Enfim, Cebolla
Cristian Rodríguez chega ao Grêmio com três anos de atraso, mas também na hora certa. Tentado em 2012, optou pelo Atlético de Madrid. Agora, escolhe o futebol brasileiro por diversas razões, dentre as quais a Copa América e a proximidade com o Uruguai. Para o Tricolor, não poderia vir em melhor hora.
A contratação de Cebolla é a principal do Grêmio até agora na temporada, e preenche várias lacunas ao mesmo tempo. Em relação ao time, traz a velocidade pelo lado que desde a saída de Dudu não foi resolvida. Ao mesmo tempo, não se trata de um simples velocista: é um jogador dinâmico, participativo na criação e na marcação. Auxiliará Douglas, Giuliano e quem mais estiver apoiando o ataque. Bate bem de fora da área e é bom cobrador de faltas. Resolve vários problemas de uma vez, e principalmente um: devolve à torcida uma confiança que se havia perdido no mar de notícias pouco empolgantes e muito preocupantes que vem sendo o ano tricolor.
Ainda assim, é bom que se ressalte que Cristian Rodríguez ainda não chegou, de fato. Pois um contrato de apenas três meses é nada mais do que uma medida emergencial para tentar tê-lo por um tempo adequado. A medida, em princípio, se justifica: era impossível estender a negociação com o Atlético de Madrid por mais um minuto que fosse, ou o jogador perderia o prazo de inscrição no Gauchão. O que o Grêmio conseguiu trazendo-o até junho é, na prática, ganhar mais dois ou três meses para ter sucesso nesta negociação.
Poder contar com o uruguaio neste meio tempo é um brinde, e dos bons. Sua contribuição será valiosa. E o fato de trazer a família para se estabelecer de vez em Porto Alegre é um ótimo sinal.
Alán Ruiz
A simples menção a conversas de Rui Costa com Alán Ruiz invade de esperança os gremistas de que o herói dos 4 a 1 volte a Porto Alegre. O dirigente desconversa, diz que nada de concreto existe, mas uma coisa é certa: após a entrevista ao Clarín, o meia ficou sem clima no San Lorenzo. Ontem, na vitória sobre o Estudiantes, sequer ficou no banco, de novo.
A questão é: Alán Ruiz vale a pena? Tecnicamente, sim: é ainda jovem (21 anos), e recebeu menos chances do que merecia no ano passado, embora tenha ido bem na maioria delas, já bem antes dos 4 a 1 de novembro. Financeiramente, talvez: pelo que o clube argentino pedia no fim do ano passado, não. Um novo empréstimo, com certeza. Uma venda em definitivo? Dependendo dos valores, sim, pois tem bom poder de revenda. Animicamente, sem dúvida: os gremistas o idolatram pela atuação no clássico da Arena. Seria uma contratação de grande impacto, pelo que ele representa. Há tempos os tricolores não viam alguém que resolvesse um clássico daquela maneira.
Insegurança que pode dar certo
É incrível, mas Diego Aguirre já corre sério risco de demissão se perder para o Emelec, quarta que vem. A desconfiança da torcida já vem desde aquele empate com o São José. Da direção, na prática, ele nunca foi convicção: Piffero criticou publicamente suas escalações nas rodadas iniciais do estadual, sem falar em sua desastrada frase contra técnicos estrangeiros após a eleição de dezembro. Do elenco, parece que não, mas improvisações demais podem causar descontentamento. E banco cheio de estrelas pode fritar um treinador, se ele não tiver o respaldo adequado.
A insegurança é visível, e se reflete nas constantes mudanças recentes: depois de duas improvisações para montar o time que jogou em Caxias do Sul, o uruguaio agora planeja um nunca utilizado (nem treinado) 3-5-2 diante do Aimoré, amanhã. Parece falta de convicção, mas faz todo o sentido: o Inter é um elenco de meias, e três deles não jogarão nem no Equador. É também um time de laterais irresponsáveis na marcação, que talvez rendam melhor e prejudiquem menos a defesa atuando como alas. A tentativa, portanto, é válida. Mas que passa insegurança, passa.
