Ainda é fundamental vencer

Depois que o Brasil passou por Equador e Colômbia com sobras e começou a jogar um futebol de outro nível com Tite, a insegurança dos torcedores com a possibilidade de a Seleção não ir à Copa de 2018 praticamente não existe mais. Não só pela colocação na tabela das eliminatórias, mas também pelas ótimas perspectivas que o time vem oferecendo. Ainda assim, bater hoje a Venezuela, em Mérida, é fundamental para que os cálculos não voltem a ocorrer.

Invicto desde a 2ª rodada, o Brasil abre o returno com possibilidade real de assumir a liderança. Basta pontuar mais que o Uruguai na rodada de hoje - a Celeste visita a forte Colômbia. Porém, vale lembrar o equilíbrio na ponta de cima: a Seleção tem hoje 18 pontos, e a Argentina, que hoje estaria na repescagem, tem 16. Se é verdade que para fora deste G-5 a distância até o Paraguai já seja de confortáveis seis pontos, da classificação direta para o mata-mata na Oceania são apenas dois pontinhos.

E mais: esta não é a hora de perder pontos justamente porque a tabela favorece. Neste par de rodadas de outubro, o Brasil, diante de Bolívia e Venezuela, é quem tem a tarefa mais acessível para conquistar duas vitórias. Já em novembro as perspectivas são mais duras, com a Argentina em casa e o Peru em Lima. Ainda será necessário visitar Uruguai e Colômbia, além de receber Chile e Equador. A hora de disparar é agora.

Tite deve entrar um pouco mais cauteloso que em Natal. Volta Paulinho, com Giuliano indo provavelmente para o banco, mesmo com a ótima atuação contra os bolivianos. Sem Neymar, Willian precisará entrar e jogar como no começo das eliminatórias, quando era um dos poucos que salvava no mar de ruindade de futebol que era exibido. Mas, mesmo sem o camisa 10, o Brasil é favorito diante de uma Venezuela que, cada vez mais, se parece com a dos velhos tempos - ou seja, fraquíssima. Resta ver se a Seleção continuará, também, a exibir o nível do passado, aquele que melhor nos acostumamos a ver.

Comentarei o jogo a partir das 21h30 para a Rádio Estação Web, ao lado do narrador Leonardo Dias. Será uma honra contar com a audiência dos amigos em mais esta jornada rumo à Copa.

Começa a guerra de um turno
Bicampeão da América, o Chile terá de fazer algo como 19 ou 20 pontos para ir à Rússia. Tendo apenas nove jogos pela frente, isso significa vencer seis partidas e beliscar um ou dois empates nas três partidas recentes. A guerra deste segundo turno chileno começa hoje, quando a equipe de Juan Antonio Pizzi é obrigada a vencer o Peru, em Santiago, para ao menos sonhar com uma vaga no Mundial.

Vitória rumo à Copa
Ainda faltam sete das dez rodadas para o término das eliminatórias europeias, mas é inegável que a França já esteja encaminhada para jogar a Copa. Ao vencer a Holanda por 1 a 0, em Amsterdã, os vice-campeões europeus deram um passo fundamental no equilibrado Grupo A. A briga pela repescagem tende a ficar entre suecos e holandeses - a menos que surpresas ocorram pelo caminho.

Seijas de volta para o banco
Destaque da Venezuela na derrota para o Brasil no ano passado, o meia Seijas deixa o time do Internacional mais uma vez. Valdívia, após cavar o pênalti da sofrida vitória sobre o Coritiba, ganha sua posição. No meio, Anselmo ganha a posição de Eduardo Henrique. São as mudanças promovidas por Celso Roth para o jogo de amanhã, contra o Botafogo, mais uma decisão de campeonato na vida colorada nesta reta decisiva da temporada.

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