vale nada", por mais que o número de gols que fizesse fosse surreal. Crítica injusta, tanto a que tem se aplicado a Messi agora: é verdade que o argentino errou o pênalti na final da Copa América Centenário, mas as atuações de luxo ao longo de todo o torneio não podem ser esquecidas. Messi jogou mais que Ronaldo em 2016: teve desempenho em geral superior ao português tanto no clube quanto na seleção. Mas não é só isso que conta na hora de eleger quem foi melhor,

Agora, ocorreu o cenário contrário ao descrito no parágrafo acima: mesmo sem médias superiores a Messi, Cristiano Ronaldo fez a diferença quando mais seus times precisaram. Ele é o melhor do mundo pela quarta vez com justiça, porque foi mais importante, foi mais decisivo que seu rival de disputa - e que Griezmann, outro monstro de 2016, fantástico no Atlético de Madrid e na seleção francesa. Seus feitos foram espetaculares, extraordinários, e seus números, embora inferiores a temporadas recentes, seguem monstruosos. É impossível dar o prêmio a qualquer outro jogador.

Melhor técnico
Mais merecido que o prêmio dado a Cristiano Ronaldo, só o de melhor técnico a Claudio Ranieri. A façanha de levar o modesto Leicester ao incontestável título inglês rendeu ao treinador italiano a vitória sobre Fernando Santos, campeão europeu com a seleção de Portugal, e Zinedine Zidane, que ganhou tudo no Real Madrid em seu primeiro trabalho como profissional na casamata. A fantástica volta por cima de um profissional já dado como acabado por muitos.

Enfim, a estreia da Dupla no Gauchão
Pela terceira vez, e agora ao que parece definitiva, está marcada a data de estreia da Dupla Gre-Nal no Gauchão. O Internacional visitará o Veranópolis no dia 29 de janeiro, um domingo. Já o Grêmio receberá o Ypiranga no dia 2 de fevereiro, feriado de Nossa Senhora dos Navegantes, em Porto Alegre, uma quinta-feira. As datas anteriores colidiam ou com amistosos, ou com partidas da Primeira Liga.

Reforços
O centroavante uruguaio Gabriel Fernández, 22 anos, do Racing de Montevidéu, é aguardado hoje em Porto Alegre para assinar com o Grêmio. No Corinthians, a novidade é o acerto com o volante Gabriel, ex-Botafogo e Palmeiras. Quanto aos veteranos, a Ponte Preta segue tentando Luís Fabiano, enquanto o Nacional do Uruguai quer investidores para bancar Ronaldinho.

Mim acher
As férias foram bem aproveitadas por alguns jogadores. Alguns até demais: a forma física com que se apresentaram Conca, no Flamengo, e Thalles, no Vasco, surpreendeu pelo lado negativo. Barriguinha de "danone" acima do esperado.

Foto: Divulgação.

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