O novo centroavante do Grêmio



Poucas referências temos de Braian Rodríguez. Na prática, só as suas partidas pelo Huachipato na Libertadores de 2013. Isso já diz muito sobre sua trajetória: ela é discreta, recheada de equipes médias no currículo. Aos 28 anos, portanto já experiente, passou por Cerro, Tacuarembó, Tigre, San Martín, La Calera, Betis e Numancia. O maior clube foi o Peñarol; o de melhor passagem, o próprio Huachipato, quando fez 32 gols em 63 jogos disputados em duas temporadas, sendo eleito o melhor centroavante do Campeonato Chileno de 2012. Neste caso específico, um bom retrospecto. Nos demais, de mediano para baixo.

A lembrança que se tem dos confrontos de dois anos atrás, especialmente os diante do Grêmio, é o de um centroavante forte, alto, poderoso no jogo aéreo. Características apreciadíssimas por Luiz Felipe que, segundo se informa, foi quem recomendou sua contratação. Os gols deles pelo Huachipato, mostrados no vídeo acima, deixam claro que estas são mesmo suas principais qualidades. É um definidor, um marcador de gols, algo que o Grêmio precisa muito desde a saída de Barcos e Marcelo Moreno quase que simultânea para o futebol chinês.

Rodríguez é menos jogador que os dois centroavantes que recém deixaram Porto Alegre, mas pode dar certo, com uma condição primária: precisa ser abastecido. O Grêmio terá de jogar em função dele, especialmente no que diz respeito às bolas aéreas ofensivas. Parece também uma peça útil em caso de tabelamentos curtos, mas não se pode nunca esquecer que é, primordialmente, um definidor. Não se espere dele as saídas da área de Barcos, por exemplo.

Trazer antigos carrascos nem sempre dá certo. Às vezes, é sinal de falta de observação do mercado. No caso do Grêmio atual talvez seja exatamente isso, mas o certo é que Braian Rodríguez tem o tamanho que o clube pode trazer no momento: um jogador experiente, relativamente barato, de porte técnico médio. Uma aposta, em suma, mas que já melhora o panorama das opções ofensivas, já que há pouquíssimo material humano para este setor na Arena - é preciso contratar ainda mais, e todos sabem disso. Uma peça que precisa ser bem aproveitada e entendida para que funcione de acordo com as necessidades do time nesta temporada.

Aránguiz fora
Existe vida sem Aránguiz para o Internacional. Há opções de sobra no elenco, e é fato que o chileno não rende o que sabe há pelo menos seis meses. A equação não é tão simples: com laterais que marcam mal, o time de Diego Aguirre precisa de gente com mais poder de marcação no meio. Charles não tem isso, e não rende tanto se colocado mais à frente. Talvez a sua saída para a entrada de Nicolás Freitas, que tecnicamente é bem mais limitado, acerte o time. O Emelec será um excelente teste.

Noite de Raposa
O Cruzeiro precisa transformar o empate da estreia em Sucre num bom resultado. Isso ocorrerá caso o time mineiro derrote o Huracán hoje à noite, em Belo Horizonte. Os argentinos tropeçaram em casa diante dos Mineros de Guayana, e somente um ponto fora de casa seria capaz de amenizar o mau resultado de Buenos Aires. Bom jogo, às 22h, horário de Brasília.

Rumo ao tetra
A Roma em geral foi melhor, mas o 1 a 1 do Olímpico serve perfeitamente à Juventus, que segue firme rumo ao tetracampeonato italiano. São nove pontos de vantagem para a equipe da capital, faltando 13 rodadas para o fim. É o melhor time do país, com folga.

Comentários

Paul disse…
Professor, não teremos mais o Carta na Mesa para download?
Vicente Fonseca disse…
Teremos, sim, Paul. Vamos providenciar isso logo, sei que estou em falta com vocês.

Grande abraço!