Falsa esperança e justa eliminação
O centroavante Henrique marcou o gol que definiu o confronto entre Bahia e Internacional aos 34 minutos do segundo tempo. Tirou os baianos de um sufoco, é verdade, pois o Colorado, com mais um golzinho, levaria a decisão para os pênaltis. Mas foi um falso sufoco: em nenhum momento o desfalcado time de Abel Braga chegou a colocar realmente em risco a classificação baiana. Poderia ter perdido já no primeiro tempo, fez um gol acidental logo antes do intervalo, não soube aproveitar o recuo dos donos da casa para tentar ampliar, acabou castigado com o empate e só não tomou a virada porque Dida não deixou.
Na verdade, as chances de sucesso eram realmente pequenas. O Inter tem muito mais time que o Bahia em condições normais, mas precisando vencer por boa margem, e com cinco reservas entre os 11, era muito difícil bater a equipe de Gílson Kleina, que vem perdendo pouco e tomando poucos gols ultimamente. Com dois centroavantes lado a lado, Abel Braga ainda fez questão de dificultar a vida do próprio time. O Inter apresentou um futebol pobre, mais pobre do que deveria, mesmo com os poupados. Limitou-se a cruzar bolas na área esperando que um dos dois fizesse o gol.
O Bahia, mesmo em jornada técnica no máximo média (o que não é raridade), já foi melhor no primeiro tempo. Teve o contragolpe sempre bem puxado por Rhayner e Diego Macedo, mas perdeu gols demais. Acabou castigado duramente com um gol de Alex que só ocorreu por conta de um desvio, e que nada dizia o que era o jogo. A desvantagem baiana deixava o Colorado a um gol dos pênaltis, colocando certa tensão no jogo. Gílson Kleina recuou o time, chamou o Inter para a pressão, mas ela não veio em momento algum. A equipe gaúcha seguiu limitando-se a levantar bolas para os dois centroavantes, sem criatividade. Nem a entrada de Alan Patrick no intervalo, e de Valdívia posteriormente, melhorou este aspecto.
O gol de Henrique, aos 34, matou de vez o Inter, como reconheceu Abel em sua coletiva. Sem qualquer motivação de seguir pressionando, o Colorado sofreu uma constrangedora pressão nos 15 minutos finais. A virada só não veio porque Dida evitou que ao menos três chances claras se convertessem em gol.
Mesmo com limitações técnicas evidentes, o Bahia mereceu muito sua classificação. Foi superior ao Internacional na quase totalidade dos 180 minutos, tanto dentro como fora de casa. É certo que Abelão deu entrevistas quase que desdenhosas em relação à Copa Sul-Americana, mas isso não serve de desculpa para a eliminação, afinal, Gílson Kleina ganhou com sobras no Beira-Rio com time misto, pois o Brasileiro também é prioridade na Fonte Nova. Se a preferência pelo Brasileiro não justifica a eliminação, é ainda mais injustificável o desempenho ridículo do Colorado nos dois jogos deste confronto. Seguir a boa campanha no Brasileirão é mais que a obrigação.
Ficha técnica
Copa Sul-Americana - Segunda fase - Jogo de volta
BAHIA (1): Marcelo Lomba; Roniery, Lucas Fonseca, Titi e Pará; Fahel, Rafael Miranda, Léo Gago e Diego Macedo (Rafinha); Rhayner (Guilherme Santos) e Kieza (Henrique). Técnico: Gílson Kleina
INTERNACIONAL (1): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians (Alan Patrick), Wellington (Leandro), Alex e Eduardo Sasha (Valdívia); Wellington Paulista e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (BRA); Data: quinta-feira, 04/09/2014; Horário: 22h; Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (BRA); Público: 4.374; Renda: R$ 115.917,00; Gols: Alex 46 do 1º; Henrique 34 do 2º; Cartão amarelo: Titi, Rhayner, Fabrício, Paulão e Alex; Nota do jogo: 4; Melhor em campo: Diego Macedo
Números do jogo
Finalizações: Bahia 15 x 10 Inter
Chances de gol: Bahia 9 x 4 Inter
Passes errados: Bahia 51 x 45 Inter
Desarmes: Bahia 24 x 19 Inter
Faltas cometidas: Bahia 18 x 16 Inter
Impedimentos: Bahia 2 x 2 Inter
Escanteios: Bahia 4 x 4 Inter
Posse de bola: Bahia 45% x 55% Inter
Análise: o alto número de passes errados evidencia a ruindade da partida. O Bahia foi melhor, mas não houve o massacre que o grande número de chances criadas dá a entender. Três das nove oportunidades ocorreram dos 43 do segundo tempo em diante, quando o Colorado já tinha desistido do duelo.
