Um pecado básico que complica o Peñarol
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Murillo sofre com a marcação: derrota complica o Peñarol |
O gol sofrido no começo tornou o primeiro tempo ótimo. Capitaneado pela visão de jogo de Diego Forlán, o Peñarol veio para cima e poderia ter empatado. Seja pelas subidas de Aguirregaray pela direita, pelo desprendimento dos volantes Nández e Aguiar, a ousadia do ex-gremista Maxi Rodríguez ou a força do centroavante colombiano Murillo, acuou o Huracán, que parou de jogar. Conseguiu sustentar a vantagem a partir de grandes defesas do ótimo goleiro Díaz.
No segundo tempo, porém, a pressão diminuiu. Um erro foi fatal: o técnico Jorge da Silva retirou Maxi Rodríguez no intervalo para a entrada do velocista Palacios. Isso retirou boa parte da criatividade do Peñarol e trouxe mais um jogador de característica de lado, algo que o time uruguaio já tinha em bom número. Ainda não era hora de uma mexida assim, por mais que o Huracán tenha terminado os 45 iniciais pressionando os charruas - Gamarra quase fez outro golaço de fora da área, acertando o travessão. A precipitação custou caro.
A etapa complementar ficou marcada por uma posse pouco produtiva do time da casa. Ficava clara a falta que Maxi fazia, por mais que sua atuação não fosse brilhante: o Peñarol tinha a bola, mas criava pouco perigo ao gol do Huracán. O jogo se arrastou em um ritmo bem menos intenso, e foi muito menos interessante. Com Forlán mais longe do gol, sobrava aos mandantes a bola aérea como opção. Os argentinos, mesmo sem um contragolpe de respeito, quase ampliaram no fim, em grande chance perdida por Ábila.
É bom salientar que o resultado, apesar do volume menor do Huracán, foi merecido. O time argentino foi mais eficiente nas conclusões e tornou Guruceaga figura tão destacada no jogo quanto Díaz. Os dois goleiros impediram um resultado mais amplo no Centenario - o fato de ter sido só 1 a 0 é que foi a grande injustiça, pois o jogo merecia mais gols.
A rodada de hoje acabou confirmando o Atlético Nacional como o favorito do grupo. Com os 3 a 0 sobre o Sporting Cristal, os colombianos pularam a 6 pontos. O Huracán, com a vitória em Montevidéu, foi a 3. E o Peñarol, que tinha tudo para vencer hoje, acaba tropeçando e ficando com apenas um. Terá de arrancar pontos (no plural) em Medellín na próxima rodada para não ficar ameaçado de vez. Uma atravessada de bola mal feita complicou a Libertadores carbonera.
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Copa Libertadores da América 2016 - 1ª fase - Grupo 4 - 2ª rodada
1º/março/2016
PEÑAROL 0 x HURACÁN 1
Local: Centenario, Montevidéu (URU)
Árbitro: César Ramos (MEX)
Público: 40.000
Gol: Gamarra 7 do 1º
Cartão amarelo: Affonso, Díaz e Miralles
PEÑAROL: Guruceaga (7), Aguirregaray (6), Valdez (5,5) (Gianni Rodríguez, 37 do 1º - 5,5), Guillermo Rodríguez (5) e Olivera (5); Costa (4,5), Nández (6), Aguiar (5,5) (Affonso, 30 do 2º - sem nota) e Maxi Rodríguez (5,5) (Palacios, intervalo - 5); Forlán (6) e Murillo (5,5). Técnico: Jorge da Silva
HURACÁN: Díaz (7,5), San Román (6,5), Risso (6,5), Sosa (6) e Balbi (5,5); Bogado (6), González (5,5), Espinoza (5,5) (Araujo, 24 do 2º - 5,5) e Gamarra (7); Chacana (5,5) (Montenegro, 12 do 2º - 6) e Miralles (6) (Ábila, 35 do 2º - 5). Técnico: Eduardo Domínguez
Foto: Peñarol/Divulgação.
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