Contra o Corinthians, Nacional mostra de novo força de quem pode ir bem longe na Libertadores

Festa em Itaquera: Nacional ainda não perdeu como visitante
A Arena Corinthians faz bem aos uruguaios. Palco da histórica atuação de Luis Suárez na vitória da Celeste sobre a Inglaterra, na Copa do Mundo de 2014, recebeu ontem o Nacional e sua grande classificação às quartas de final da Libertadores. Foi a quinta eliminação do Corinthians em dois anos na sua nova casa, a terceira após um 2 a 2, a segunda em um intervalo de dez dias e a terceira seguida nas oitavas de final da Libertadores.

Analisar o resultado de ontem pelo lado corintiano tem diversas justificativas. O clima em Itaquera não vinha sendo dos melhores desde a inesperada derrota nos pênaltis para o Audax, na semifinal do Campeonato Paulista. Tanto que o 0 a 0 da semana passada, em Montevidéu, foi mais alvo de críticas que comemorações. A atuação paupérrima do time de Tite merecia até mesmo uma derrota no Parque Central. Contrariado, Elias comentou da vantagem que seria trazer o empate para São Paulo. Uma vantagem ilusória.

E ilusória porque aí temos que começar a falar do Nacional. O Bolso não foi uma surpresa: melhor em Montevidéu e mentalmente mais equilibrado em Itaquera, vem fazendo uma grande Libertadores. Basta lembrar que só perdeu uma vez, para o Rosario Central, com time quase reserva e já classificado, na última rodada da fase de grupos. De resto, bateu duas vezes o Palmeiras, por muito pouco não venceu em Rosário e, agora, elimina da competição o atual campeão brasileiro, sem qualquer tipo de injustiça.

Um dos heróis da noite, Conde pega o pênalti de André
A verdade é que Nico López elevou o patamar do time uruguaio. Depois de duas péssimas participações na Libertadores, o Nacional conquistou o campeonato nacional em 2015 de forma espetacular diante do Peñarol e, com seu grande reforço no ataque, deixou de ser um time esforçado e "apenas" coletivo para ganhar hierarquia técnica do meio pra frente, assessorado pelo vez Barcia e por jogadores como Fernández e Ramírez, que complementam bem seu estilo. Atrás, a firmeza de Romero (ótimo concluidor, apesar de volante) é agregada à experiência de Eguren, Victorino e Fucile, além da qualidade do lateral Espino e do goleiro Conde. Trata-se de um belo time.

E é bom não duvidar de nada. O Nacional ainda abusa das ligações diretas muitas vezes, é verdade, mas já mostrou mais de uma vez força suficiente para tirar da disputa equipes de alto nível. Deve enfrentar o Boca Juniors nas quartas e pode, sim, eliminá-lo. Desde o Peñarol de 2011 não se vê um time vindo da banda oriental tão em condições de ser finalista.

Fotos: Nacional/Divulgação.

Comentários

Chico disse…
Chora Elias!
Vine disse…
Agora podia vir o Grêmio e terminar de vez com o Elias...
Foi-se o tempo em que os brasileiros eram totalmente superiores, e isso é muito bom.