Seleção do Brasileirão 2014 - Carta na Mesa

No programa desta quinta-feira, elegemos a seleção com os melhores do Brasileirão 2014, além do craque e do melhor técnico da competição. Em breve, disponibilizaremos também o arquivo para quem quiser baixar e ouvir o Carta na Mesa de ontem (e o de segunda, que está atrasado).

Marcelo Grohe (Grêmio): ele teve de penar por anos na reserva de Galatto, Saja, Victor e Dida para ter a chance de assumir de uma vez por todas a meta tricolor. Se em 2012 Marcelo Grohe já havia sido um dos destaques do Grêmio, em 2014 virou incontestável, comandando a terceira melhor defesa da história dos pontos corridos. Levou por unanimidade a disputa de goleiro, com oito votos.

Mayke (Cruzeiro): no ano passado, Mayke perdeu a disputa na lateral direita para Marcos Rocha, do rival Atlético Mineiro. Agora, ocorreu o contrário: com quatro votos, a principal revelação da posição mais carente do país nos últimos anos levou a melhor. Marcos Rocha e Fabiano, da Chapecoense, ficaram com dois votos.

Gil (Corinthians): a zaga viu um das disputas mais apertadas da seleção. O corintiano Gil, porém, se destacou: não deixou a torcida sentir saudades de Paulo André e comandou uma das defesas mais eficientes do Campeonato Brasileiro. Chegou à seleção brasileira e levou quatro votos.

Geromel (Grêmio): num Brasileirão sem tantos destaques na zaga, o então desconhecido Pedro Geromel se sobressaiu pela seriedade. Chegou sob desconfiança da torcida, mas foi se impondo e ajudou o Grêmio a ter a melhor defesa da competição com atuações muito seguras. Levou três votos, contra dois de Dedé, Leonardo Silva e Léo e um de Paulão, Rafael Tolói e Jemerson.

Zé Roberto (Grêmio): aos 40 anos, voltou às origens. Com preparo físico invejável, extrema qualidade de apoio e auxílio precioso na armação de jogadas, Zé Roberto sobrou diante de uma concorrência pouco competente. Foram cinco votos, contra um de Anderson Pico, Fábio Santos e Egídio.

Lucas Silva (Cruzeiro): a segunda unanimidade da seleção. Já votado em 2013, Lucas Silva não entrou na seleção por conta do estupendo campeonato de seu companheiro Nílton e do flamenguista Elias. Neste ano, chegando à seleção brasileira, sobrou. Foram oito votos.

Aránguiz (Internacional): nem o returno irregular tirou de Aránguiz um lugar fácil na seleção do Brasileiro. O primeiro turno esplêndido do chileno lhe rendeu os cinco votos com tranquilidade. Mesmo jogando recuado, conseguiu ser a referência técnica de um time historicamente dependente de D'Alessandro. Merece os cinco votos.

Ricardo Goulart (Cruzeiro): no timaço do Cruzeiro, ninguém sabe ao certo se ele é meia ou atacante. Mas ele jogou tanto que entraria em qualquer uma das posições. Unanimidade, com oito votos, Ricardo Goulart também foi eleito o craque do campeonato, com seis votos, contra dois de seu parceiro Éverton Ribeiro. Que, claro, também foi eleito.

Éverton Ribeiro (Cruzeiro): unanimidade como meia e craque no ano passado, Éverton Ribeiro não foi tão brilhante em 2014. E daí? Jogou o suficiente para comandar o Cruzeiro rumo ao bicampeonato e foi o segundo melhor da posição entre todos os 20 clubes, com seis votos - ganhou dois para craque também. Na disputa da armação, levou a melhor sobre Ganso (dois votos), Alex (do Inter) e Conca, que fizeram um voto cada.

Diego Tardelli (Atlético Mineiro): quase eleito em 2009, quando perdeu para Adriano e Fred, Diego Tardelli jogou demais em 2014, ainda mais completo, jogando em várias posições do ataque. Principal nome do Galo campeão da Copa do Brasil, só não fez chover no Brasileirão. Recebeu sete merecidos votos, ficando à beira da unanimidade.

Guerrero (Corinthians): talvez seja hoje o melhor centroavante em atividade na América do Sul. Comandou o Corinthians durante toda a temporada e, se tivesse parceria melhor, poderia ter levado o time a ir ainda mais longe. Recebeu quatro votos, deixando para trás Marcelo Moreno (dois), Dagoberto e Luan (um cada).

Marcelo Oliveira (Cruzeiro): incontestável, como os dois últimos títulos do Cruzeiro. Marcelo Oliveira chega ao bi com facilidade, e todos os méritos. Foram seis votos, contra um de Luiz Felipe e outro de Argel Fucks.

O Cruzeiro levou 6 dos 13 prêmios. O Corinthians fez dois, contra um de Atlético Mineiro e Internacional. O curioso é o fato de três jogadores do Grêmio, de campanha apenas média, entre os 11 melhores. A explicação é simples: a defesa tricolor foi disparadamente a melhor do Brasileiro. O problema foi do meio para a frente: entre volantes, meias e atacantes, o Tricolor não conquistou sequer um voto.

Comentários