Quem é quem no Brasileirão 2015 - Parte I
A cada final de campeonatos estaduais, sempre fazemos uma brincadeira dificílima no Carta na Mesa: apostar em quem será o campeão brasileiro da temporada, uma semana antes de o campeonato iniciar. A resposta tem de ser dada na lata, sem tempo para pensar. Chute, mesmo. Qualquer estimativa antes do torneio mais equilibrado que se tem noticia é sempre, na prática, isso mesmo.
O que tentaremos aqui no Carta na Manga é, ao menos, qualificar esse chute. Treinar a pontaria, coisa que muito atacante de time de ponta por aí não faz. Para isso, abrimos hoje a série de apresentação do Campeonato Brasileiro de 2015.
Serão cinco textos, um em cada dia desta semana, até sexta-feira. Em cada um, analisaremos quatro participantes do Brasileirão em dez quesitos, com notas de 0 a 10: qualidade do elenco, qualidade dos sistemas ofensivo e defensivo, treinador, tradição no campeonato, campanha nos últimos Brasileirões, como foi seu início de 2015, o momento atual do clube (dentro e fora de campo), fator local e foco na competição. Entendemos que são estes dez aspectos, entre tantos outros, os que pesam para que uma equipe se saia bem ou mal na competição. Ao lado do nome do clube, aparece a nota média obtida por ele na soma dos quesitos, junto de sua colocação neste pequeno ranking - que pode ser entendida, também, como a posição a qual estimamos que o time deva ficar ao final da competição se a lógica prevalecer (o que quase nunca acontece, claro).
Nada com a pretensão de prever o futuro. Tudo com a ideia de tentar ajudar a desvendar quem pode ser quem no campeonato que começa daqui a cinco dias.
ATLÉTICO-MG (8,1 - 4º)
Elenco: o elenco é tão forte que o Galo se classificou em uma chave difícil da Libertadores mesmo tendo vários desfalques ao longo da primeira fase. 9
Ataque: de 2013 para cá, a dinâmica ofensiva segue a mesma. E ela é poderosa. 9
Defesa: mesmo sempre privilegiando o ataque, o Galo se sustenta atrás por ter jogadores de alto nível em sua linha defensiva. 8
Técnico: Levir Culpi pode não ser unanimidade, mas é um técnico experiente e com várias boas campanhas no Brasileiro no currículo. 8
Tradição: o Galo só foi campeão uma vez, há 44 anos, mas tem um histórico forte de grandes campanhas no Brasileiro. 8
Últimos Brasileiros: depois de anos difíceis, vem fazendo boas campanhas desde 2012. 7
Início de ano: começou mal, mas se recuperou na Libertadores e ganhou o estadual. Ainda não convenceu totalmente, porém. 7
Momento do clube: vive uma das fases mais vitoriosas de sua história. 9
Fator local: no Brasil, ninguém é mais temido como mandante atualmente do que o Galo no Independência. 10
Foco no campeonato: num primeiro momento, a Libertadores é a prioridade. 6
ATLÉTICO-PR (6,1 - 13º)
Elenco: a fórmula dos últimos anos segue mantida, com muita aposta na base. Falta, porém, um pouco de experiência. 5
Ataque: com a chegada de Walter, pode ganhar um centroavante de alto nível. Os meias também são promissores. 7
Defesa: carece de nomes mais experientes, mas o goleiro Wéverton e os volantes passam segurança. 6
Técnico: Milton Mendes fez ótima Série A-2 paulista pela Ferroviária, mas chegando precisando provar que é uma boa aposta. 4
Tradição: campeão em 2001 e vice em 2004, o Atlético-PR de vez em quando consegue campanhas chamativas. 6
Últimos Brasileiros: a ótima campanha de 2013 foi um ponto fora da curva nos últimos anos discretos do Furacão. 6
Início de ano: é difícil avaliar o time titular, que nem jogou direito ainda em 2015. O sub-23 quase foi rebaixado no estadual. 4
Momento do clube: o trabalho de base é forte, mas os frutos devem ser colhidos só daqui alguns anos. 6
Fator local: a Arena da Baixada é sempre um ponto forte do Atlético-PR, mesmo que seus times nem sempre sejam de alto nível. 8
