O horário é a atração

O único motivo pelo qual o jogo entre Grêmio e Ponte Preta chama a atenção é seu horário. Fora o fato de o jogo começar às 11:00, nada de mais se espera dentro de campo. É um time que vem abatido pela perda do título estadual e certamente contando com pouca paciência de muitos torcedores, diante de um adversário de pouca atratividade. Para piorar, o tempo amanheceu chocho em Porto Alegre. A concorrência com o almoço de Dia das Mães, inclusive, deve tirar gente da Arena, apesar das promoções feitas pelo Tricolor.

Seja como for, a matemática é clara: por mais que nos pontos corridos o returno revista os jogos de um caráter de decisão, a pontuação de cada rodada vale a mesma coisa. E o Grêmio tem hoje motivos de sobra que o obrigam a ganhar: a Ponte não é candidata a nada de especial na competição, o jogo é em casa e é preciso recuperar moral o quanto antes. Começar tropeçando, diante de todas as circunstâncias, só deixaria o ambiente mais tenso.

Mas não será nada fácil. Além de suas visíveis dificuldades ofensivas e de estar pressionado, o time de Luiz Felipe defrontará um adversário que, embora sem a grife dos grandes, é bem competitivo. Fez um campanha boa no Paulistão, criando dificuldades enormes para São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos. Não é, de início, um dos potenciais quatro piores times da primeira divisão, embora, claro, esteja longe dos melhores. Vai haver confronto, e ele promete ser duro. Na situação atual do Grêmio, aliás, todos os jogos em princípio são complicados.

Reservão 2015
Infelizmente, o principal campeonato do país convive em seu início com a desleal concorrência dos mata-matas da Libertadores. Não há elenco, por mais numeroso, que resista. O São Paulo jogará com apenas três titulares diante do Flamengo, Cruzeiro e Corinthians vão com apenas os goleiros titulares para a Arena Pantanal, isso para citar apenas os dois principais jogos da rodada. Em Curitiba, o Inter colocará uma base forte, mas repleta de gurizada contra o Atlético-PR. Fica difícil chamar a galera assim.

De todo modo, a média dos três jogos iniciais, no sábado, bateu em 19 mil pessoas, e isso que havia Chapecoense x Coritiba entre os confrontos. O Brasileiro deste ano, apesar dos pesares, deve superar os 20 mil torcedores por jogo com folga, e o motivo é simples: é o primeiro campeonato em cinco anos que não terá nenhum de seus principais estádios em reforma para algum evento esportivo maior. Já era hora.

Em tempo:
- Talvez uma das principais vantagens da Copa do Brasil alargada até o fim do ano é que mais times podem escalar titulares nas primeiras rodadas do Brasileirão. Já pensou Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco e Flamengo, entre outros, também com reservas?

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