A contratação de Cebolla é a principal do Grêmio até agora na temporada, e preenche várias lacunas ao mesmo tempo. Em relação ao time, traz a velocidade pelo lado que desde a saída de Dudu não foi resolvida. Ao mesmo tempo, não se trata de um simples velocista: é um jogador dinâmico, participativo na criação e na marcação. Auxiliará Douglas, Giuliano e quem mais estiver apoiando o ataque. Bate bem de fora da área e é bom cobrador de faltas. Resolve vários problemas de uma vez, e principalmente um: devolve à torcida uma confiança que se havia perdido no mar de notícias pouco empolgantes e muito preocupantes que vem sendo o ano tricolor.
Ainda assim, é bom que se ressalte que Cristian Rodríguez ainda não chegou, de fato. Pois um contrato de apenas três meses é nada mais do que uma medida emergencial para tentar tê-lo por um tempo adequado. A medida, em princípio, se justifica: era impossível estender a negociação com o Atlético de Madrid por mais um minuto que fosse, ou o jogador perderia o prazo de inscrição no Gauchão. O que o Grêmio conseguiu trazendo-o até junho é, na prática, ganhar mais dois ou três meses para ter sucesso nesta negociação.
Poder contar com o uruguaio neste meio tempo é um brinde, e dos bons. Sua contribuição será valiosa. E o fato de trazer a família para se estabelecer de vez em Porto Alegre é um ótimo sinal.
Alán Ruiz
A simples menção a conversas de Rui Costa com Alán Ruiz invade de esperança os gremistas de que o herói dos 4 a 1 volte a Porto Alegre. O dirigente desconversa, diz que nada de concreto existe, mas uma coisa é certa: após a entrevista ao Clarín, o meia ficou sem clima no San Lorenzo. Ontem, na vitória sobre o Estudiantes, sequer ficou no banco, de novo.
A questão é: Alán Ruiz vale a pena? Tecnicamente, sim: é ainda jovem (21 anos), e recebeu menos chances do que merecia no ano passado, embora tenha ido bem na maioria delas, já bem antes dos 4 a 1 de novembro. Financeiramente, talvez: pelo que o clube argentino pedia no fim do ano passado, não. Um novo empréstimo, com certeza. Uma venda em definitivo? Dependendo dos valores, sim, pois tem bom poder de revenda. Animicamente, sem dúvida: os gremistas o idolatram pela atuação no clássico da Arena. Seria uma contratação de grande impacto, pelo que ele representa. Há tempos os tricolores não viam alguém que resolvesse um clássico daquela maneira.
Insegurança que pode dar certo
É incrível, mas Diego Aguirre já corre sério risco de demissão se perder para o Emelec, quarta que vem. A desconfiança da torcida já vem desde aquele empate com o São José. Da direção, na prática, ele nunca foi convicção: Piffero criticou publicamente suas escalações nas rodadas iniciais do estadual, sem falar em sua desastrada frase contra técnicos estrangeiros após a eleição de dezembro. Do elenco, parece que não, mas improvisações demais podem causar descontentamento. E banco cheio de estrelas pode fritar um treinador, se ele não tiver o respaldo adequado.
A insegurança é visível, e se reflete nas constantes mudanças recentes: depois de duas improvisações para montar o time que jogou em Caxias do Sul, o uruguaio agora planeja um nunca utilizado (nem treinado) 3-5-2 diante do Aimoré, amanhã. Parece falta de convicção, mas faz todo o sentido: o Inter é um elenco de meias, e três deles não jogarão nem no Equador. É também um time de laterais irresponsáveis na marcação, que talvez rendam melhor e prejudiquem menos a defesa atuando como alas. A tentativa, portanto, é válida. Mas que passa insegurança, passa.
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