Quem é quem no Brasileirão 2015 - Parte III

FLAMENGO (7,7 - 5º)
Elenco: não está no nível dos melhores, mas conta com opções em número e qualidade, capazes de manter o time em boa campanha. 7

Ataque: Marcelo Cirino levou o ataque do Flamengo a um nível acima do que ele havia se acostumado desde que Ronaldinho deixou o clube. 7

Defesa: Vanderlei Luxemburgo conseguiu estancar a crise no ano passado e tornar a defesa flamenguista confiável desde então. 8

Técnico: há tempos Luxa não ganha nada. Mas ter o técnico mais vezes campeão do Brasil na casamata é algo que merece no mínimo muito respeito. 8

Tradição: ao lado do São Paulo, é o clube que mais vezes foi campeão brasileiro na história. 10

Últimos Brasileiros: desde o hexa, em 2009, o Flamengo só pegou G-4 em 2011. De resto, campanhas medíocres. Em 2015, a promessa é ir além disso. 6

Início de ano: apesar da perda do campeonato estadual, o desempenho na maior parte da temporada até aqui indica um Flamengo mais forte em 2015 que nos últimos três anos. 7

Momento do clube: Eduardo Bandeira de Mello ainda está pagando as contas e reorganizando o clube. Ainda não tem bala para formar um time caro, mas em breve chegará lá. 7

Fator local: enfrentar a maior torcida do Brasil no Maracanã é sempre um dos maiores desafios de cada Campeonato Brasileiro. 8

Foco no campeonato: o Flamengo é um dos que podem aproveitar o fato de os favoritos estarem na Libertadores para tirar vantagem. Para isso, precisa largar bem e manter a concentração no Brasileiro. 9


FLUMINENSE (7,0 - 10º)
Elenco: se despedaçou. Saíram Bruno, Carlinhos, Conca, Rafael Sobis, Diguinho, Valencia... A reposição foi modesta. É o Flu potencialmente mais fraco dos últimos dez anos. 6

Ataque: apesar de ter perdido várias peças fundamentais, ter Fred é garantia de gols na frente. Nomes jovens, como Gérson e Kenedy, são a esperança para o futuro. 7

Defesa: as laterais não são mais as mesmas, mas o miolo de zaga manteve o padrão e Diego Cavalieri segue sendo um dos melhores goleiros do país. 7

Técnico: Ricardo Drubscky vive o maior desafio de sua carreira. Mas precisa mostrar serviço logo, pois o currículo não é capaz de bancar um princípio de crise. 6

Tradição: dono de três Brasileiros e um Robertão, o Fluminense é uma força tradicional do futebol brasileiro. 8

Últimos Brasileiros: ganhou dois dos últimos cinco Brasileiros, mas, em campo, foi rebaixado em 2013. No ano passado, fez campanha média. 8

Início de ano: em sua reestruturação, passou por turbulências, como uma quase eliminação na primeira fase do Carioca e a queda do técnico Cristóvão Borges. 5

Momento do clube: o fim da parceria com a Unimed dá um choque de realidade no Flu. A boa categoria de base, no entanto, pode ser capaz de segurar as pontas em tempos de vacas magras. 6

Fator local: sente-se à vontade no Maracanã, mas não exerce nele um fator local tão poderoso quanto seu rival Flamengo. 7

Foco no campeonato: a Copa do Brasil só começa em agosto para o Flu. Até lá, o clube só disputa o Campeonato Brasileiro. Nenhum dos 20 times da Série A vive situação como essa. 10


GOIÁS (5,8 - 14º)
Elenco: melhorou em relação ao ano passado, mas segue arriscado para disputar a primeira divisão. 5

Ataque: a volta de Felipe Menezes é um alento, mas o time segue dependente do talento do menino Erik na frente. 5

Defesa: Renan, Valmir Lucas, Felipe Macedo, David e Ygor formam uma espinha dorsal sólida. 6

Técnico: Hélio dos Anjos é um dos técnicos mais experientes da primeira divisão nacional na atualidade. 6

Tradição: com 39 participações na Série A, o Goiás nunca chegou a decidir o campeonato, embora tenha chegado duas vezes entre os quatro melhores. 5

Últimos Brasileiros: a boa campanha de 2013 contrasta com anos recentes difíceis para o esmeraldino, que jogou a Série B por duas temporadas seguidas no início da década. 5

Início de ano: foi campeão estadual com sobras. Não há parâmetro confiável, mas o dever foi cumprido. 7

Momento do clube: o Goiás passa por uma reestruturação que tem como pilar as categorias de base. Talvez volte a incomodar a turma de cima daqui a alguns anos. 6

Fator local: o campo grande do Serra Dourada incomoda os visitantes, mas o estádio está quase sempre às moscas. 5

Foco no campeonato: entre ir bem na Copa do Brasil e escapar do rebaixamento, a prioridade do Goiás é o Brasileirão. 8


GRÊMIO (7,3 - 8º)
Elenco: precisa de reforços para brigar por G-4. O próprio time titular, apesar de ser bem razoável, possui carências que precisam ser sanadas o quanto antes. 6

Ataque: os meias têm qualidade e marcam gols, mas a falta de atacantes em nível semelhante é gritante. Barcos faz muita falta. 5

Defesa: Grêmio é sinônimo de defesa sólida quase sempre. Nenhum elenco tem tantos bons volantes, Marcelo Grohe é goleiro de seleção e a dupla Geromel-Rhodolfo é a melhor do país na atualidade. 10

Técnico: na descendente da carreira ou não, Luiz Felipe é o técnico mais vitorioso da história do futebol brasileiro, e está em casa. Motivação para recuperar parte de sua imagem é o que não falta. 8

Tradição: bicampeão brasileiro e três vezes vice, o Grêmio quase sempre faz campanhas sólidas no maior torneio do país. 8

Últimos Brasileiros: desde que retornou à elite, o Tricolor jogou nove Brasileiros. Foi vice-campeão em dois, terceiro em outros dois e só passou longe de brigar por G-4 uma única vez. 8

Início de ano: a derrota no Gre-Nal decisivo foi a primeira da equipe em 16 jogos. Depois de um começo assustador, o time teve trajetória consistente, embora com atuações apenas médias na maioria dos jogos. 6

Momento do clube: para uma torcida que não comemora títulos grandes há 14 anos, o discurso de austeridade é difícil de ser assimilado. 2015 é ano para pagar contas no Grêmio. Ainda assim, mesmo com a seca, o time tem feito campanhas quase sempre boas nas últimas temporadas. 6

Fator local: mesmo que a Arena não tenha sido ainda o caldeirão que era o Olímpico, o Grêmio conta com uma torcida animada, é sempre um dos mandantes mais eficientes e continua dono de uma das melhores médias de público do país. 8

Foco no campeonato: de início, as atenções se voltam para o Brasileirão. Porém, com um elenco pouco numeroso, o Tricolor sabe que tem mais chances de ir longe na Copa do Brasil. 8

Amanhã: Internacional, Joinville, Palmeiras e Ponte Preta.

Comentários

Vine disse…
Baita ideia, mas o Flamengo não tá superestimado?
Vicente Fonseca disse…
Pode ser que sim. No entanto, analisei critério a critério, e acho isso aí mesmo. Vejo o Flamengo muito organizado e com bala pra fazer um bom campeonato esse ano.