Mantendo a Fe



O bom time do Santa Fé deu trabalho ao Galo, especialmente no segundo tempo. Era normal que assim fosse: já disse aqui mais de uma vez que esta equipe colombiana de 2015 é tão boa quanto a de 2013, que já foi semifinalista. Se cair na primeira fase, será por conta deste grupo, que definitivamente é o verdadeiro "da morte" desta Libertadores.

O gol de Guilherme foi triplamente importante. Primeiro, para ele próprio: retornando de lesão em grande estilo, foi decisivo como em outras situações de sufoco, como diante do Newell's, em 2013, e Corinthians, em 2014. Em forma, é uma opção qualificada para a criação do Atlético-MG, que vai encorpando. Um time que estreou todo desfalcado em Santiago e seguiu semi-mutilado diante do Atlas em casa vai ganhando opções e se candidatando a algo maior nesta Libertadores. Desde que mantenha os pés no chão e esteja ciente de que as coisas seguem competitivas.

Em segundo lugar, a importância se dava pela circunstância do jogo, na qual os colombianos eram mais perigosos no segundo tempo. O 2 a 0 estabelecido pelo meia-atacante maranhense matou o jogo. Em terceiro, porque o placar iguala Atlético-MG e Santa Fé no saldo de gols. Os colombianos estão à frente no número de gols marcados: 4 a 3, ambos com saldo zero. Tá bom de grupo da morte esta disputa?

A próxima rodada, como todas, é absolutamente decisiva. Os dois compromissos são complicadíssimos. O Santa Fé vai a Santiago encarar o líder Colo Colo, que tem 9 pontos e pode se classificar com vitória. Já o Galo vai a Guadalajara enfrentar o Atlas, o qual o venceu no Independência e, embora só com 3 pontinhos, segue matematicamente vivo. As duas vitórias sobre os colombianos, portanto, não deixaram a equipe mineira em situação confortável: apenas a impediram de morrer na competição. A dureza seguirá até a última rodada, quando o Atlético-MG receberá o forte Colo Colo e o Santa Fé jogará em Bogotá contra um Atlas, quem sabe, já eliminado.

Grupo da morte, parte II


Também previmos por aqui que o segundo grupo mais parelho da Copa seria o 7, e isto vem se confirmando. A vitória do Atlético Nacional sobre o Estudiantes em La Plata, por isso, foi fantástica: leva os colombianos a 8 pontos, contra 7 dos argentinos, que eram líderes, e agora estão na 3ª posição.

Quem se deu realmente mal, porém, foi o Libertad: ao empatar em 1 a 1 em casa com o já eliminado Barcelona-EQU, desperdiçou dois pontos preciosos. A última rodada marca Nacional x Libertad em Medellín, ambos com 8 pontos, e Barcelona x Estudiantes em Guayaquil - os equatorianos com 4, os argentinos com 7 pontos.

A situação mais confortável é a dos colombianos: tem 8 pontos e saldo 1, como o Libertad, mas mais gols marcados e podendo decidir em casa. Receberão os paraguaios na última partida e são os únicos que poderão empatar. O time guarani e os argentinos jogam por vitórias - podem passar com empate dependendo dos resultados paralelos, embora seja bom não arriscar.

Em tempo:
- Quem segura o Boca? Os 3 a 0 no Montevideo Wanderers sinalizam um time semelhante ao pentacampeão em 2003: ganha fácil fora de casa, às vezes mais que dentro. Fará provavelmente a melhor campanha da primeira fase, onde tem tudo para pegar o rival River Plate.

- No vídeo do gol de Estudiantes x Atlético Nacional, narração de rádio colombiana, algo sempre esplendoroso.

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