Do 1 ao 11, sem Cebolla

Em sua estreia na Copa do Brasil, o Grêmio leva o time ideal a Campina Grande. Ou praticamente isso: a única ausência é a de Cristian Rodríguez, ainda suspenso e em recuperação de lesão. É uma pena que o uruguaio não esteja atuando neste momento de afirmação da equipe, onde a escalação se repete jogo a jogo, o padrão tático se afirma e as atuações são sólidas. Por outro lado, é bom que o Grêmio se afirme sem seu principal jogador em potencial. Assim, não surge a falsa ideia de que a equipe só cresceu porque Cebolla entrou, ou que só joga bem com ele. Ao contrário: tem conseguido prescindir dele para manter bom nível, o que é ótimo.

A partida de hoje não promete ser fácil. O Campinense longe está de ser uma potência nacional, mas é um clube grande dentro do cenário local, conta com torcida e deverá ter 25 mil pessoas a seu favor no Amigão. Na Copa do Nordeste, passou longe de dar fiasco: chegou às quartas de final, onde somente os 8 melhores dos 20 participantes conseguiram estar. O Náutico, por exemplo, ficou de fora. Ainda por cima, deu trabalho ao Bahia no mata-mata: 1 a 1 em Campina Grande e derrota por apenas 1 a 0 na Fonte Nova.

É bom que se tenha isso claro antes que seja dada uma provável desculpa caso a classificação antecipada não venha: a de que o Grêmio não quis matar o confronto na ida, para ter uma renda a mais na Arena e/ou gastar um jogo a mais da punição a Cebolla Rodríguez. Eliminar o mata-mata hoje é aliviar o calendário num momento decisivo do estadual, que é uma das prioridades do momento no Humaitá. Portanto, se o Grêmio não voltar da Paraíba classificado, a maior probabilidade é a de que não tenha conseguido a classificação na bola. Seja por problemas seus ou por méritos do adversário.

Mais um Inter
Diego Aguirre roda o seu plantel, muda o time do avesso e enlouquece quem o critica por falta de convicções. Hoje, o Internacional entrará com uma equipe completamente diversa de qualquer uma que já utilizou neste ano. O uruguaio não erra ao testar alternativas, mas é certo também que já poderia insistir mais em ao menos um tipo de formação, em vez de mudar o time do goleiro ao centroavante jogo a jogo.

Hoje, Ernando volta para a lateral direita, quando o mais correto seria seguir observando William. A opção por Rodrigo Dourado, destaque da equipe reserva no estadual, porém, é corretíssima. Já era hora de o guri ser colocado em um time praticamente titular. Aránguiz e Vitinho seguem de fora, mas voltam Nilmar e D'Alessandro. Anderson ganhará uma chance de titularidade ao lado de Jorge Henrique numa segunda linha de meio. E, provavelmente, o ataque volta a ter uma dupla, com Nilmar e Sasha.

O jogo não é simples, mesmo que o Ypiranga venha sem Paulo Baier. O time de Erechim é organizado, tem certa qualidade, boa experiência e ainda luta pelo objetivo do G-4, que lhe dá a chance de jogar a partida única das quartas de final no Colosso da Lagoa. Portanto, diante de tantas mudanças na equipe titular e de um bom rival, a hipótese de um tropeço existe, sim. Mas o favoritismo ainda é vermelho, claro.

Em tempo:
- Vitória fácil do Salgueiro sobre o Piauí fora de casa, 5 a 1. O resultado já define o primeiro confronto da segunda fase da Copa do Brasil: o time do sertão pernambucano encara o Flamengo.

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