O Atlético sobra
Quem vê a tabela pensa que estou falando do Atlético-PR. De fato, não dá para desprezar o excelente começo do time curitibano, que, a exemplo de 2013, joga o Brasileirão descansado, sem ter tido o enfadonho estadual pela frente. Mas falo do Atlético-MG (3º, 10), que ontem chegou à terceira goleada em cinco rodadas no Campeonato Brasileiro.
Desde a estreia já ficava claro que o Galo viria como um dos principais candidatos ao título. Com um time completamente reserva, quase venceu o Palmeiras em pleno Allianz Parque. De lá para cá, dedicado apenas ao Brasileirão, o time de Levir Culpi só perdeu uma vez, e para o xará paranaense, que lidera a competição. De resto, três goleadas, diante de Fluminense, Vasco e Avaí (10º, 7). Ontem, a equipe mineira sobrou: fez 4 a 1 na Ressacada (7 mil) em ritmo de treino. Os gols muito bem construídos simbolizam o grande futebol do Galo, que poderia ter feito 6 ou 7 sem problema algum.
O Furacão lidera, mas é sempre uma incógnita. Terá fôlego (em termos técnicos, pois nos físicos é certo) para seguir embalado desta forma? Não se sabe. O Galo terá: a ótima fase um dia acaba, mas o elenco é fortíssimo e dará conta do recado nos momentos de instabilidade. Dos favoritos, já é o que está à frente dos demais. Se ganhar do rival Cruzeiro, neste sábado, embala de vez.
Curitiba: com um golaço de Nikão, o Atlético-PR (1º, 12) manteve a liderança e bateu o Figueirense (16º, 4) por 1 a 0. 15 mil pessoas foram à Arena da Baixada.
São Paulo: belo clássico entre São Paulo (4º, 10) e Santos (13º, 5), que merecia bem mais do que apenas 13 mil pessoas no Morumbi. O Tricolor levou a melhor, 3 a 2, e Rogério Ceni foi o personagem da partida, pela milésima vez: pegou pênalti (que entrou no rebote), levou frangaço, mas marcou o gol da vitória no fim.
Chapecó: de vitória em vitória em casa, a Chapecoense (5º, 9) vai construindo uma campanha sólida para ao menos não correr nenhum risco. Na Arena Condá (6 mil), fez 2 a 0 no Joinville (20º, 1), que ainda não estreou no campeonato de fato.
Belo Horizonte: a festa de Vanderlei Luxemburgo no gol de Manoel diz tudo. Era importantíssimo para o Cruzeiro (15º, 4) vencer o Flamengo (19º, 1), e para Luxa, em especial, depois de sua turbulenta saída da Gávea. Apenas 13 mil foram ao Mineirão.
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