Em jogo de xadrez, todo erro é muito grave
O jogo em Itaquera foi parelho, mas o Corinthians sai dele com uma imensa vantagem, bem maior que sua superioridade sobre o Atlético Mineiro. O mata-mata tem mesmo essas circunstâncias: a equipe de Mano Menezes entrou pressionada por sua própria torcida, realizou uma partida sem imposição, apenas equilibrada com o Galo, mas soube aproveitar falhas individuais, uma de Marcos Rocha e outra de Victor, para abrir um 2 a 0 difícil de ser revertido na partida de volta.
A partida foi extremamente estudada, chata em alguns momentos, mas tensa sempre. Mano e Levir Culpi travaram um duelo tático interessante em São Paulo. Para anular as combinações pelos lados, tradicionais do Timão (Fagner-Elias-Malcom pela direita, Fábio Santos-Petros-Guerrero na esquerda), o técnico atleticano posicionou dois meias abertos pelos lados, tentando bloquear estes avanços. A pena foi ter feito isso com Carlos, um atacante muito mais perigoso dentro da área do que marcando um lateral mediano, caso de Fagner. O Atlético perdeu parte do seu poder de fogo em troca de neutralizar uma jogada não tão forte assim do adversário, um saldo negativo.
Ainda assim, não havia oportunidades de lado a lado. Taticamente, as equipes caminhavam para um empate sem gols, ou para um golzinho surgido de falha individual, que é ocorre em jogos de xadrez como o de ontem. Marcos Rocha ensaiou a falha ao ligar um contragolpe corintiano, o qual Guerrero não soube aproveitar. O peruano atuava nas costas do lateral direito, e por ali sempre era perigoso. Tanto que, um minuto depois deste citado lance, marcou 1 a 0, de cabeça, subindo sozinho com o próprio ala. Falha de Marcos Rocha, mas também de Leonardo Silva, pois era ele quem deveria ter subido com o artilheiro do Corinthians.
O gol marcou o momento de maior participação de Renato Augusto no jogo, e foi quando o Corinthians mais esteve perto de fazer o segundo gol. Mas a equipe mandante não aproveitou o bom momento para ampliar. Aos poucos, o Atlético foi saindo de trás. Teve três chegadas de relativo perigo antes do intervalo e lances esporádicos até metade do segundo tempo. Mesmo com o controle do jogo e com a linha de zaga adiantada (Jemerson jogou demais, novamente), faltou ao Galo dinâmica e, principalmente, poder de fogo. Carlos jogou longe demais do gol (e Levir errou ao não rever seu posicionamento), Diego Tardelli e Dátolo estiveram em noite pouco inspirada e Guilherme foi pouco participativo. Quando fizeram um pouquinho daquilo que deles que tanto se espera, quase surgiu o empate: um lançamento primoroso de Guilherme encontrou Dátolo, que deu de primeira na trave de Cássio.
Esta grande chance, a melhor do segundo tempo, veio aos 34 minutos. Poderia ser a senha para o Galo se animar e exercer pressão de fato nos minutos finais. Mas tudo foi travado por outro erro individual, desta vez de Victor, que saiu do gol de forma bisonha, perdendo para Guerrero e deixando Luciano sozinho para ampliar. Um 2 a 0 que o Galo reverteu no ano passado, diante de Newell's e Olimpia, em sua campanha vitoriosa na Libertadores. Que gerará campanhas do tipo "eu acredito", e os atleticanos devem mesmo acreditar na virada. Mas será preciso jogar muito mais bola do que ontem - a bola de 2013, no mínimo, e sem as falhas individuais que complicaram demais a vida atleticana na Copa do Brasil.
Um complicador a mais
Guerrero anunciou após o jogo em entrevista à ESPN Brasil que está liberado pela seleção peruana para atuar no jogo de volta, que ocorre daqui a duas semanas. Já Elias e Diego Tardelli, com compromisso pela seleção brasileira, dificilmente entrarão em campo. Perde muito mais o Atlético, que fica sem seu principal jogador e artilheiro, num jogo em que precisará muito de gols.
Tudo na Copa do Brasil
O Corinthians deverá escalar time misto diante do Sport, no sábado. Motivo: desgaste. A tendência deve ser mesmo esta: sem chances de título brasileiro e com a vaga na Libertadores ficando mais distante a cada rodada, o Timão vai apostar tudo na Copa do Brasil para tentar voltar a conquistar um grande título e retornar à principal do continente. Resta saber qual será a postura do Atlético, que está no G-4.
Nada definido
Botafogo e Santos fizeram um jogo aberto no Maracanã, bem ao contrário do que ocorreu no Itaquerão. O esforço dos botafoguenses é comovente, mas insuficiente. A derrota por 3 a 2, no entanto, não define nada: diante do Ceará, o time de Vagner Mancini venceu por 4 a 3, e pode repetir a façanha se o Peixe cochilar. Embora, claro, o favoritismo esteja com os paulistas. O mesmo vale para Flamengo e Cruzeiro diante dos potiguares: ambos encaminharam a vaga ontem com suas vitórias por 1 a 0, mas todo o cuidado é pouco.
