Numa noite dos visitantes, a Argentina aproveitou os desfalques do Chile e embalou nas eliminatórias
Mercado e Messi comemoram a importante vitória em Santiago |
Foi em Santiago, porém, que ocorreu o jogo mais chamativo desta quinta-feira, e as expectativas de uma bela partida foram cumpridas. Ainda com a rivalidade acesa pela final da Copa América, Chile e Argentina se enfrentaram em um duelo já tido como decisivo, pois ambos entraram em campo fora da zona de classificação. A vitória acabou sendo da seleção tecnicamente mais forte, e que jogou mais completa.
O desempenho do Chile foi ótimo diante das circunstâncias. Sem quase meio time titular (Vidal, Aránguiz, Valdivia e Vargas não jogaram), o técnico Juan Antonio Pizzi estreou com um péssimo resultado, mas uma atuação consistente mesmo assim. Para piorar as coisas, o treinador perdeu Matías Fernández logo aos quatro minutos e Marcelo Díaz aos 20, ambos por lesão. Mas, com a herança positiva dos tempos de Jorge Sampaoli, viu a mecânica de jogo ser, se não repetida, razoavelmente mantida. Orellana foi o mais destacado dos reservas: deu passe para o gol de Gutiérrez (outro suplente) e várias boas jogadas ao longo da noite. No comovente segundo tempo chileno, liderou as ações de ataque, já que Alexis Sánchez se via muito bem marcado.
A Argentina, porém, supre qualquer desfalque com abundância de qualidade. Sem Mascherano, entrou com Kranevitter, excelente volante campeão da América pelo River Plate em 2015. Na frente, sem poder contar com o prodígio Dybala, teve desta vez o trio de ataque completo, com Agüero, Di María e Messi. O melhor do mundo não foi o do Barcelona, mas não precisa sê-lo para virar destaque. Ao lado de Di María, infernizou a defesa chilena com suas arrancadas. Só não foi melhor que o próprio Fideo, autor do primeiro gol e dono da noite no Estádio Nacional.
A vitória embala de vez a Argentina nas eliminatórias. Com 8 pontos, a equipe de Tata Martino agora receberá a Bolívia, que levou 12 a 0 da Albiceleste no somatório de dois amistosos no ano passado - ou seja, grandes chances de ir a 11. O empate entre Equador e Paraguai ajudou a segurar os dois, enquanto a vitória colombiana coloca pressão extra sobre o Chile (ambos agora têm sete). O equilíbrio é imenso na América do Sul. Com a surpreendente boa campanha paraguaia e a muito acima da média do Equador, no momento há sete seleções com potencial para brigar por quatro vagas diretas e uma na repescagem. Cada rodada tem no mínimo duas ou três decisões diretas, portanto. Brasil x Uruguai, amanhã, é mais uma delas.
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