Quem é quem no Brasileirão 2015 - Parte IV

INTERNACIONAL (8,2 - 3º)
Elenco: além de muito numeroso, é extremamente bem utilizado por Diego Aguirre. Há uma ou outra lacuna defensiva, mas de resto existem reposições de sobra. 9

Ataque: muitos jogadores fazem gols no Inter, pois a dinâmica é intensa. Além de os meias comparecem seguidamente no placar, há atacantes do calibre de Nilmar e Lisandro López no grupo. 9

Defesa: não há grandes zagueiros no Beira-Rio (à exceção de Réver, seguidamente lesionado), mas a defesa é muito bem protegida pelos volantes e os laterais formados em casa não vazam tanto como os do ano passado. 8

Técnico: Diego Aguirre já mostrou serviço no Peñarol e vem fazendo um grande trabalho neste começo de ano, mas talvez a inexperiência dele em Brasileiros possa pesar. 8

Tradição: o Inter não ganha o Brasileiro há 36 anos, mas além de tricampeão já foi vice seis vezes. 9

Últimos Brasileiros: eternamente favorito, o Inter só pegou G-4 recentemente no ano passado. Em 2013, lutou para não cair até o final. 7

Início de ano: depois de experimentar certa instabilidade, Aguirre ganhou o grupo e tornou o time muito forte. Campeão gaúcho e líder de grupo na Libertadores, vem embalado. 9

Momento do clube: o Inter subiu de patamar na última década, e apostou alto em 2015 para ser campeão da América de novo. A saúde financeira do clube, porém, não é das melhores. Uma eventual derrota na competição continental pode custar bem caro. 8

Fator local: o Inter segue muito forte dentro de casa, e é normalmente um dos líderes de público. Em 2014, porém, além de eliminações bizarras para Ceará e Bahia, o título escapou justamente por conta de derrotas em casa para adversários diretos, como São Paulo, Corinthians e Cruzeiro. 8

Foco no campeonato: a prioridade de momento é a Libertadores, mas o longo jejum de títulos faz o Colorado encarar o Brasileiro sempre com muita seriedade. 7


JOINVILLE (5,7 - 17º)
Elenco: mudou bastante a fotografia de 2014 para cá, mas a filosofia segue sendo a de apostar em nomes preferencialmente baratos, ainda que mesclados com alguns veteranos. 4

Ataque: faltam bons atacantes, embora sobrem opções para o setor. Os meias Marcelo Costa e Marcelinho Paraíba, porém, são certeza de passes precisos para os companheiros. 5

Defesa: segue sendo o ponto de equilíbrio do time. Contratações como Dráusio, Dankler e Mário Sérgio ajudaram a qualificar o grupo em termos de opções. 6

Técnico: Hemerson Maria não tem experiência de Série A, mas é o grande responsável pela volta do JEC à primeira divisão. 6

Tradição: tem 12 participações na primeira divisão, mas a última foi em 1985. 2

Últimos Brasileiros: nos últimos quatro anos acumula duas promoções e duas boas campanhas na Série B. 4

Início de ano: mantendo o bom momento de 2014, o Joinville começou o ano erguendo o título do Campeonato Catarinense, um dos mais competitivos do país na atualidade. 7

Momento do clube: a euforia é grande. Além de acumular boas campanhas na Série B, o título estadual forja a melhor fase do Joinville em quase 30 anos. 8

Fator local: na Série B, a Arena Joinville já derrubou muito adversário. Agora é hora de ver se com os grandes a pressão será a mesma. 6

Foco no campeonato: o grande objetivo do Joinville em 2015 é se segurar na primeira divisão. 9


PALMEIRAS (7,4 - 6º)
Elenco: com quase 20 reforços, o Palmeiras passou por uma reformulação completa. Embora o time titular não seja brilhante, o elenco é numeroso e não deixa a peteca cair em caso de desfalques. 8

Ataque: algumas atuações da equipe no Campeonato Paulista mostraram um poder de fogo promissor. 8

Defesa: Fernando Prass lidera e Arouca protege uma zaga mais segura, bem distante da que foi uma das piores do Brasileirão 2014. 7

Técnico: depois de passar de um quase revolucionário a enganação, Oswaldo de Oliveira vem experimentando em sua maturidade uma fase de boas campanhas por onde passa. 7

Tradição: mesmo que não dispute o título há algum tempo, o Palmeiras é tetracampeão brasileiro (sem contar a Taça Brasil) e possui uma das camisas mais pesadas do país. 9

Últimos Brasileiros: sua última campanha decente foi em 2009. Nos últimos três anos acumula um rebaixamento e uma quase queda. 4

Início de ano: como todo time em construção, apresentou desempenho irregular. Fez um bom Paulistão, mas a perda do título nos pênaltis para o Santos foi dolorida. 7

Momento do clube: depois de anos muitos difíceis, o Palmeiras entrou 2015 de elenco reforçado e estádio novo. A pressão por títulos, porém, é grande. 7

Fator local: o Allianz Parque caiu no gosto do palmeirense de cara, e pode ser um diferencial a favor do time no Brasileiro. 8

Foco no campeonato: a montagem de um elenco vasto pelo Palmeiras teve como foco justamente voltar a disputar o título brasileiro. 9


PONTE PRETA (5,8 - 15º)
Elenco: é razoável diante das possibilidades financeiras do clube, com jogadores experientes para todas as funções. 5

Ataque: a chegada de Borges dá vida ao ataque da Ponte. 6

Defesa: mostrou-se segura durante o Campeonato Paulista. Marcelo Lomba é um bom goleiro. 6

Técnico: Guto Ferreira conhece bem o ambiente no Moisés Lucarelli e tem um bom histórico comandando times médios na primeira divisão. 6

Tradição: a Macaca vai para o seu 22º Brasileirão. Chegou a incomodar no final dos anos 90, mas há tempos não consegue uma boa campanha. 4

Últimos Brasileiros: depois de cinco anos longe da elite, a Ponte foi bem na volta em 2012, mas caiu no ano seguinte. No ano passado, voltou a subir. Em 2015, lutará contra a síndrome de ioiô. 4

Início de ano: fez um Paulistão forte, dentro de suas possibilidades técnicas, ganhando dos finalistas Palmeiras e Santos na primeira fase e fazendo jogo duro com o Corinthians nas quartas de final. 6

Momento do clube: a Ponte tenta voltar a entrar numa fase de participações seguidas na primeira divisão, e vem se estruturando para atingir o objetivo com um bom trabalho. 6

Fator local: o Moisés Lucarelli é acanhado, mas raramente lota a ponto de intimidar os adversários. 6

Foco no campeonato: todo time que sobe para a primeira divisão tem no ano seguinte como foco principal não voltar para a segunda. 9

Amanhã: Santos, São Paulo, Sport e Vasco.

Comentários

Milton Ribeiro disse…
Concordo, o Inter só tem um grande zagueiro, mas este chama-se Juan, nunca Réver.
Vicente Fonseca disse…
Pode ser, Milton. Não citei o Juan porque, embora ele seja tecnicamente extraordinário, é um jogador que já está numa idade mais avançada e não consegue jogar com a frequência que um Brasileirão exige.

Agora, acho o Réver um baita zagueiro. O problema é que ele também não tem jogado, mas por lesão. No fim das contas, tu tens razão.