O time para Santiago

A escalação que Diego Aguirre montou hoje, e que deverá atuar em Santiago contra a Universidad de Chile, demonstra que os conceitos "titular" e "reserva" não fazem mais parte do ambiente do Beira-Rio, ou, ao menos, são variáveis demais para que apontem quem são os 11 de cada lado. Jogadores trazidos como estrelas no começo do ano ficaram na equipe suplente, devendo jogar só no fim de semana, contra o Brasil. Já meninos que deram boa resposta no estadual estarão em campo desde o começo no Estádio Nacional de Santiago.

Mas talvez não seja apenas a abolição de tais termos o que ocorre, mas sim o prêmio e o reconhecimento a quem vem rendendo melhor. Rodrigo Dourado é o exemplo típico: destaque do time B no Gauchão, foi cavando seu espaço até receber a titularidade em uma partida importante como a de depois de amanhã. Freitas e Nilton não começarão o jogo contra La U. Jorge Henrique é outro: de quase dispensado, virou peça importante da equipe, e deve formar uma segunda linha do meio pelo lado esquerdo, ao lado de Aránguiz, que volta à ativa.

Na zaga, Réver parece hoje ser a quarta opção da função, talvez por conta de restrições físicas. Porque Ernando formaria naturalmente a zaga com Juan, mas como William está fora por não estar inscrito, é justamente Ernando quem ocupará a lateral direita. Assim, Alan Costa passa para a zaga e Géferson assume a lateral esquerda. Um setor defensivo jovem e com uma improvisação. O uruguaio parece não ter mesmo medo de arriscar, e sinaliza confiança total nos jogadores que comanda.

No meio, outro aspecto que parece claro é que ou joga Alex, ou joga D'Alessandro. Os dois juntos não começam as partidas, para não envelhecerem demais um setor no qual a vitalidade é essencial. Por isso Jorge Henrique é tão valorizado. E por falta disso, e de resposta técnica, é que Vitinho, mesmo jovem, nem no time reserva figurou hoje. No fim das contas, elenco grande serve para ser usado. E jogador que está bem, para ser escalado.

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