Sete minutos bastaram para o Cruzeiro detonar o Sport. O G-4 é difícil, mas... e daí?

Willians fez um gol e provocou outro: ascensão cruzeirense
O azar do Cruzeiro é que o Campeonato Brasileiro tem só mais três rodadas, e não mais dez. Porque a reação é impressionante: ao golear o Sport no jogo isolado deste domingo, o time mineiro chegou a 11 jogos de invencibilidade. São seis vitórias e cinco empates, 69,7% de aproveitamento, e uma reação que coincide com a chegada de Mano Menezes à Toca da Raposa. Se houvesse mais tempo, a equipe provavelmente chegaria a um objetivo impensável algumas semanas atrás: chegar entre os quatro melhor e disputar a Libertadores do ano que vem.

Na verdade, claro, não é azar que o certame esteja chegando ao final. Porque à reação impressionante do returno corresponde um turno medíocre, cheio de erros, com uma demissão do técnico bicampeão brasileiro, a contratação de outro na base do pensamento mágico, e até uma passagem relâmpago de um minuto pela zona de rebaixamento. Um período de tantos problemas que nem a grande fase atual está sendo capaz de superar dentro do objetivo do G-4.

Mas o passado é o passado, e tem sido bonito acompanhar esta reação. Hoje no Mineirão quase 26 mil pessoas (público pequeno se comparado a outros em fases piores deste time no ano) viram uma equipe confiante, totalmente diferente da que começou e disputou mais da metade deste Brasileirão. Diante de um Sport que ainda disputa G-4, bastaram sete minutos furiosos no começo do segundo tempo para a construção de um 3 a 0 que poderia ter sido ainda mais elástico.

O Sport reclama do primeiro gol (a nova regra da mão na bola é realmente injusta em muitos casos), tomou o segundo gol num azar tremendo de Durval e o terceiro num contragolpe, quando se atirava em busca do placar. Não jogou para tomar goleada nem tomou um vareio de bola. Mas foi batido com autoridade, uma autoridade inexistente com Luxemburgo e até nos últimos meses de Marcelo Oliveira. Mais do que um fracasso pernambucano, o resultado representa é a grande fase dos mineiros.

O Cruzeiro dificilmente vai chegar à Libertadores, mesmo com a reação. E, por tudo o que errou em 2015, não merece mesmo disputá-la no ano que vem. Mas sua torcida tem motivos muito mais sólidos para prever uma boa temporada em 2016 do que resumi-la à disputa ou não do torneio continental: com Mano Menezes, a Raposa tem um norte, um projeto, uma ideia de trabalho que deve torná-la realmente competitiva de novo no próximo ano. E isso é muito importante, tanto que tem muito candidato mais sério a jogar a Libertadores que não tem perspectiva tão positiva e consolidada assim.

Em tempo:
- Goleada de 5 a 1 da seleção olímpica sobre os Estados Unidos, no Mangueirão, teve mais um gol de Luan e uma preocupante entorse de joelho de Valdívia. Dependendo da gravidade, o meia colorado pode até ficar de fora do Gre-Nal de domingo que vem.

- A Hungria está de volta aos grandes torneios. Venceu a Noruega de novo, desta vez por 2 a 1, em Budapeste, e disputará a Eurocopa do ano que vem.

Foto: Fred Magno/Light Press/Site oficial do Cruzeiro.

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