Foco no campeonato: o time passa sempre o começo de ano só treinando justamente para chegar descansado e com a corda toda no Brasileirão. 9
AVAÍ (4,7 - 20º)
Elenco: mescla veteranos com pouco espaço em clubes maiores com jogadores locais. 4
Ataque: seu problema atual é defensivo, mais que de ataque. Com André Lima, ganha uma opção interessante com a camisa 9. 5
Defesa: apesar de possuir volantes rodados, o time começou 2015 vazando demais. 4
Técnico: Gílson Kleina é experiente e sabe lidar com situações como a que o clube deve viver, de lutar para não cair. 6
Tradição: o Avaí só jogou 8 dos 44 Brasileiros, e o 6º lugar de 2009 é disparado o que de melhor o clube conseguiu até hoje. 3
Últimos Brasileiros: nos últimos cinco anos, tem uma quase queda em 2010, um rebaixamento em 2011, duas tentativas frustradas de subir em 2012 e 2013 e a volta à elite no ano passado. 3
Início de ano: correu risco de rebaixamento no Campeonato Catarinense até a última rodada. 3
Momento do clube: a euforia pelo acesso passou após o péssimo começo de ano. Ao menos, o clube já adquiriu experiência de Série A recentemente. 4
Fator local: a Ressacada não chega a ser um caldeirão, mas também já derrubou muita gente grande. 6
Foco no campeonato: mesmo que esteja em disputa com o rival Figueirense na Copa do Brasil, a permanência na primeira divisão é a meta do Avaí para 2015. 9
CHAPECOENSE (5,5 - 19º)
Elenco: segue modesto, o que é ótimo por um lado, pois sinaliza que o clube não está dando o passo maior do que a perna. 4
Ataque: perdeu força com a saída do centroavante Leandro para o Palmeiras. 4
Defesa: mesmo com o lateral Fabiano indo para o Cruzeiro, a Chape raramente dá vexame lá atrás. 6
Técnico: Vinícius Eutrópio tem experiência em clubes do porte da Chapecoense, mas nunca treinou time de Série A. 5
Tradição: até o ano passado, não jogava o Brasileirão há mais de três décadas. O 15º lugar de 2014 foi o máximo que já conseguiu. 2
Últimos campeonatos: vem em ascensão meteórica no cenário nacional. No primeiro ano de Série A, conseguiu escapar do rebaixamento. 5
Início de ano: não fez frente a Joinville e Figueirense no estadual. 5
Momento do clube: a Chapecoense é bem administrada e mantém os pés sempre no chão, sabendo o tamanho que tem. 8
Fator local: muita gente penou na acanhada Arena Condá em 2014. 7
Foco no campeonato: permanecer na primeira divisão é a garantia de uma segurança financeira à Chape, que dará tudo o que tem para conseguir esta meta. 9
Amanhã: Corinthians, Coritiba, Cruzeiro e Figueirense.
O que tentaremos aqui no Carta na Manga é, ao menos, qualificar esse chute. Treinar a pontaria, coisa que muito atacante de time de ponta por aí não faz. Para isso, abrimos hoje a série de apresentação do Campeonato Brasileiro de 2015.
Serão cinco textos, um em cada dia desta semana, até sexta-feira. Em cada um, analisaremos quatro participantes do Brasileirão em dez quesitos, com notas de 0 a 10: qualidade do elenco, qualidade dos sistemas ofensivo e defensivo, treinador, tradição no campeonato, campanha nos últimos Brasileirões, como foi seu início de 2015, o momento atual do clube (dentro e fora de campo), fator local e foco na competição. Entendemos que são estes dez aspectos, entre tantos outros, os que pesam para que uma equipe se saia bem ou mal na competição. Ao lado do nome do clube, aparece a nota média obtida por ele na soma dos quesitos, junto de sua colocação neste pequeno ranking - que pode ser entendida, também, como a posição a qual estimamos que o time deva ficar ao final da competição se a lógica prevalecer (o que quase nunca acontece, claro).
Nada com a pretensão de prever o futuro. Tudo com a ideia de tentar ajudar a desvendar quem pode ser quem no campeonato que começa daqui a cinco dias.
