Paz e muito mistério
Poucos Gre-Nais foram antes tão imprevisíveis quanto o de hoje à tardinha. Há diversos fatores que colaboram para isso. Não se sabe quantos e quais titulares o Internacional mandará a campo, não se sabe o esquema do Grêmio, não se sabe com que cabeça o Colorado entra no clássico, não se sabe como o Tricolor reagirá diante de tantas dificuldades porque passa... São muitas as variantes, e apenas uma certeza: o Inter chega melhor, até por jogar em casa, e tem muito mais recursos que o rival.
Isso lhe dá o favoritismo? Sim, mas não lhe dá a vitória. Ontem, a assessoria de imprensa do Grêmio certamente deu a Luiz Felipe os recortes dos principais jornais da capital - num deles, um colunista diz que o time azul está a um dia de ser humilhado no clássico. Exagero: além da fraqueza técnica evidente, o grande problema gremista tem sido marcar gols, não evitar sofrê-los. A prática de usar declarações para motivar é surrada, remete à Copa do Mundo de 1950, mas Felipão a adora. Sabe trabalhar o psicológico de times tecnicamente mais frágeis como poucos no mundo. Com uma semana inteira para pensar no Gre-Nal, o Grêmio chega certamente muito mais concentrado e focado no jogo que o seu rival, que, mesmo com time misto, tem mais o Emelec no horizonte que o ruralito.
Tudo isso faz parte de um Gre-Nal, e pesa tanto quanto a qualidade técnica. Às vezes, desequilibra também. Como certamente a ideia gremista é começar por não perder, aposto num time com três volantes. O jovem e sério Araújo já é a da confiança de Felipão, e vai para o jogo com 90% de certeza. A seu lado, com 99%, Fellipe Bastos. Aí, as dúvidas: Marcelo Oliveira no meio ou na lateral? Júnior ou Giuliano, quem joga? Walace? E no ataque, Pedro Rocha ou Everton? Everaldo, com seus desempenhos ruins, segue titular? É impossível decifrar o enigma.
Diego Aguirre também adota o mesmo procedimento. Fechava treinos no Peñarol, repete a dose no Internacional. A defesa foi ensaiada, terá Cláudio Winck, Paulão, Juan, Géferson, Freitas e Rodrigo Dourado. Anderson e Nilmar jogam; resta saber os outros dois. Alex e Valdívia, talvez? É complicado prever. O Gauchão tem sido tão surpreendente que o time misto colorado tem sido bem superior ao titular. Mas este time misto tem Alex sempre. Ele é a diferença. Por isso, aposto que começa o jogo. A não ser que o pensamento seja aproveitá-lo quarta, diante dos equatorianos.
Não há promessa de grande partida, pelo contrário: é só a primeira fase do estadual, é o Grêmio mais fraco desde que voltou da Série B e é um Inter que vê o clássico espremido entre duas partidas fundamentais da competição mais importante do ano. Mas já é um Gre-Nal histórico, e certamente colorados e gremistas torcerão literalmente juntos para que uma novidade dê certo: o setor com torcida mista. É o primeiro passo para que os estádios de futebol no Brasil não sejam mais terrenos hostis a quem realmente gosta do maior esporte que este planeta já inventou.
Isso lhe dá o favoritismo? Sim, mas não lhe dá a vitória. Ontem, a assessoria de imprensa do Grêmio certamente deu a Luiz Felipe os recortes dos principais jornais da capital - num deles, um colunista diz que o time azul está a um dia de ser humilhado no clássico. Exagero: além da fraqueza técnica evidente, o grande problema gremista tem sido marcar gols, não evitar sofrê-los. A prática de usar declarações para motivar é surrada, remete à Copa do Mundo de 1950, mas Felipão a adora. Sabe trabalhar o psicológico de times tecnicamente mais frágeis como poucos no mundo. Com uma semana inteira para pensar no Gre-Nal, o Grêmio chega certamente muito mais concentrado e focado no jogo que o seu rival, que, mesmo com time misto, tem mais o Emelec no horizonte que o ruralito.
Tudo isso faz parte de um Gre-Nal, e pesa tanto quanto a qualidade técnica. Às vezes, desequilibra também. Como certamente a ideia gremista é começar por não perder, aposto num time com três volantes. O jovem e sério Araújo já é a da confiança de Felipão, e vai para o jogo com 90% de certeza. A seu lado, com 99%, Fellipe Bastos. Aí, as dúvidas: Marcelo Oliveira no meio ou na lateral? Júnior ou Giuliano, quem joga? Walace? E no ataque, Pedro Rocha ou Everton? Everaldo, com seus desempenhos ruins, segue titular? É impossível decifrar o enigma.
Diego Aguirre também adota o mesmo procedimento. Fechava treinos no Peñarol, repete a dose no Internacional. A defesa foi ensaiada, terá Cláudio Winck, Paulão, Juan, Géferson, Freitas e Rodrigo Dourado. Anderson e Nilmar jogam; resta saber os outros dois. Alex e Valdívia, talvez? É complicado prever. O Gauchão tem sido tão surpreendente que o time misto colorado tem sido bem superior ao titular. Mas este time misto tem Alex sempre. Ele é a diferença. Por isso, aposto que começa o jogo. A não ser que o pensamento seja aproveitá-lo quarta, diante dos equatorianos.
Não há promessa de grande partida, pelo contrário: é só a primeira fase do estadual, é o Grêmio mais fraco desde que voltou da Série B e é um Inter que vê o clássico espremido entre duas partidas fundamentais da competição mais importante do ano. Mas já é um Gre-Nal histórico, e certamente colorados e gremistas torcerão literalmente juntos para que uma novidade dê certo: o setor com torcida mista. É o primeiro passo para que os estádios de futebol no Brasil não sejam mais terrenos hostis a quem realmente gosta do maior esporte que este planeta já inventou.
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