Uma grande semana que começa
O Gre-Nal por si só é sempre um atrativo, mas o do próximo domingo promete muito. Grêmio e Internacional não chegam a um clássico de Brasileirão em uma briga direta de tabela há bastante tempo. O clássico da Arena marcará dois times que fazem um bom returno e brigam por um objetivo alto, que é a Libertadores. E mais: chegam após vencerem seu jogo anterior. No caso colorado, bem mais que uma simples vitória.
Vencer na Vila Belmiro era algo que permeava o imaginário de todo torcedor rubro. Em várias ocasiões a equipe chegou perto, ou jogou bem o bastante para consegui-lo, mas acabou não obtendo o resultado. Em 2006, às vésperas de decidir a Libertadores contra o São Paulo, o mistão colorado foi a Santos, saiu à frente, mas cedeu uma amarga virada no final. Três anos mais tarde, o Inter chegou a estar perdendo por 2 a 0, virou o placar, mas cedeu o empate e ficou no 3 a 3. Ontem, o que se viu foi o inverso: um time que não fez uma grande partida, foi dominado em boa parte do jogo, parecia estar perto de perdê-lo, mas numa bobeada santista definiu a parada - não pareceu um recuo intencional, aliás, mas Aranha foi no mínimo imprudente em pegar o toque de Mena com as mãos.
A chance de vencer, de fato, era ontem. Porém, o péssimo histórico na Baixada Santista impedia que muitos colorados acreditassem no triunfo. O Santos veio com time misto, mas um misto quente, e com a cabeça na Copa do Brasil. Apesar disso, criou muitas chances, mas pecou pela ineficiência contra um adversário extremamente eficiente na hora de definir o jogo. Para pegar outro jogo santista em 2014, este foi de certa forma semelhante à sua vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio, na Arena, na fatídica noite dos insultos racistas a Aranha. Naquela partida, o Tricolor dominou do primeiro ao último minuto, empilhou chances criadas, mas não converteu sequer uma. O Santos, por sua vez, em duas chegadas matou o jogo. A partida de ontem não teve domínio tão claro assim do Peixe, mas se assemelha na questão do "quem não faz, leva".
A semana de Gre-Nal se inicia quente, com os dois times brigando em cima (não tanto quanto gostariam, mas ao menos por G-4) e vindo quase que completos para o clássico. O Grêmio não perdeu ninguém por suspensão, e poderá contar com as voltas de Alán Ruiz, Zé Roberto e Riveros. O Inter perdeu Fabrício, perda pouco significativa, apesar de seu bom histórico em Gre-Nais. Todo o resto estará à disposição de Abel. A vitória em Santos foi importante também por isso: o resultado mantém o Inter à frente do Grêmio. Chegar para o clássico atrás do rival, fora de casa, seria um cenário complicado. O Tricolor, por sua vez, ultrapassará o inimigo se mantiver sua rotina de ganhar por 1 ou meio a zero que seja. Mas uma derrota (e esta tem sido a rotina recente dos Gre-Nais) o deixará a cinco pontos do Inter, distância quase impossível de tirar nas cinco rodadas finais.
É mais um Gre-Nal que vem por aí, mais um que começa com uma semana de antecedência. Embora, como disse Felipão (com toda a razão, por sinal), valha os mesmos 3 pontos que qualquer outro jogo, a gente sabe que o peso é maior que uma simples partida de 33ª rodada de Campeonato Brasileiro.
Os prejudicados
A rodada foi especialmente ruim para Corinthians e Atlético Mineiro. Culpa dos paranaenses. Se o Timão não passou de um 2 a 2 em casa com o Coxa, o Galo levou 1 a 0 do seu tocaio de Curitiba com um gol aos 43 segundos, em um lance de puro azar. Corinthians e Atlético foram os únicos times da ponta de cima que não venceram na rodada. Numa briga tão parelha, o resultado de um tropeço é sempre cruel: os dois, hoje, não estão mais no G-4. Sorte do Fluminense, e mérito de sua arrancada recente.
Quase salvos
Sport e Palmeiras deram passos importantíssimos em suas lutas para não serem rebaixados. O Leão da Ilha, em uma perigosa decadência, tinha no jogo contra o Figueirense um duelo direto e decisivo. A torcida entendeu, foi em quase 30 mil à Ilha do Retiro, e o time venceu por 1 a 0. Com 40 pontos, abre seis do Z-4, O Verdão também livrou uma folga quase inédita da zona fatal: venceu o Bahia, na Fonte Nova, por 1 a 0, no sufoco, na raça. Foi a 39 e está quase livre. O Bahia, com 31, está cada vez mais complicado. A briga começa a se definir do Figueirense e da Chapecoense (ambos com 36) para baixo (Vitória e Coritiba, 34; Botafogo, 33; Bahia, 31; e Criciúma, 30).
Os prejudicados
A rodada foi especialmente ruim para Corinthians e Atlético Mineiro. Culpa dos paranaenses. Se o Timão não passou de um 2 a 2 em casa com o Coxa, o Galo levou 1 a 0 do seu tocaio de Curitiba com um gol aos 43 segundos, em um lance de puro azar. Corinthians e Atlético foram os únicos times da ponta de cima que não venceram na rodada. Numa briga tão parelha, o resultado de um tropeço é sempre cruel: os dois, hoje, não estão mais no G-4. Sorte do Fluminense, e mérito de sua arrancada recente.
Quase salvos
Sport e Palmeiras deram passos importantíssimos em suas lutas para não serem rebaixados. O Leão da Ilha, em uma perigosa decadência, tinha no jogo contra o Figueirense um duelo direto e decisivo. A torcida entendeu, foi em quase 30 mil à Ilha do Retiro, e o time venceu por 1 a 0. Com 40 pontos, abre seis do Z-4, O Verdão também livrou uma folga quase inédita da zona fatal: venceu o Bahia, na Fonte Nova, por 1 a 0, no sufoco, na raça. Foi a 39 e está quase livre. O Bahia, com 31, está cada vez mais complicado. A briga começa a se definir do Figueirense e da Chapecoense (ambos com 36) para baixo (Vitória e Coritiba, 34; Botafogo, 33; Bahia, 31; e Criciúma, 30).
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