As pistas do mistão

Ontem, no Aldo Dapuzzo, várias lições puderam ser tiradas por Diego Aguirre em relação ao seu time que disputa a Copa Libertadores. É difícil explicar porque o time reserva do Internacional tem aproveitamento imensamente superior ao titular neste começo de ano (100% a 25%). Porém, em vez de perder tempo tentando descobrir as razões que levam a este fato surpreendente, o ideal é o treinador aproveitar as dicas que a vitória em Rio Grande.

A primeira é clara, e nem Alex Ferguson aprendeu: o melhor para Anderson é jogar próximo da área, e centralizado. Foi assim que ele sempre rendeu mais e, embora não jogue com este posicionamento e função há quase dez anos, provavelmente não desaprendeu. A atuação de Anderson ontem não foi nenhum primor, mas ao menos ele deixou de ser o burocrata que virou no futebol inglês. Em vez de toques para o lado, arrancadas verticais. Em vez de sair de trás com a bola, dominou-a próximo à área rival, criando perigo e até chegando para finalizar, o que sabe muito bem. Recuá-lo é desperdício, é pecado.

Outra: Alex merece a titularidade. Ninguém, somando os times titular e reserva, tem jogado melhor do que ele. Compõe melhor uma segunda linha de volantes com Aránguiz do que Anderson, tem o chute de longe, sabe dar um bom passe para quem entra na área e tem liderança. É um jogador experiente, bicampeão da América. Se o critério de escalação for técnico, Alex está no mínimo entre os três melhores meias do Inter em 2015 - é o melhor, inclusive. Alguém da frente que deixe o time: Nilmar, que mais uma vez fracassou ontem, ou Eduardo Sasha, que não vem mal, mas vem pior do que Alex. Não há razões para não aproveitá-lo.

Em relação à defesa, Réver já mostrou sua qualidade técnica ao achar Alex livre no primeiro gol, mas segue com problemas de tempo de bola e lentidão. Aguirre faz bem em mantê-lo apenas no Gauchão, mas não há muito tempo para sua recuperação. A atuação de Ernando e Alan Costa em La Paz foi péssima. Juan voltou bem, mas tem menos ritmo ainda. O negócio é seguir assim mesmo. Freitas, porém, se credenciou: deu segurança atrás, permitiu um maior rendimento de Nílton e deixou a zaga um pouco menos exposta - embora as laterais sejam um problema.

Há muita coisa para corrigir, há pouco tempo, mas há soluções que o time suplente oferece, e precisam ser utilizadas. Afinal, fazer testes no estadual serve também para isso.

Necessidade de vitória
O Grêmio ainda busca uma formação confiável, mas precisa vencer hoje o Juventude na Arena. Com a rodada de ontem, caiu para fora da zona de classificação no Gauchão. Claro, tem um jogo a menos que os demais, resta muito tempo ainda, mas um fracasso hoje leva o time ao Gre-Nal em 9º lugar, situação mais que desconfortável. É o dia de rever Giuliano, que tem treinado bem e é a grande esperança de estofo ao meio-campo de um time mais jovem do que deveria ser. Enquanto ninguém chegar, é ele a grande contratação de 2015.

Clássicos
O Vasco venceu o Fluminense, o Coritiba venceu o Atlético, o América-MG ganhou do mistão do Atlético. Os estaduais começam a esquentar com os clássicos.

Fracasso no Camp Nou
A derrota do Barcelona para o Málaga por 1 a 0, em casa, pode ser decisiva na definição do título espanhol da temporada. De perseguidor implacável do Real Madrid, o Barça viu a diferença subir para quatro pontos, já que o rival fez 2 a 0 como visitante no Elche. O Atlético de Madrid, 3º colocado, já está mais perto: 60-56-53.

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