O predestinado Alario decide um jogo complicado e coloca o River na final do Mundial
Alario comemora em cruzada de Viudez: como na Libertadores |
Muito do sofrimento por que passou o River vem de erros seus. Contra um adversário escalado num temeroso 5-4-1, o técnico Marcelo Gallardo repetiu a falta de convicção mostrada nos últimos meses, quando a equipe oscilou no Campeonato Argentino e na Copa Sul-Americana. Escalou uma formação inédita, com Kranevitter como único volante, Sánchez e Ponzio caindo mais pelos lados e o discutível Pisculichi centralizado. Jamais funcionou: os meias abertos não subiam pelos flancos, afunilavam o tempo todo e Piscu fracassou, como em quase toda a temporada.
Os primeiros 20 minutos foram de domínio territorial total dos millonarios, mas sem chegadas de fato perigosas. Passado o temor inicial, o time japonês começou a pôr as manguinhas de fora. E notou que entre Balanta e Vangioni havia espaço para lançamentos para o brasileiro Douglas. Como não havia um volante argentino caindo por ali para fazer a cobertura, o Sanfrecce Hiroshima criou três de suas quatro chances claras no primeiro tempo naquela lacuna. Acuado, o River teve no goleiro Barovero sua surpreendente figura nos 45 iniciais. E podia quase comemorar o 0 a 0 quando chegou o intervalo.
4-1-3-2 argentino encontrou dificuldades com a retranca japonesa |
Jogar aberto contra (provavelmente) o Barcelona é um risco, mas Gallardo precisa pensar numa escalação equilibrada para domingo. Atuando com a equipe fisicamente mais robusta de hoje, não terá chance alguma: diante do campeão japonês, não conseguiu ter jamais contra-ataque ou articulação de jogada alguma em velocidade, e não teria isso contra o Barça. Se Lucho e Viudez não aguentam os 90 minutos, uma formação com Kranevitter e Ponzio postados, com Sánchez e Gonzalo Martínez abertos, talvez funcione melhor. O time da Libertadores, em suma. Sem invenções.
Foto: FIFA.com.
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