O ano do equilíbrio

Se não vencesse o Uruguai, líder Argentina estaria na 6ª posição
Se o Campeonato Brasileiro tem sido de um equilíbrio absoluto na ponta de cima, as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 na América do Sul têm levado essa percepção às últimas consequências. Nunca a briga para ir a um Mundial foi tão ferrenha por aqui - e olha que normalmente a disputa em nosso continente é bem parelha.

A paridade de forças pode ser exemplificada pelo fato óbvio: da líder Argentina até o Paraguai, 6º colocado, e que portanto nem repescagem estaria disputando, a diferença é de apenas dois pontos. Do vice-líder Uruguai até os paraguaios, de apenas um. Entre argentinos e guaranis, estão espremidos Uruguai, Colômbia, Equador e Brasil - os três primeiros com 13, este último com 12. A Argentina, se não tivesse vencido o Uruguai por 1 a 0, estaria hoje em 6º, fora da Copa, e não na liderança. Qualquer gol vale muito, portanto.

E as forças não estão niveladas por baixo. Que dirá o Chile: bicampeão continental, com direito a algumas goleadas históricas nestas campanhas, é apenas o 7º colocado, com 10 pontos. Está a três pontos do vice-líder Uruguai, mas dois atrás de seu oponente mais próximo, o Paraguai. Tendo à sua frente várias seleções fortes, corre risco real de não ir à Copa. Seria a primeira vez que isso aconteceria com a seleção campeã sul-americana desde a ausência da Colômbia em 2002.

Massacre mineiro
O Cruzeiro deu a dica: o Grêmio tem obrigação de vencer o Botafogo se quiser realmente lutar pelo título brasileiro. Jogando no Estádio Luso-Brasileiro, a Raposa aplicou uma histórica goleada de 5 a 2 nos cariocas, encaminhando com enorme facilidade sua classificação às quartas de final da Copa do Brasil. Tido como um dos confrontos parelhos das oitavas, está praticamente definido já na ida.

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