No caminho da racionalidade. Mas ainda não
O Campeonato Gaúcho de 2015 teve ontem fórmula divulgada e primeira rodada definida. Ele em muito se parecerá com o desta temporada. Terá, porém, algumas melhorias, que devem torná-lo um estadual mais racional. Mas não no ano que vem, e sim em 2016 e, principalmente, 2017.
A principal mudança para melhor é a redução do número de participantes, que terá inicio agora para ganhar números finais em 2017. Em fevereiro, terá início o último Gauchão com 16 clubes. Os três últimos descenderão à Segundona, que só levará uma equipe para a primeira divisão de 2016, reduzindo para 14 o número de disputantes daquele ano. Tal situação se repetirá daqui a dois anos, chegando em 2017 aos sonhados 12 clubes, número bem mais racional, desde que a fórmula adotada pela FGF seja a correta.
O único senão que se pode fazer com relação a esta mudança é a extrema dificuldade que terão os participantes da Segundona, que tem sido muito bem disputada. Poderia a Federação cair quatro dos 16 e subir dois em vez de rebaixar três para a subida de apenas um. De todo modo, a redução de equipes na elite é o caminho para uma segunda divisão melhor também, pois a tendência é que clubes com um pouco mais de estrutura que os atuais da nossa divisão intermediária passem a disputá-la, já que não haverá mais lugar para tanta gente na primeira.
Outra mudança para melhor é o fato de os 16 clubes não estarem mais ridiculamente divididos em dois grupos de oito equipes. É todo mundo na mesma. Infelizmente, não serão apenas os quatro melhores que seguem para os mata-matas. Oito clubes passarão adiante, e aí passa a existir a possibilidade de, num jogo único, o oitavo eliminar o primeiro sem que este tenha direito de jogar a partida de volta. Aí vem mais um erro da fórmula: as semifinais também passam agora a ter ida e volta, ao contrário do ano passado. Ou seja: o número de datas em relação a 2014 subiu, de 19 para 20 jogos. Muito melhor seria os quatro melhores apenas chegarem na fase decisiva, para realizarem dois mata-matas em ida e volta. A medida elevaria o nível de interesse dos grandes na competição e traria duelos melhores na fase quente, sem falar na manutenção dos 19 jogos para campeão e vice.
Falando no interesse dos grandes, a FGF adotou a mesma ideia da Federação Paulista, limitando o número de inscritos por clube. Tudo para que Grêmio e Internacional não coloquem juniores enquanto disputarem a Libertadores. Provavelmente os dois grandes concordaram com a restrição por conta da redução do número de clubes para os próximos anos. Em vez de apenas 28 jogadores que cada clube pode inscrever no Paulistão, no Gauchão serão 32, uma margem de manobra um pouco maior. Mas medidas forçadas nunca são salutares.
Não há nada de charmoso nisso tudo. Mas estamos caminhando, aos trancos e barrancos, com quase uma década de atraso, para voltarmos a ter um Gauchão um pouco mais racional - os últimos, talvez únicos, que tivemos em termos de espaço no calendário e número de jogos disputados, foram os de 2005 e 2006.
A primeira rodada
Lajeadense x Internacional
Grêmio x União Frederiquense
Cruzeiro x Veranópolis
São José x Avenida
São Paulo x Passo Fundo
Ypiranga x Juventude
Caxias x Brasil
Novo Hamburgo x Aimoré
Faltou o Rio Grande
Jefferson; Marcos Rocha, Dedé, Gil e Egídio; Lucas Silva, Souza, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Diego Tardelli e Guerrero. A seleção da CBF para os melhores do Brasileirão injustiçou a Dupla Gre-Nal. Ao menos três atletas de clubes gaúchos deveriam constar nesta lista quase que obrigatoriamente, por terem sido os melhores de suas respectivas posições: Marcelo Grohe, de desempenho muito superior a qualquer outro goleiro; Zé Roberto, infinitamente melhor que o mediano Egídio; e Aránguiz, que pode até feito um returno irregular, mas fez uma primeira metade de campeonato primorosa.
Dia de sorteio
Hoje é dia de conhecermos os grupos da Libertadores 2015. Quer dizer, mais ou menos: com muitos times indefinidos até mesmo em suas posições nos respectivos campeonatos nacionais, teremos apenas uma ideia do que será a competição. Já estão classificados para disputar o torneio San Lorenzo, River Plate, Boca Juniors, Huracán, Universitario de Sucre, San José, The Strongest, Cruzeiro, Atlético Mineiro, São Paulo, Corinthians, Internacional, Colo Colo, Atlético Nacional, Santa Fé, Emelec, Tigres, Atlas, Monarcas Morelia, Libertad, Cerro Porteño, Guaraní-PAR, Juan Aurich, Alianza Lima, Danubio, Wanderers-URU, Nacional-URU, Mineros, Zamora e Deportivo Táchira.
