21º rodízio
Em 21 jogos, 21 times. Diego Aguirre mexe bastante no elenco, e os números não nos deixam mentir. Isso não é necessariamente ruim, pois é feito de forma consicente: a ideia de que repetir time semana após semana é a única forma de um time se formar já está batida. O atual rodízio colorado, como já dissemos, ajuda o elenco todo a manter o ritmo de jogo, não enfraquece demais a equipe no estadual, tem dado certo em termos de resultados e, pelo visto, deixado todos os jogadores satisfeitos.
Muitos dos que pedem inovação e modernização no nosso futebol são também os primeiros a criticar práticas novas trazidas por treinadores estrangeiros. O que Aguirre vem fazendo é uma gestão de elenco nos moldes do que alguns técnicos europeus fazem. Podem-se discutir várias coisas, claro, além do próprio modelo: a falta de entrosamento, algumas escolhas táticas (ao que parece, a fase de incerteza quanto ao esquema, isso sim um problema, passou), algumas opções técnicas, improvisações de pouco resultado (Ernando na lateral, Jorge Henrique de volante são as mais gritantes). Mas daí a dizer que ele está perdido vai uma boa distância. Dá para se fazer estas constantes mexidas quando há um norte, e ele existe: nos quatro primeiros jogos da Libertadores, desenhou-se ao menos a base titular da equipe, mesmo que ela não tenha atuado de forma convincente ainda. Sabemos, por exemplo, que Nilmar e D'Alessandro estão em uma hierarquia superior a Vitinho e Valdívia. Elenco grande e qualificado é para se usar mesmo.
Prosseguindo este sistema, o uruguaio vai hoje a Rio Grande encarar um compromisso bem complicado. Porque, por mais que o Internacional do Gauchão vá bem sem sua teórica força máxima, talvez o Brasil devesse exigir isso. Em uma de suas piores partidas na competição, levou 2 a 0 dos reservas colorados na Boca do Lobo, em um jogo marcado por um Xavante que propôs, mas não criou, e um Inter humilde, que reconheceu estar diante de um adversário de força semelhante, e fora de casa. Com Réver, Alex, Freitas, Nilton e outros mais famosos em campo, a tendência é de um jogo de mais equilíbrio na posse de bola e tomada de iniciativa hoje. Diferente daquele, portanto.
Com Libertadores e uma viagem ao Chile no meio do caminho, o Brasil vai ser osso duro de roer, tanto no Aldo Dapuzzo quando no Beira-Rio. Talvez seja um bom teste para o que vem por aí a partir de maio, quando o Brasileirão apontar na reta. Aliás, será que Aguirre prosseguirá seu rodízio tendo o principal torneio do país em disputa? Eu, particularmente, duvido. A hora de testar é agora, e por isso ele está certo quando faz suas experiências de elenco.
Em tempo:
- O que o Cruzeiro quer com Valdívia? Jogador acomodado, que desde 2007 (!!!!) não joga um bom campeonato com a regularidade que se exige. Ruim de grupo, porta-se como se o Verdão lhe devesse muita coisa, quando o que ocorre é justamente o contrário. Sua entrevista após o não-rebaixamento no ano passado foi patética, portando-se como um salvador da pátria que jamais foi. Por mais que Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart façam falta e que Arrascaeta seja jovem e esteja experimentado certa irregularidade, há opções melhores. mais baratas e confiáveis, a se buscar.
Muitos dos que pedem inovação e modernização no nosso futebol são também os primeiros a criticar práticas novas trazidas por treinadores estrangeiros. O que Aguirre vem fazendo é uma gestão de elenco nos moldes do que alguns técnicos europeus fazem. Podem-se discutir várias coisas, claro, além do próprio modelo: a falta de entrosamento, algumas escolhas táticas (ao que parece, a fase de incerteza quanto ao esquema, isso sim um problema, passou), algumas opções técnicas, improvisações de pouco resultado (Ernando na lateral, Jorge Henrique de volante são as mais gritantes). Mas daí a dizer que ele está perdido vai uma boa distância. Dá para se fazer estas constantes mexidas quando há um norte, e ele existe: nos quatro primeiros jogos da Libertadores, desenhou-se ao menos a base titular da equipe, mesmo que ela não tenha atuado de forma convincente ainda. Sabemos, por exemplo, que Nilmar e D'Alessandro estão em uma hierarquia superior a Vitinho e Valdívia. Elenco grande e qualificado é para se usar mesmo.
Prosseguindo este sistema, o uruguaio vai hoje a Rio Grande encarar um compromisso bem complicado. Porque, por mais que o Internacional do Gauchão vá bem sem sua teórica força máxima, talvez o Brasil devesse exigir isso. Em uma de suas piores partidas na competição, levou 2 a 0 dos reservas colorados na Boca do Lobo, em um jogo marcado por um Xavante que propôs, mas não criou, e um Inter humilde, que reconheceu estar diante de um adversário de força semelhante, e fora de casa. Com Réver, Alex, Freitas, Nilton e outros mais famosos em campo, a tendência é de um jogo de mais equilíbrio na posse de bola e tomada de iniciativa hoje. Diferente daquele, portanto.
Com Libertadores e uma viagem ao Chile no meio do caminho, o Brasil vai ser osso duro de roer, tanto no Aldo Dapuzzo quando no Beira-Rio. Talvez seja um bom teste para o que vem por aí a partir de maio, quando o Brasileirão apontar na reta. Aliás, será que Aguirre prosseguirá seu rodízio tendo o principal torneio do país em disputa? Eu, particularmente, duvido. A hora de testar é agora, e por isso ele está certo quando faz suas experiências de elenco.
Em tempo:
- O que o Cruzeiro quer com Valdívia? Jogador acomodado, que desde 2007 (!!!!) não joga um bom campeonato com a regularidade que se exige. Ruim de grupo, porta-se como se o Verdão lhe devesse muita coisa, quando o que ocorre é justamente o contrário. Sua entrevista após o não-rebaixamento no ano passado foi patética, portando-se como um salvador da pátria que jamais foi. Por mais que Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart façam falta e que Arrascaeta seja jovem e esteja experimentado certa irregularidade, há opções melhores. mais baratas e confiáveis, a se buscar.
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