Estreias, paciência e Giuliano
As atenções da noite de ontem estavam todas voltadas para os uruguaios Rodríguez. Cebolla estreou bem, Braian fez o gol da vitória, mas foi Giuliano, como no jogo de Erechim, o melhor nome do Grêmio diante do Cruzeiro. Movimentou-se sempre, criou perigo o tempo todo e arquitetou a jogada que resultou no gol que deu ao Tricolor a liderança do Gauchão. Liderança merecida a quem vem crescendo de produção.
O Cruzeiro veio para segurar o resultado e a ponta, e especular uma bola aérea ou contra-ataque. Teve duas chances no comecinho, mais uma no final do primeiro tempo e um único contragolpe no segundo. O Grêmio, portanto, não enfrentou apenas um adversário traiçoeiro, como também muito fechado. Foi um jogo de paciência a noite inteira, e também por isso os estreantes foram importantes. Braian, Cristian e Maicon tendem a contar com a benevolência dos torcedores num primeiro momento.
Mesmo com Douglas apagado e errando muito, o Grêmio sempre esteve em cima. A partir do segundo tempo a pressão se intensificou. Luan entrou bem, já no primeiro lance obrigou Bruno Grassi a uma grande defesa. Teve personalidade para bater o pênalti sofrido por Braian, mas cobrou alto demais, no travessão. E foi vaiado, pois a paciência do torcedor é seletiva. Coube então a Giuliano, outro que já sofreu com as vaias na Arena, fazer fila dentro da área cruzeirista e deixar o centroavante sem goleiro para fazer seu segundo gol na Arena, dois anos depois do primeiro. Aos 37 do segundo, no sufoco, na insistência, sem se deixar abater por um pênalti desperdiçado.
O Grêmio é o líder, enfim, mas perderá esta condição se o Brasil ganhar do Internacional hoje em Pelotas. Nada que empolgue, nada de brilhante, mas o significado de tudo isso, o único, é o do crescimento. A equipe de Luiz Felipe ganhou corpo com os reforços, ganhou banco de reservas também. E as coisas não deverão ser tão sombrias como os primeiros dias de temporada davam a entender.
Cebolla
Todas as qualidades que estamos acostumados a ver em suas atuações pela seleção uruguaia, desde ao menos a Copa América de 2007, se repetiram em sua estreia na Arena. Mesmo ainda desentrosado, Cristian Rodríguez mostrou muita técnica e raça, com grande entrega, desistência zero, características de jogadores que historicamente foram bem sucedidos no Grêmio, e por isso encantam a torcida. E o encantamento, parece, é recíproco: depois de uma primeira semana na defensiva quando perguntado sobre a possibilidade de ficar além de junho em Porto Alegre, ele já deu a entender que quer estender o vínculo com o Tricolor. Uma das melhores notícias do sábado gremista.
Vale a pena torcer pelo rival?
Se o Brasil ganhar do Internacional, o Grêmio perde a liderança do Campeonato Gaúcho. Logo, a pergunta é: vale a pena para o gremista torcer pelo rival hoje na Boca do Lobo? Não, é a resposta. E não se trata de rivalidade: ganhando, o Inter vai a 19 pontos, um atrás do Tricolor. Como tem um jogo a menos, poderia ir a 22. Ou seja: se der coluna 2 hoje em Pelotas, o potencial líder do Gauchão será o Inter, o que é ainda pior para o Grêmio do que se for o Brasil, já que uma eventual final em Gre-Nal passaria a ter segundo jogo no Beira-Rio. Para o Tricolor, o pior resultado é o triunfo colorado. E o melhor seria o empate: garantiria a liderança gremista na rodada e no geral do campeonato, a menos que o Juventude meta 5 a 0 no Avenida amanhã.
Em tempo:
- Podiam matricular o colorado Fabrício no mesmo cursinho expresso que ensinaram Matías Rodríguez a marcar. De uma hora para outra, o argentino virou uma barreira intransponível pelo direito. E hoje ainda arriscou boas subidas ao ataque. Aliás, o crescimento de Matías talvez se explique também pelo esquema gremista: com dois meias abertos, os laterais precisam subir menos, só na boa, e, assim, se expõem menos também. A atuação de Marcelo Hermes, por exemplo, foi discretíssima no apoio ontem. Pior do que deveria, até.
