Uma história que se repete

A história do Racing sempre foi assim: uma queda brusca seguido de um triunfo inesquecível. Não foi diferente em 2014, ano em que Diego Milito retornou, aos 35 anos, para comandar um time aparentemente perdido à inesquecível reconquista nacional. Título este que foi confirmado ontem, num Cilindro absolutamente pulsante, diante de um Godoy Cruz extremamente aguerrido e que, embora tenha cedido algumas peças importantes que formaram a base da esquadra campeã, fez de tudo para impedir uma festa engasgada havia 13 anos.

Em 1999, o Racing quebrou. Um episódio marcante e dos mais duros com um grande clube na história do futebol mundial. Teve falência decretada, mas sua fanática torcida impediu o fechamento do clube. Depois de duas campanhas nas últimas colocações, somente um título salvava a Academia de uma queda pelo promedio. Ele veio em 2001, e Milito, então uma revelação da base, foi um de seus protagonistas, na juventude de seus 22 anos. A história se repetiu neste segundo semestre de 2014: com Milito, agora aos 35, e o Racing vindo de duas campanhas horrorosas, que só não o colocavam com risco de cair porque o sistema de média de pontos foi abolido pela AFA.

A vitória de 1 a 0 foi absolutamente merecida. O jovem técnico Diego Cocca postou seu time de forma extremamente agressiva desde o início, para não depender do Quilmes contra o River Plate. O gol não veio no primeiro tempo, mas no começo do segundo, quando uma nova pressão fortíssima sobre o time de Mendoza foi imposta. Porém, não houve o segundo, o do título e da tranquilidade. E o River fez 1 a 0 aos 37 da etapa final. Qualquer gol do Godoy Cruz significaria um jogo extra. Mas o time de Avellaneda sustentou a vantagem.

Méritos para Milito, para o autor do gol do título Centurión, para Saja. Pillud, Videla, Díaz, Cabral, mas principalmente para Cocca, que chegou e transformou um time em crise no campeão nacional com 15 reforços, muitos deles desconhecidos, quase todos absolutamente baratos. Em um período de quatro meses, deu-lhe conjunto e transformou uma equipe medíocre naquela que tirou o grande Racing da fila. É mais um candidato que surge para brigar pelo próximo título continental. A Libertadores 2015 promete.

Inglaterra (16/38): ótima vitória do ascendente Manchester United (3º, 31) de Van Gaal para cima do decadente Liverpool (10º, 21). O 3 a 0 e a sequência de vitória fazem a torcida vermelha acreditar que, sim, é possível chegar nos líderes Chelsea (39) e Manchester City (36). Ainda tem muito terreno pela frente na liga inglesa.

Itália (15/38): a Juventus (1º, 36) tropeçou em casa. O 1 a 1 com a surpreendente Sampdoria (3º, 26) faz a Roma se aproximar. O time da capital bateu a outra equipe de Gênova, o Genoa (5º, 26), por 2 a 1, fora de casa. A distância entre os dois líderes é de um pontinho apenas.

Espanha (15/38): o Real Madrid (1º, 39) ri à toa. Além de enfiar 4 a 1 no Almería (19º, 10) fora de casa, viu seus dois concorrentes mais próximos tropeçarem na rodada. O Barcelona (2º, 35) empatou em 0 a 0 com o Getafe (13º, 16) fora de casa, enquanto o Atlético (3º, 32) perdeu em casa para o Villarreal (6º, 27), por 1 a 0.

México: o América de Roberto Gomez Bolaños é campeão nacional. Enfiou 3 a 0 no Tigres e deu uma alegria a Chaves e Chapolin nos céus astecas.

Colômbia: na emocionante última rodada do Grupo A, o Atlético Hulia surpreendeu os favoritos Santa Fé, Once Caldas e Atlético Nacional e garantiu seu lugar na final contra o Independiente Medellín. Fez 2 a 1 fora de casa no Once, empatou em todos os critérios com o Santa Fé, mas passou devido à vantagem no confronto direto.

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