Na verdade, as chances de sucesso eram realmente pequenas. O Inter tem muito mais time que o Bahia em condições normais, mas precisando vencer por boa margem, e com cinco reservas entre os 11, era muito difícil bater a equipe de Gílson Kleina, que vem perdendo pouco e tomando poucos gols ultimamente. Com dois centroavantes lado a lado, Abel Braga ainda fez questão de dificultar a vida do próprio time. O Inter apresentou um futebol pobre, mais pobre do que deveria, mesmo com os poupados. Limitou-se a cruzar bolas na área esperando que um dos dois fizesse o gol.
O Bahia, mesmo em jornada técnica no máximo média (o que não é raridade), já foi melhor no primeiro tempo. Teve o contragolpe sempre bem puxado por Rhayner e Diego Macedo, mas perdeu gols demais. Acabou castigado duramente com um gol de Alex que só ocorreu por conta de um desvio, e que nada dizia o que era o jogo. A desvantagem baiana deixava o Colorado a um gol dos pênaltis, colocando certa tensão no jogo. Gílson Kleina recuou o time, chamou o Inter para a pressão, mas ela não veio em momento algum. A equipe gaúcha seguiu limitando-se a levantar bolas para os dois centroavantes, sem criatividade. Nem a entrada de Alan Patrick no intervalo, e de Valdívia posteriormente, melhorou este aspecto.
O gol de Henrique, aos 34, matou de vez o Inter, como reconheceu Abel em sua coletiva. Sem qualquer motivação de seguir pressionando, o Colorado sofreu uma constrangedora pressão nos 15 minutos finais. A virada só não veio porque Dida evitou que ao menos três chances claras se convertessem em gol.
Mesmo com limitações técnicas evidentes, o Bahia mereceu muito sua classificação. Foi superior ao Internacional na quase totalidade dos 180 minutos, tanto dentro como fora de casa. É certo que Abelão deu entrevistas quase que desdenhosas em relação à Copa Sul-Americana, mas isso não serve de desculpa para a eliminação, afinal, Gílson Kleina ganhou com sobras no Beira-Rio com time misto, pois o Brasileiro também é prioridade na Fonte Nova. Se a preferência pelo Brasileiro não justifica a eliminação, é ainda mais injustificável o desempenho ridículo do Colorado nos dois jogos deste confronto. Seguir a boa campanha no Brasileirão é mais que a obrigação.
Ficha técnica
Copa Sul-Americana - Segunda fase - Jogo de volta
BAHIA (1): Marcelo Lomba; Roniery, Lucas Fonseca, Titi e Pará; Fahel, Rafael Miranda, Léo Gago e Diego Macedo (Rafinha); Rhayner (Guilherme Santos) e Kieza (Henrique). Técnico: Gílson Kleina
INTERNACIONAL (1): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians (Alan Patrick), Wellington (Leandro), Alex e Eduardo Sasha (Valdívia); Wellington Paulista e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (BRA); Data: quinta-feira, 04/09/2014; Horário: 22h; Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (BRA); Público: 4.374; Renda: R$ 115.917,00; Gols: Alex 46 do 1º; Henrique 34 do 2º; Cartão amarelo: Titi, Rhayner, Fabrício, Paulão e Alex; Nota do jogo: 4; Melhor em campo: Diego Macedo
Números do jogo
Finalizações: Bahia 15 x 10 Inter
Chances de gol: Bahia 9 x 4 Inter
Passes errados: Bahia 51 x 45 Inter
Desarmes: Bahia 24 x 19 Inter
Faltas cometidas: Bahia 18 x 16 Inter
Impedimentos: Bahia 2 x 2 Inter
Escanteios: Bahia 4 x 4 Inter
Posse de bola: Bahia 45% x 55% Inter
Análise: o alto número de passes errados evidencia a ruindade da partida. O Bahia foi melhor, mas não houve o massacre que o grande número de chances criadas dá a entender. Três das nove oportunidades ocorreram dos 43 do segundo tempo em diante, quando o Colorado já tinha desistido do duelo.
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