A passagem do Huracán foi a primeira boa notícia da dura semana do Atlético Paranaense

Muita gente comenta a respeito da possibilidade de o G-4 do Brasileirão virar G-5, o que pode ocorrer se Santos, São Paulo ou Palmeiras ganharem a Copa do Brasil. Porém, poucos se dão conta de que ele pode virar G-3, caso o Atlético Paranaense (ou a Chapecoense, embora com chances menores) vença a Sul-Americana. Claro, o Furacão não é o melhor time do torneio, e ainda não está nas semifinais. Porém, tranquilo no Brasileirão, está focado principalmente na competição de mata-mata, que é a única chance que lhe resta de disputar a Libertadores.

Ontem, ocorreu um resultado importante para a vida do time de Curitiba. O empate em 0 a 0 com o Defensor, em Montevidéu, levou os argentinos do Huracán às semifinais. O placar foi bom porque provavelmente impedirá um confronto do Furacão com o poderoso River Plate nas semifinais. Como o regulamento força o enfrentamento de dois times do mesmo país nesta etapa, o Atlético escapará do atual campeão de tudo na América do Sul, caso este confirme seu favoritismo hoje diante da Chapecoense e o Independiente não vire sobre o Santa Fe, em Bogotá, na quinta-feira (na ida, em Avellaneda, os colombianos venceram por 1 a 0).

Mas antes de pensar num possível confronto com o Santa Fe na próxima etapa, o time de Cristóvão Borges tem a tarefa mais complicada de todas: chegar à semifinal hoje à noite. A vitória por 1 a 0 sobre o Sportivo Luqueño na Arena da Baixada foi boa, mas não definitiva. E o clima promete ser tenso no acanhado Estádio Feliciano Cáceres, em Luque, região metropolitana de Assunção. Se na ida torcedores do Atlético promoveram foguetório em frente ao hotel do time, para o jogo de volta o próprio técnico Eduardo Rivera prometeu mobilização semelhante. Dentro de campo, o confronto promete ser ríspido, já que na semana passada a partida teve nada menos que 29 faltas, algumas delas bastante duras.

Passando pelo Sportivo Luqueño, ao menos em termos anímicos o Atlético Paranaense estará pronto para as disputas decisivas da Copa Sul-Americana. Dificilmente encontrará um clima mais hostil nas duas fases que restam do que o que encontrará hoje no Paraguai. Ainda assim, não será favorito, a menos que a Chape faça o crime contra o River. O Santa Fe, mesmo que não seja o campeão da América, é forte, tem mais time que o próprio Atlético. E o pior: tem a obsessão por um título continental, o qual belisca desde 2013. Lembram da LDU pré-Libertadores de 2008? Caso bem semelhante. E o River, bem...

A noite de mata-mata promete ser tensa e intensa. O confronto entre Palmeiras e Fluminense chama a atenção pela indefinição e pelas pesadas camisas; o de Santos e São Paulo, por ser clássico e pela tentativa de um milagre são-paulino; Chapecoense x River, pelo inusitado e pela chama de esperança de uma virada histórica do time catarinense; mas o com mais cara de mata-mata das antigas, mesmo, será Sportivo Luqueño x Atlético Paranaense. Vale a pena acompanhar, no ótimo horário das 20h.

Comentários

Vine disse…
Vendo o jogo do Palmeiras, vi que o do Atlético terminou 2 x 0.
Teve o clima tenso como o esperado? Me pareceu um resultado ao natural, mesmo não tendo visto o jogo...
Vicente Fonseca disse…
Foi ao natural a construção do placar, mas houve clima tenso sim. O Nikão foi vítima de um episódio racista lamentável antes da partida, se irritou e acabou expulso. Houve muita catimba também. Mas claro, se o Atlético tivesse passado teríamos tido episódios bem piores.