O Cruzeiro veio para segurar o resultado e a ponta, e especular uma bola aérea ou contra-ataque. Teve duas chances no comecinho, mais uma no final do primeiro tempo e um único contragolpe no segundo. O Grêmio, portanto, não enfrentou apenas um adversário traiçoeiro, como também muito fechado. Foi um jogo de paciência a noite inteira, e também por isso os estreantes foram importantes. Braian, Cristian e Maicon tendem a contar com a benevolência dos torcedores num primeiro momento.
Mesmo com Douglas apagado e errando muito, o Grêmio sempre esteve em cima. A partir do segundo tempo a pressão se intensificou. Luan entrou bem, já no primeiro lance obrigou Bruno Grassi a uma grande defesa. Teve personalidade para bater o pênalti sofrido por Braian, mas cobrou alto demais, no travessão. E foi vaiado, pois a paciência do torcedor é seletiva. Coube então a Giuliano, outro que já sofreu com as vaias na Arena, fazer fila dentro da área cruzeirista e deixar o centroavante sem goleiro para fazer seu segundo gol na Arena, dois anos depois do primeiro. Aos 37 do segundo, no sufoco, na insistência, sem se deixar abater por um pênalti desperdiçado.
O Grêmio é o líder, enfim, mas perderá esta condição se o Brasil ganhar do Internacional hoje em Pelotas. Nada que empolgue, nada de brilhante, mas o significado de tudo isso, o único, é o do crescimento. A equipe de Luiz Felipe ganhou corpo com os reforços, ganhou banco de reservas também. E as coisas não deverão ser tão sombrias como os primeiros dias de temporada davam a entender.
Cebolla
Todas as qualidades que estamos acostumados a ver em suas atuações pela seleção uruguaia, desde ao menos a Copa América de 2007, se repetiram em sua estreia na Arena. Mesmo ainda desentrosado, Cristian Rodríguez mostrou muita técnica e raça, com grande entrega, desistência zero, características de jogadores que historicamente foram bem sucedidos no Grêmio, e por isso encantam a torcida. E o encantamento, parece, é recíproco: depois de uma primeira semana na defensiva quando perguntado sobre a possibilidade de ficar além de junho em Porto Alegre, ele já deu a entender que quer estender o vínculo com o Tricolor. Uma das melhores notícias do sábado gremista.
Vale a pena torcer pelo rival?
Se o Brasil ganhar do Internacional, o Grêmio perde a liderança do Campeonato Gaúcho. Logo, a pergunta é: vale a pena para o gremista torcer pelo rival hoje na Boca do Lobo? Não, é a resposta. E não se trata de rivalidade: ganhando, o Inter vai a 19 pontos, um atrás do Tricolor. Como tem um jogo a menos, poderia ir a 22. Ou seja: se der coluna 2 hoje em Pelotas, o potencial líder do Gauchão será o Inter, o que é ainda pior para o Grêmio do que se for o Brasil, já que uma eventual final em Gre-Nal passaria a ter segundo jogo no Beira-Rio. Para o Tricolor, o pior resultado é o triunfo colorado. E o melhor seria o empate: garantiria a liderança gremista na rodada e no geral do campeonato, a menos que o Juventude meta 5 a 0 no Avenida amanhã.
Em tempo:
- Podiam matricular o colorado Fabrício no mesmo cursinho expresso que ensinaram Matías Rodríguez a marcar. De uma hora para outra, o argentino virou uma barreira intransponível pelo direito. E hoje ainda arriscou boas subidas ao ataque. Aliás, o crescimento de Matías talvez se explique também pelo esquema gremista: com dois meias abertos, os laterais precisam subir menos, só na boa, e, assim, se expõem menos também. A atuação de Marcelo Hermes, por exemplo, foi discretíssima no apoio ontem. Pior do que deveria, até.
- Linda camisa do Cruzeiro. E desnecessária troca de uniforme do Grêmio no intervalo do jogo de ontem, Aliás, repito o que digo há anos: nada mau se o Tricolor oficializasse a meia preta como parte de seu uniforme 1.
Comentários
Normalmente jogos entre Grêmio e Cruzeiro (o de Minas), cujo uniforme é bem semelhante ao que o Cruzeiro-RS usou sábado, não costumam dar problema, mas a maioria dos confrontos tem mesmo assim quase sempre um dos dois de camiseta branca.