Quem é quem no Brasileirão 2016 - Parte 2

CHAPECOENSE (6,2 - 15º)
Elenco: a base muda pouco de ano para ano, o que mantém o conjunto afinado. Ainda assim, a Chape, com a permanência na elite por três temporadas seguidas, começa aos poucos a melhorar sua qualidade de grupo. 5

Ataque: mostrou um poderio ofensivo, principalmente através do centroavante e ídolo Bruno Rangel, que vive um 2016 inspirado. 6

Defesa: apesar do mau segundo turno de Campeonato Catarinense, vazou pouco quando realmente exigida. O sistema defensivo é entrosado e bem montado. 6

Técnico: Guto Ferreira é experiente, sabe lidar com grupos mais modestos e vem de alguns bons trabalhos em equipes médias dentro do Campeonato Brasileiro. 6

Tradição: aos poucos, começa a se firmar dentro do cenário nacional. Ainda assim, vai para apenas seu sexto Brasileirão, e o máximo que conseguiu foi o 14º lugar no ano passado. 2

Últimos Brasileiros: a Chape disputava a Série C em 2012, subiu duas vezes seguidas e começa agora seu terceiro ano seguido na elite. A ascensão, mais que meteórica, parece de fato consistente. 5

Início de ano: campeã estadual, a Chapecoense se firma como o melhor time catarinense da atualidade, após ser o time de desempenho mais consistente também no Brasileirão 2015. 8

Momento do clube: firmada há três anos na Série A, a Chape vive seguramente a melhor fase de seus 43 anos de história. 8

Fator local: Grêmio e Atlético-MG, dois dos melhores do último Brasileiro, perderam na Arena Condá. O Palmeiras tomou cinco. A Chapecoense é forte em sua casa. 8

Foco no campeonato: por mais que siga firme na Copa do Brasil, a prioridade do ano é mais uma vez se manter tranquila na primeira divisão nacional. 8


CORINTHIANS (8,7 - 1º)
Elenco: várias peças absolutamente decisivas na campanha do título de 2015 deixaram o clube. Houve reposição, embora não de todas. Ainda assim, o Timão tem um grupo forte. 8

Ataque: foi-se o tempo em que times de Tite eram sinônimo de pouca bola na rede. O Corinthians fracassou no primeiro semestre, mas mesmo assim mostrou bom poderio ofensivo. 8

Defesa: está sempre entre as melhores do país, e segue sendo um dos pilares da equipe de 2016. 9

Técnico: campeão brasileiro com sobras no ano passado, mesmo após ter perdido jogadores do primeiro para o segundo semestre, Tite segue sendo o melhor treinador do Brasil, sem margem para dúvida. 10

Tradição: ao ganhar o título de 2015, o Corinthians se igualou a Flamengo e São Paulo como o clube com maior número de troféus do Brasileirão, e todas as conquistas ocorreram nos últimos 25 anos. 10

Últimos Brasileiros: três vezes campeão desde 2005, o Corinthians é sempre um candidato forte a chegar pelo menos no G-4. 9

Início de ano: mesmo com as inúmeras perdas para o futebol chinês, teve desempenho sólido e de alto nível na maior parte do semestre. Nas decisões, porém, fracassou. 7

Momento do clube: mesmo com a instabilidade das últimas quedas e podendo enfrentar problemas financeiros relativos ao seu estádio, o Corinthians tem enorme poderio econômico e, dentro de campo, vive uma das fases mais vitoriosas de sua história. 7

Fator local: mesmo que a equipe já tenha sofrido cinco eliminações em Itaquera, o retrospecto geral do Timão em sua casa nova é muito respeitável. 10

Foco no campeonato: fora da Libertadores de forma precoce, o Timão é um dos favoritos de novo, e deve ir com tudo desde o início em busca de seu sétimo título brasileiro. 9


CORITIBA (6,1 - 17º)
Elenco: depois de dois anos em que Alex era a estrela solitária em meio a sérias limitações, o Coxa formou em 2016 um grupo de jogadores mais homogêneo e com peças boas e experimentadas para não fazer feio. 6