ATLÉTICO-MG (8,1 - 4º)
Elenco: o elenco é tão forte que o Galo se classificou em uma chave difícil da Libertadores mesmo tendo vários desfalques ao longo da primeira fase. 9
Ataque: de 2013 para cá, a dinâmica ofensiva segue a mesma. E ela é poderosa. 9
Defesa: mesmo sempre privilegiando o ataque, o Galo se sustenta atrás por ter jogadores de alto nível em sua linha defensiva. 8
Técnico: Levir Culpi pode não ser unanimidade, mas é um técnico experiente e com várias boas campanhas no Brasileiro no currículo. 8
Tradição: o Galo só foi campeão uma vez, há 44 anos, mas tem um histórico forte de grandes campanhas no Brasileiro. 8
Últimos Brasileiros: depois de anos difíceis, vem fazendo boas campanhas desde 2012. 7
Início de ano: começou mal, mas se recuperou na Libertadores e ganhou o estadual. Ainda não convenceu totalmente, porém. 7
Momento do clube: vive uma das fases mais vitoriosas de sua história. 9
Fator local: no Brasil, ninguém é mais temido como mandante atualmente do que o Galo no Independência. 10
Foco no campeonato: num primeiro momento, a Libertadores é a prioridade. 6
ATLÉTICO-PR (6,1 - 13º)
Elenco: a fórmula dos últimos anos segue mantida, com muita aposta na base. Falta, porém, um pouco de experiência. 5
Ataque: com a chegada de Walter, pode ganhar um centroavante de alto nível. Os meias também são promissores. 7
Defesa: carece de nomes mais experientes, mas o goleiro Wéverton e os volantes passam segurança. 6
Técnico: Milton Mendes fez ótima Série A-2 paulista pela Ferroviária, mas chegando precisando provar que é uma boa aposta. 4
Tradição: campeão em 2001 e vice em 2004, o Atlético-PR de vez em quando consegue campanhas chamativas. 6
Últimos Brasileiros: a ótima campanha de 2013 foi um ponto fora da curva nos últimos anos discretos do Furacão. 6
Início de ano: é difícil avaliar o time titular, que nem jogou direito ainda em 2015. O sub-23 quase foi rebaixado no estadual. 4
Momento do clube: o trabalho de base é forte, mas os frutos devem ser colhidos só daqui alguns anos. 6
Fator local: a Arena da Baixada é sempre um ponto forte do Atlético-PR, mesmo que seus times nem sempre sejam de alto nível. 8
Foco no campeonato: o time passa sempre o começo de ano só treinando justamente para chegar descansado e com a corda toda no Brasileirão. 9
AVAÍ (4,7 - 20º)
Elenco: mescla veteranos com pouco espaço em clubes maiores com jogadores locais. 4
Ataque: seu problema atual é defensivo, mais que de ataque. Com André Lima, ganha uma opção interessante com a camisa 9. 5
Defesa: apesar de possuir volantes rodados, o time começou 2015 vazando demais. 4
Técnico: Gílson Kleina é experiente e sabe lidar com situações como a que o clube deve viver, de lutar para não cair. 6
Tradição: o Avaí só jogou 8 dos 44 Brasileiros, e o 6º lugar de 2009 é disparado o que de melhor o clube conseguiu até hoje. 3
Últimos Brasileiros: nos últimos cinco anos, tem uma quase queda em 2010, um rebaixamento em 2011, duas tentativas frustradas de subir em 2012 e 2013 e a volta à elite no ano passado. 3
Início de ano: correu risco de rebaixamento no Campeonato Catarinense até a última rodada. 3
Momento do clube: a euforia pelo acesso passou após o péssimo começo de ano. Ao menos, o clube já adquiriu experiência de Série A recentemente. 4
Fator local: a Ressacada não chega a ser um caldeirão, mas também já derrubou muita gente grande. 6
Foco no campeonato: mesmo que esteja em disputa com o rival Figueirense na Copa do Brasil, a permanência na primeira divisão é a meta do Avaí para 2015. 9
CHAPECOENSE (5,5 - 19º)
Elenco: segue modesto, o que é ótimo por um lado, pois sinaliza que o clube não está dando o passo maior do que a perna. 4
Ataque: perdeu força com a saída do centroavante Leandro para o Palmeiras. 4
Defesa: mesmo com o lateral Fabiano indo para o Cruzeiro, a Chape raramente dá vexame lá atrás. 6
Técnico: Vinícius Eutrópio tem experiência em clubes do porte da Chapecoense, mas nunca treinou time de Série A. 5
Tradição: até o ano passado, não jogava o Brasileirão há mais de três décadas. O 15º lugar de 2014 foi o máximo que já conseguiu. 2
Últimos campeonatos: vem em ascensão meteórica no cenário nacional. No primeiro ano de Série A, conseguiu escapar do rebaixamento. 5
Início de ano: não fez frente a Joinville e Figueirense no estadual. 5
Momento do clube: a Chapecoense é bem administrada e mantém os pés sempre no chão, sabendo o tamanho que tem. 8
Fator local: muita gente penou na acanhada Arena Condá em 2014. 7
Foco no campeonato: permanecer na primeira divisão é a garantia de uma segurança financeira à Chape, que dará tudo o que tem para conseguir esta meta. 9
Amanhã: Corinthians, Coritiba, Cruzeiro e Figueirense.
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