Então adormecida, rivalidade entre Palmeiras e Santos aflorará de vez hoje à noite

Noite de hoje terá o sétimo jogo entre os dois clubes no ano
A ideia de que o Santos chega para a final de hoje melhor que o Palmeiras é verdadeira, até pelo que se viu na partida de ida, mas já foi bem mais evidente. Afinal, ambos os times já jogaram futebol superior ao que vêm desempenhando neste momento. Tanto que, por um bom tempo, as duas equipes eram consideradas candidatas ao G-4 do Brasileirão, e acabaram perdendo fôlego. A diferença é que o time alviverde ficou para trás por suas próprias incompetências, enquanto o Peixe saiu da luta somente neste domingo, por priorizar a decisão de hoje à noite.

As escalações prometem ser praticamente as mesmas, mas o jogo do Allianz Parque deve ser bem diferente do que foi o da Vila Belmiro. Sem Lucas e provavelmente Gabriel Jesus, Marcelo Oliveira deveria mexer também no posicionamento de seus meias. Nos melhores jogos de sua equipe no ano, Dudu jogou aberto e Robinho centralizado. A exceção foi o 3 a 3 com o Corinthians, no começo do returno. Na Vila, o ex-gremista foi o meia criativo, e o ex-Coxa um marcador de lateral. O Palmeiras vai precisar do lado articulador de Robinho, não do marcador. Precisará acuar o Peixe, e não temê-lo.

Se Gabriel Jesus não jogar, uma alternativa interessante seria a inclusão de Rafael Marques aberto, como em vários momentos desta temporada. É um jogador inteligente, que preocupa a defesa adversária por sua capacidade técnica e ainda tem o gosto por marcar gols, dando mais uma opção no jogo aéreo além de Barrios. Além disso, não deixaria o time tão leve.

Falamos bem mais do Palmeiras porque as variantes de escalação para o jogo estão do lado do verde. O Santos dificilmente vai mudar qualquer coisa em sua equipe para a partida de hoje: não tem desfalques e, ao contrário do rival, tem um onze inicial consolidado. O time do Peixe é melhor, mas o grupo alviverde é superior, mais numeroso - o que, para muitos treinadores, pode ser sinônimo também de menos certezas na hora de escalar quem joga. Vem sendo o caso de Marcelo Oliveira há uns dois meses.

Sem saldo qualificado, a vantagem santista é pequena. Como era a palmeirense no Paulistão. Agora, é a chance da revanche alviverde no ano verdadeiramente inaugural de sua linda casa. São ingredientes fantásticos para uma enorme decisão. Para quem não decidia nada há 55 anos, esse 2015 foi bem generoso com o chamado Clássico da Saudade. Os duelos entre Fernando Prass e Ricardo Oliveira simbolizam o reacendimento da chama desta rivalidade, que andava adormecida nos últimos tempos.

Comento hoje este partidaço a partir das 21h30, na Rádio Estação Web, com narração de Leonardo Dias.

Final também em Buenos Aires
Hoje começa também a ser decidida a Copa Sul-Americana, com Huracán x Santa Fe no Palacio, em Buenos Aires. Também não há saldo qualificado. Os colombianos são tecnicamente superiores e vêm obtendo ótimo desempenho fora de casa na competição, mas venham falhando em El Campín. A decisão de fato é na semana que vem.

Foto: Santos/Divulgação.

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