Ataque: apesar do desastre na final do estadual, o Coritiba mostrou um bom ataque no começo do ano. Kléber vive ótima fase e jogadores como o veterano Juan seguidamente comparecem no ataque para surpreender. 7

Defesa: depois de sofrer muitos gols no começo do ano, o Coxa estancou a sangria defensiva ao longo do Campeonato Paranaense. Tomar cinco gols do rival Atlético-PR na decisão, porém, ressuscitou as desconfianças. 6

Técnico: apesar do currículo de títulos modesto, Gílson Kleina é um treinador com larga experiência no comando de times médios no Brasileirão. 6

Tradição: campeão brasileiro há 31 anos, o Coritiba nunca mais conseguiu chegar perto de uma disputa de título. Ainda assim, é presença frequente na Série A, e de vez em quando obtém boas campanhas. 6

Últimos Brasileiros: nos últimos dez anos, chegou apenas duas vezes entre os dez primeiros. No mesmo período, foi rebaixado duas vezes. De 2012 para cá, acumula campanhas medíocres. 5

Início de ano: apesar do grupo mais experiente, acabou sendo eliminado na fase de grupos da Primeira Liga e perdeu o título estadual de forma contundente para o maior rival. 5

Momento do clube: depois de um bom momento entre 2011 e 2013, o Coxa já amarga um jejum estadual de três temporadas, e tem entrado no Brasileiro sempre preocupado primeiro em não cair. 5

Fator local: perdeu dois estaduais seguidos em casa, e ganhou só seis partidas em seus domínios no Brasileirão do ano passado. Ainda assim, enfrentar o Coritiba no Alto da Glória é quase sempre tarefa indigesta. 7

Foco no campeonato: tem mais chances de ir longe via Copa do Brasil, mas fazer um Brasileiro tranquilo é a prioridade do Coxa nos próximos dois meses. 8


CRUZEIRO (7,1 - 8º)
Elenco: foi completamente reformulado em 2015, quando a base bicampeã brasileira praticamente se desfez. As peças contratadas são boas, há opções de reposição, mas pode levar um tempo até se ajustar. 7

Ataque: é o setor mais carente de peças do grupo cruzeirense atual. A falta de gols no começo do Campeonato Mineiro sinaliza isso claramente. Porém, há uma boa distribuição dos gols marcados pelo elenco - não ter dependência de um ou dois nomes é sempre positivo. 7

Defesa: sofreu poucos gols neste começo de ano e conta com bons jogadores, além da experiência do eterno goleiro Fábio atrás. 8

Técnico: após apostar em Deivid, o Cruzeiro está sem técnico desde que caiu no estadual. Já são duas semanas sem que o trabalho da comissão técnica tenha um norte. 3

Tradição: campeão brasileiro três vezes e vice em outras quatro, o Cruzeiro é, desde sempre, uma das maiores forças do futebol nacional. 9

Últimos Brasileiros: apesar da campanha média do ano passado, foi bicampeão em 2013/14 e é um dos clubes com mais pontuação acumulada na era dos pontos corridos. 9

Início de ano: começou a temporada liderando com folga o estadual e batendo o rival Atlético-MG no Horto, mas a eliminação na semifinal para o América-MG freou a empolgação. 6

Momento do clube: a fase vitoriosa passou, e o clube ainda busca se reencontrar. Os problemas se acumulam desde 2015, mas o caminho está de longe de representar uma crise institucional. 5

Fator local: identificado com o Mineirão há décadas, o Cruzeiro normalmente sabe fazer valer o fator casa jogando na Pampulha. 8

Foco no campeonato: o objetivo principal da Raposa em 2016 é conquistar uma vaga para a Libertadores do ano que vem, seja pelo Brasileiro ou via título da Copa do Brasil. 9

Amanhã: Figueirense, Flamengo, Fluminense e Grêmio.

Comentários

Guilherme Alves disse…
Cruzeiro é tetra, pô!

"Tradição: campeão brasileiro três vezes e vice em outras quatro, o Cruzeiro é, desde sempre, uma das maiores forças do futebol nacional. 9"
Vicente Fonseca disse…
Tri campeão do Brasileiro e uma vez campeão da Taça Brasil. A CBF pode até unificar, mas eu faço questão de desobedecer. :P