Brasileiros vivos
Todos os brasileiros podem seguir entre os oito melhores da Copa Sul-Americana. Se o São Paulo venceu o Huachipato por 1 a 0, o Bahia fez mais: 2 a 0 no César Vallejo, com um pé nas quartas de final. O Vitória obteve um bom resultado em Medellín ao empatar em 2 a 2 com o Atlético Nacional. Quem está mais complicado é o Goiás, mas ainda assim levar 1 a 0 do Emelec em Guayaquil é um placar reversível.
A partida foi extremamente estudada, chata em alguns momentos, mas tensa sempre. Mano e Levir Culpi travaram um duelo tático interessante em São Paulo. Para anular as combinações pelos lados, tradicionais do Timão (Fagner-Elias-Malcom pela direita, Fábio Santos-Petros-Guerrero na esquerda), o técnico atleticano posicionou dois meias abertos pelos lados, tentando bloquear estes avanços. A pena foi ter feito isso com Carlos, um atacante muito mais perigoso dentro da área do que marcando um lateral mediano, caso de Fagner. O Atlético perdeu parte do seu poder de fogo em troca de neutralizar uma jogada não tão forte assim do adversário, um saldo negativo.
Ainda assim, não havia oportunidades de lado a lado. Taticamente, as equipes caminhavam para um empate sem gols, ou para um golzinho surgido de falha individual, que é ocorre em jogos de xadrez como o de ontem. Marcos Rocha ensaiou a falha ao ligar um contragolpe corintiano, o qual Guerrero não soube aproveitar. O peruano atuava nas costas do lateral direito, e por ali sempre era perigoso. Tanto que, um minuto depois deste citado lance, marcou 1 a 0, de cabeça, subindo sozinho com o próprio ala. Falha de Marcos Rocha, mas também de Leonardo Silva, pois era ele quem deveria ter subido com o artilheiro do Corinthians.
O gol marcou o momento de maior participação de Renato Augusto no jogo, e foi quando o Corinthians mais esteve perto de fazer o segundo gol. Mas a equipe mandante não aproveitou o bom momento para ampliar. Aos poucos, o Atlético foi saindo de trás. Teve três chegadas de relativo perigo antes do intervalo e lances esporádicos até metade do segundo tempo. Mesmo com o controle do jogo e com a linha de zaga adiantada (Jemerson jogou demais, novamente), faltou ao Galo dinâmica e, principalmente, poder de fogo. Carlos jogou longe demais do gol (e Levir errou ao não rever seu posicionamento), Diego Tardelli e Dátolo estiveram em noite pouco inspirada e Guilherme foi pouco participativo. Quando fizeram um pouquinho daquilo que deles que tanto se espera, quase surgiu o empate: um lançamento primoroso de Guilherme encontrou Dátolo, que deu de primeira na trave de Cássio.
Esta grande chance, a melhor do segundo tempo, veio aos 34 minutos. Poderia ser a senha para o Galo se animar e exercer pressão de fato nos minutos finais. Mas tudo foi travado por outro erro individual, desta vez de Victor, que saiu do gol de forma bisonha, perdendo para Guerrero e deixando Luciano sozinho para ampliar. Um 2 a 0 que o Galo reverteu no ano passado, diante de Newell's e Olimpia, em sua campanha vitoriosa na Libertadores. Que gerará campanhas do tipo "eu acredito", e os atleticanos devem mesmo acreditar na virada. Mas será preciso jogar muito mais bola do que ontem - a bola de 2013, no mínimo, e sem as falhas individuais que complicaram demais a vida atleticana na Copa do Brasil.
Um complicador a mais
Guerrero anunciou após o jogo em entrevista à ESPN Brasil que está liberado pela seleção peruana para atuar no jogo de volta, que ocorre daqui a duas semanas. Já Elias e Diego Tardelli, com compromisso pela seleção brasileira, dificilmente entrarão em campo. Perde muito mais o Atlético, que fica sem seu principal jogador e artilheiro, num jogo em que precisará muito de gols.
Tudo na Copa do Brasil
O Corinthians deverá escalar time misto diante do Sport, no sábado. Motivo: desgaste. A tendência deve ser mesmo esta: sem chances de título brasileiro e com a vaga na Libertadores ficando mais distante a cada rodada, o Timão vai apostar tudo na Copa do Brasil para tentar voltar a conquistar um grande título e retornar à principal do continente. Resta saber qual será a postura do Atlético, que está no G-4.
Nada definido
Botafogo e Santos fizeram um jogo aberto no Maracanã, bem ao contrário do que ocorreu no Itaquerão. O esforço dos botafoguenses é comovente, mas insuficiente. A derrota por 3 a 2, no entanto, não define nada: diante do Ceará, o time de Vagner Mancini venceu por 4 a 3, e pode repetir a façanha se o Peixe cochilar. Embora, claro, o favoritismo esteja com os paulistas. O mesmo vale para Flamengo e Cruzeiro diante dos potiguares: ambos encaminharam a vaga ontem com suas vitórias por 1 a 0, mas todo o cuidado é pouco.
Brasileiros vivos
Todos os brasileiros podem seguir entre os oito melhores da Copa Sul-Americana. Se o São Paulo venceu o Huachipato por 1 a 0, o Bahia fez mais: 2 a 0 no César Vallejo, com um pé nas quartas de final. O Vitória obteve um bom resultado em Medellín ao empatar em 2 a 2 com o Atlético Nacional. Quem está mais complicado é o Goiás, mas ainda assim levar 1 a 0 do Emelec em Guayaquil é um placar reversível.
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