O Corinthians chegou ao auge na reta final. Como deve fazer um campeão

Vágner Love comemora: returno espetacular dele e do Timão
Lá por maio, muitos comentavam que o Corinthians perdera a Libertadores por ter encaixado muito cedo. O time de Tite começou a temporada jogando o fino da bola, passou fácil pelo grupo da morte, mas foi caindo de produção até ser batido duas vezes pelo relativamente modesto Guaraní paraguaio. No Brasileirão, ocorre o contrário: inicialmente instável, a equipe paulista foi crescendo rodada após rodada. Primeiro, parou de perder, e se aproximou do G-4; depois, passou a ganhar, assumindo a liderança; após a parada das eliminatórias, desandou a massacrar seus adversários. Disparou de vez na ponta e está a um passo do título.

A goleada de ontem sobre o Atlético-MG representa o auge do Timão na temporada. Nunca o Galo havia sido vencido por tanta diferença de gols no caldeirão do Horto (22 mil). Pois o Corinthians foi lá e fez 3 a 0, diante de seu adversário direto, uma equipe reconhecidamente forte, abrindo uma distância irreversível de 11 pontos na liderança, faltando apenas cinco rodadas. Em vez de apenas segurar o empate (que já seria ótimo), foi maduro para suportar a pressão mineira no primeiro tempo e definir de vez a parada no segundo. E apenas com golaços.

Até certa altura da competição, víamos o Corinthians muito firme, jogando um futebol extremamente sólido, embora não tão atraente. Atlético-MG, Grêmio e Santos praticavam um jogo mais bonito. Agora, não: ninguém vem jogando mais que o Timão, e talvez nem tenha chegado a este nível em 2015. Esta é a segunda goleada seguida fora de casa. A outra foi sobre o Atlético-PR em Curitiba, um 4 a 1 inapelável. Desta vez foi contra o segundo colocado, o único que ousava dizer que ameaçava o título corintiano. Depois de ontem, nem o mais otimista torcedor do Galo acredita mais.

Três minutos, três pontos, uma vaga
O Internacional (6º, 50) controlou o Goiás (17º, 34) com autoridade no primeiro tempo. Parecia ele o mandante no Serra Dourada vazio (6 mil): vencia por 1 a 0, não corria riscos e via o adversário perdido em campo. Cometeu apenas um pecado: o de não forçar o ritmo e definir a parada ainda antes do intervalo. Foi fatal.

O começo péssimo de segundo tempo vai custar caro para o time de Argel, que perdeu um jogo que não podia. A derrota afasta o Colorado do G-4. Não o tira da briga, mas aperta ainda mais o cinto e força uma série de resultados positivos nas cinco rodadas finais. O jogo com a Ponte Preta tem seu caráter decisivo aumentado. Cada vez mais, as chances de Libertadores parecem depender de um título do Santos na Copa do Brasil e de uma queda do São Paulo, que tem a tabela mais difícil de todas na reta final.

Santos: todos os Santos x Palmeiras deste ano foram assim. Na Vila, 2 a 1 Peixe; no Palestra, 1 a 0 Porco. O resultado de ontem na Vila Belmiro (12 mil) deixa o time de Dorival Júnior ainda no G-4, com 53, em ritmo que dificilmente será acompanhado pelos rivais mais próximos. À equipe de Marcelo Oliveira, cada vez mais a Copa do Brasil é a chance de Libertadores. Com forte queda de rendimento (quatro derrotas em cinco jogos), o Palmeiras já é 9º, com apenas 48, a cinco pontos da linha de classificação.

Chapecó: no jogo mais discreto da rodada, Chapecoense (14º, 40) e Atlético-PR (12º, 43) fizeram um duelo entre dois times que estão tranquilos no Brasileiro e acabaram de ser eliminados da Copa Sul-Americana. Com um a menos por todo o segundo tempo, o Furacão segurou a pressão na Arena Condá (12 mil) e saiu com um pontinho: 0 a 0.

Rio de Janeiro: o que era uma série de nove jogos sem perder agora já é uma de seis jogos sem vitória. Há tempos o Vasco (20º, 30) deixou de reagir. A sequência de empates teve fim ontem, com uma melancólica derrota para o em-férias-Fluminense (13º, 41), 1 a 0, gol de Gérson. Menos de 14 mil pessoas foram ao Engenhão.

A rodada deste fim de semana foi a de pior média de público de todo o returno: apenas 13.608 torcedores nos estádios. A média do campeonato não decolou até agora nesta segunda metade da competição, mantendo o nível do primeiro turno. Atualmente, é de razoáveis 18.163.

Em tempo:
- O que é este segundo turno do Vágner Love?

Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians.

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