Pouco atraente

A CBF parece fazer de tudo para esvaziar o interesse do público no Campeonato Brasileiro. Não basta ele começar em maio, durante a fase quente da Libertadores, nem o fato de ele ser espremido em apenas sete meses, quando deveria durar nove. As ultrapassadas e estúpidas punições com portões fechados, que se fossem eficazes já teriam eliminado a violência do nosso futebol, seguem imperando.

Ao todo, tivemos nesta rodada três jogos com portões fechados e dois com equipes jogando em estádios que não são os seus. Metade dos dez confrontos, portanto. Dos cinco que restaram, um tinha o mandante disputando competição paralela, esvaziando o interesse do público. Mesmo assim, a média da rodada bateu em 15 mil pessoas nos jogos em que o torcedor pôde entrar.

Mas o Del Nero e sua turma acham que obrigar os times a entrarem juntos e tocar o hino nacional vai valorizar o espetáculo. Então tá.

Rio de Janeiro: no jogo de maior público da rodada (34 mil), uma demonstração de força do Sport (2º, 4), que após uma ótima estreia vencia o Flamengo (16º, 1) por 2 a 0. Mesmo com Diego Souza no gol, segurou um 2 a 2 no final do jogo, sob intensa pressão do time da casa.

Brasília: diante de 12 mil torcedores misturados, o Atlético-MG (3º, 4) patrolou o Fluminense (11º, 3) por 4 a 1. Vem forte o Galo, agora com foco total no Brasileirão.

Campinas: mesmo sem contar com torcida, a Ponte Preta (5º, 4) deu seguimento à sua boa estreia e venceu o São Paulo (10º, 3) por 1 a 0. O golaço de Renato Cajá na Arena do Grêmio, vimos ontem, não foi por acaso.

Santos: o Cruzeiro (20º, 0) levou um misto quente à Vila Belmiro, mas o Santos (6º, 4) dominou o jogo e mereceu vencer por um placar até maior do que o 1 a 0 final. Pouco mais de 7 mil foram à cancha.

Porto Alegre: quase 16 mil pessoas viram um jogo aberto no Beira-Rio entre Internacional (12º, 3) e Avaí (15º, 1). Apesar do equilíbrio, acabou prevalecendo a maior qualidade técnica do time colorado, que mesmo com reservas tem valores superiores aos catarinenses.

Joinville: no jogo mais deprê da rodada, Joinville (17º, 1) e Palmeiras (13º, 2) rumo a um sonolento 0 a 0 sem uma alma sequer nas arquibancadas da Arena do JEC.

Florianópolis: o outro jogo em Santa Catarina desta rodada também acabou em 0 a 0. Figueirense (19º, 1) e Vasco (14º, 2), porém, fizeram uma partida bem movimentada na manhã de ontem no Orlando Scarpelli (11 mil). Os cariocas dominaram o primeiro tempo, os catarinenses o segundo. A injustiça foi não ter saído nenhum gol.

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