As opções para o lugar de Miller

Miller Bolaños fará muita falta ao time do Grêmio. Não apenas por seu nome e categoria, mas por sua característica. É um jogador de conclusão e deslocamento, força física e boa conclusão, habilidade e velocidade. Não há no elenco gremista (e em quase nenhum brasileiro) atacante que reúna essas qualidades todas. O jeito que Roger Machado pode dar é minimizar os efeitos desta perda.

Precisando vencer o San Lorenzo, o ideal para substituir Miller parece ser Henrique Almeida. Primeiro, por ser o jogador em melhor fase goleadora dos possíveis substitutos, e o Grêmio precisará de gols nesta quarta. Henrique não tem o porte físico do equatoriano, mas tem mobilidade e sabe bater em gol. Everton tem mais técnica e muita velocidade, mas peca mais em termos de finalização. Pode ser uma opção interessante para mudar o jogo. Mas a entrada do camisa 9 dá mais conclusão ao Tricolor.

É verdade que a capacidade de Luan de ser o centroavante e também saber jogar pelo lado facilita a vida de Roger. Assim, qualquer uma dessas duas opções pode encaixar. Temia-se que com a chegada de Bolaños ele fosse ficar longe do gol, como nos tempos de Felipão, mas o que houve foi um revezamento interessante com o equatoriano em relação a quem cairia pelo lado ou pelo centro. Isso ajudou a confundir a defesa da LDU na semana passada. Henrique Almeida não tem essa capacidade toda, mas pode fazer esse papel e ajudar a manter parte desta dinâmica.

O certo é que Bobô larga atrás nesta briga. Dos três reservas do ataque, é quem tem características mais peculiares: jogo aéreo, posicionamento e menor mobilidade. O Grêmio com ele, Luan e Douglas juntos normalmente se torna um time mais previsível e lento. Trata-se de um jogador interessante para segundo tempo, para uma bola aérea ou um lance específico de definição, mas não tanto, neste caso, para iniciar o confronto.

Em tempo:
- Dia de Wolfsburg e Real Madrid espantarem as zebras, passarem por Gent e Roma e chegarem sem sustos às quartas de final da Liga dos Campeões.

- Pela Libertadores, o Olimpia tem uma última chance de não fazer figuração: bater o Emelec, em Guayaquil. Não será nada fácil. Pelo equilibrado Grupo 4, o Sporting Cristal busca recuperação contra o Huracán, enquanto Peñarol lutará por sua sobrevivência em Medellín, contra o líder Atlético Nacional.

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