A principal mudança para melhor é a redução do número de participantes, que terá inicio agora para ganhar números finais em 2017. Em fevereiro, terá início o último Gauchão com 16 clubes. Os três últimos descenderão à Segundona, que só levará uma equipe para a primeira divisão de 2016, reduzindo para 14 o número de disputantes daquele ano. Tal situação se repetirá daqui a dois anos, chegando em 2017 aos sonhados 12 clubes, número bem mais racional, desde que a fórmula adotada pela FGF seja a correta.
O único senão que se pode fazer com relação a esta mudança é a extrema dificuldade que terão os participantes da Segundona, que tem sido muito bem disputada. Poderia a Federação cair quatro dos 16 e subir dois em vez de rebaixar três para a subida de apenas um. De todo modo, a redução de equipes na elite é o caminho para uma segunda divisão melhor também, pois a tendência é que clubes com um pouco mais de estrutura que os atuais da nossa divisão intermediária passem a disputá-la, já que não haverá mais lugar para tanta gente na primeira.
Outra mudança para melhor é o fato de os 16 clubes não estarem mais ridiculamente divididos em dois grupos de oito equipes. É todo mundo na mesma. Infelizmente, não serão apenas os quatro melhores que seguem para os mata-matas. Oito clubes passarão adiante, e aí passa a existir a possibilidade de, num jogo único, o oitavo eliminar o primeiro sem que este tenha direito de jogar a partida de volta. Aí vem mais um erro da fórmula: as semifinais também passam agora a ter ida e volta, ao contrário do ano passado. Ou seja: o número de datas em relação a 2014 subiu, de 19 para 20 jogos. Muito melhor seria os quatro melhores apenas chegarem na fase decisiva, para realizarem dois mata-matas em ida e volta. A medida elevaria o nível de interesse dos grandes na competição e traria duelos melhores na fase quente, sem falar na manutenção dos 19 jogos para campeão e vice.
Falando no interesse dos grandes, a FGF adotou a mesma ideia da Federação Paulista, limitando o número de inscritos por clube. Tudo para que Grêmio e Internacional não coloquem juniores enquanto disputarem a Libertadores. Provavelmente os dois grandes concordaram com a restrição por conta da redução do número de clubes para os próximos anos. Em vez de apenas 28 jogadores que cada clube pode inscrever no Paulistão, no Gauchão serão 32, uma margem de manobra um pouco maior. Mas medidas forçadas nunca são salutares.
Não há nada de charmoso nisso tudo. Mas estamos caminhando, aos trancos e barrancos, com quase uma década de atraso, para voltarmos a ter um Gauchão um pouco mais racional - os últimos, talvez únicos, que tivemos em termos de espaço no calendário e número de jogos disputados, foram os de 2005 e 2006.
A primeira rodada
Lajeadense x Internacional
Grêmio x União Frederiquense
Cruzeiro x Veranópolis
São José x Avenida
São Paulo x Passo Fundo
Ypiranga x Juventude
Caxias x Brasil
Novo Hamburgo x Aimoré
Faltou o Rio Grande
Jefferson; Marcos Rocha, Dedé, Gil e Egídio; Lucas Silva, Souza, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Diego Tardelli e Guerrero. A seleção da CBF para os melhores do Brasileirão injustiçou a Dupla Gre-Nal. Ao menos três atletas de clubes gaúchos deveriam constar nesta lista quase que obrigatoriamente, por terem sido os melhores de suas respectivas posições: Marcelo Grohe, de desempenho muito superior a qualquer outro goleiro; Zé Roberto, infinitamente melhor que o mediano Egídio; e Aránguiz, que pode até feito um returno irregular, mas fez uma primeira metade de campeonato primorosa.
Dia de sorteio
Hoje é dia de conhecermos os grupos da Libertadores 2015. Quer dizer, mais ou menos: com muitos times indefinidos até mesmo em suas posições nos respectivos campeonatos nacionais, teremos apenas uma ideia do que será a competição. Já estão classificados para disputar o torneio San Lorenzo, River Plate, Boca Juniors, Huracán, Universitario de Sucre, San José, The Strongest, Cruzeiro, Atlético Mineiro, São Paulo, Corinthians, Internacional, Colo Colo, Atlético Nacional, Santa Fé, Emelec, Tigres, Atlas, Monarcas Morelia, Libertad, Cerro Porteño, Guaraní-PAR, Juan Aurich, Alianza Lima, Danubio, Wanderers-URU, Nacional-URU, Mineros, Zamora e Deportivo Táchira.
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