Só os pênaltis derrubaram o Brasil, o time que segurou quase 100 mil pessoas fora de casa

O histórico Brasil que quase calou 35 mil no Serra Dourada
A diferença com relação ao mata-mata contra o Fortaleza foi o jogo de ida. Naquela oportunidade, o Brasil conseguiu seu gol no Bento Freitas e venceu por 1 a 0. Contra o Vila Nova, não. Fora de casa, o padrão foi semelhante nos dois confrontos: extremamente organizado, o time de Rogério Zimmermann segurou a pressão dos donos da casa e levou o arrastado 0 a 0 até o final. Agora, porém, o placar em branco forçava a decisão por pênaltis. Não deu para chegar à final da Série C.

Mas nada que tire da torcida xavante o orgulho com relação ao que este time vem fazendo de três anos para cá. Mais uma vez, o Brasil segurou um estádio lotado. Somando Fortaleza e Goiânia, Castelão e Serra Dourada receberam 99 mil pessoas nestes dois mata-matas e não comemoraram gols contra a equipe do interior gaúcho. As duas jornadas enchem de orgulho a torcida rubro-negra.

O Vila Nova passou pelo Brasil assim como o Tombense tirou o título da Série D do Xavante no ano passado: 0 a 0 no Bento Freitas, 0 a 0 em casa na volta e vitória nos pênaltis. Claro que é um pouco frustrante não comemorar o título depois de chegar tão perto, mas o que importa, mesmo, é subir. O Brasil não ganhou a Série D do ano passado, o Tombense sim. Mas subiu para a Série B deste ano, enquanto a equipe do interior mineiro ficou pelo caminho. Cumprir o objetivo é o que realmente importa em divisões inferiores do Brasileirão. Vida que segue.

Para 2016, manter a base é importante, mas reforçar o elenco em lugares pontuais é ainda mais fundamental. O conjunto montado por Zimmermann desde a segundona gaúcha de 2013 manteve-se estável, mas sempre agregando qualidade de uma temporada para outra. No ano que vem, com orçamento maior, a ordem é manter os pés no chão sem descuidar do nível alto que haverá na Série B, com clubes de porte ainda maior que os enfrentados nas últimas duas temporadas. Mas isso fica para dezembro: agora, a ordem é aplaudir e comemorar mais esta missão cumprida, a maior da história recente do Xavante.

Foto: Carlos Insaurriaga/Brasil.

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