Rodada colorada

Quando o time faz a sua parte, a rodada automaticamente melhora. Essa é uma máxima do Campeonato Brasileiro. Porém, neste final de semana tudo deu certo para o Internacional (2º, 50). Uma situação que fez seus torcedores passarem da depressão profunda pelos 5 a 0 de Chapecó para a eterna volta do sonho do título brasileiro, por mais que ele seja dificílimo.

Os motivos para empolgação são muitos: oscilações do time mineiro, recuperação em casa diante do Fluminense sem Aránguiz e a boa entrada de Nilmar no jogo deste domingo. Porém, ainda são 6 pontos de distância. Se o Cruzeiro mantiver seu aproveitamento atual no seu oscilante returno, fará mais 15 pontos nos próximos 10 jogos e chegará aos 71. O Inter teria de fazer 22 em 30 para ultrapassá-lo, e com uma tabela bem mais difícil pela frente. Não é impossível. Mas a prudência recomenda manter o olho mais em quem vem atrás - o Corinthians, 6º colocado, está só quatro pontinhos atrás, distância menor que a do Inter em relação à liderança.

E não foi só: São Paulo, Grêmio e Corinthians, todos potenciais concorrentes na luta pelo G-4, perderam seus jogos. Ou seja: foram deixados para trás, o que permite olhar um pouco mais para cima, embora com prudência, claro.

Rio de Janeiro: o que mais anima os colorados é a forma como o Cruzeiro (1º, 56) foi vencido neste domingo. A derrota por 3 a 0 para o Flamengo (10º, 37) foi repleta de erros grosseiros do sistema defensivo mineiro. O time de Vanderlei Luxemburgo deixa o fedor definitivamente para trás e faz a alegria dos mais de 42 mil torcedores que foram ao Maracanã.

Belo Horizonte: diante de 15 mil pagantes, Luan fez o único gol da partida que recolocou o Atlético-MG (4º, 47) na zona da Libertadores e dela retirou o Grêmio (5º, 46). Resultado muito ruim para o Tricolor Gaúcho, embora o tropeço do São Paulo (3º, 49) não seja uma má notícia.

Criciúma: eis um resultado que beneficiou o time de Luiz Felipe. Caso batesse o Criciúma (18º, 30), o Santos (7º, 42) encostaria de vez na briga pelo G-4. Levou 3 a 0 ao natural, para delírio dos 9 mil torcedores que foram ao Heriberto Hülse. A festa só não foi completa porque o Tigre segue entre os quatro últimos.

Recife: mais uma derrota do Sport (11º, 36), que não vence há cinco jogos. Antes a equipe só ganhava em casa. Agora, nem mais isso: levou 2 a 1 do desesperado Vitória (16º, 31), com direito a gol de Rithely logo na saída de bola. Aos poucos, o time de Eduardo Baptista começa a entrar numa zona perigosa da tabela, especialmente por conta de sua decadência de rendimento. Resultado comemorado como título pelo time baiano, que joga o rival Bahia na zona da degola.

Salvador: a Chapecoense (13º, 34) confirmou a boa fase iniciada após a goleada sobre o Inter. Fez 1 a 0 no Bahia (17º, 30), na Fonte Nova (23 mil), num duelo direto importantíssimo na luta contra o rebaixamento. Há 21 rodadas a Chape não sabe o que é Z-4.

Curitiba: depois de se aproximar perigosamente das últimas posições, o Atlético-PR (14º, 34) conquistou importantes 3 a 0 sobre o Figueirense (15º, 32) na Arena da Baixada (16 mil). O perigo, porém, ainda existe.

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