Desânimo
Ainda é muito cedo para dizer que o Internacional não chegará a lugar algum neste Campeonato Brasileiro. Afinal, a equipe segue no G-4, e o ocupa desde o começo da competição. Mas que a tendência é negativa, isso é claro já há algum tempo. Nos últimos dois campeonatos foi assim: na virada do returno, o Colorado se perde, deixa de ser postulante a coisas grandes e passa para o meio da tabela. A derrota para o Figueirense trouxe ares de crise ao que parecia ser apenas uma fase instável. A derrota para o Vitória agrava o quadro, e exige uma mudança de atitude brusca, ou o filme de 2012 e 2013 inevitavelmente se repetirá.
A entrevista de Wellington Paulista após o jogo foi absolutamente surreal. Negando a realidade, o centroavante viu uma atuação "muito boa" do Inter em uma noite onde quase tudo esteve errado. Dida, tão seguro, falhou no gol de Richarlyson, um gol cedo, que enervou ainda mais um time já pressionado. É verdade que o time criou chances, mas não o fez por trabalhar jogadas perigosas de forma qualificada, e sim porque o fraco time do Vitória, que tem um meio-frente razoável e uma defesa horrorosa, deu campo, visando garantir sua tão importante vantagem. D'Alessandro não jogou nada, Eduardo Sasha e Jorge Henrique foram igualmente nulos. Os laterais Gilberto e Fabrício até se apresentavam mais para o jogo e tentavam não deixar Wellington Paulista tão isolado.
O primeiro tempo já terminou com o Vitória mais perto de ampliar que de sofrer o empate. No segundo, o 2 a 0, de Marcinho, escancarou as deficiências da defesa colorada e matou o jogo. Os 35 minutos finais foram tão sonolentos quanto constrangedores. Um Inter sem ânimo para reagir diante de um adversário louco para que o jogo acabasse. Sim, porque cabe lembrar: o Vitória entrou na rodada como o lanterna do Brasileirão. Deixou esta condição agora para o rival Bahia, que pega só o Cruzeiro, e no Mineirão, nesta quinta.
É estranho o clima no Beira-Rio. Quem vê a tabela enxerga o Inter à frente ainda de 17 equipes na tabela, em posição privilegiada, mas o clima é pesado como se a classificação estivesse de ponta-cabeça. É difícil saber a causa da crise (sim, incrivelmente, trata-se de uma crise). A obsessão pelo título brasileiro é tão grande que a perda desta chance, dada a sequência de derrotas, parece desencadear uma depressão de que a fila será, ao menos, um ano mais longa. E se quem vem à frente está longe (o São Paulo já tem cinco pontos a mais), quem está atrás se aproxima. Além do Grêmio, que encostou de vez, Fluminense e Sport também já aparecem no retrovisor, fora Corinthians e Atlético-MG. O Brasileirão não perdoa equipes desanimadas. E não vencer o Botafogo domingo complicará até G-4, afinal, o Inter terá duas partidas fora de casa na sequência.
Ficha técnica
Campeonato Brasileiro - 20ª rodada
VITÓRIA (2): Fernández; Nino Paraíba, Luiz Gustavo, Kadu e Juan; Neto Coruja (Adriano), Cáceres, Richarlyson, Escudero (Edno) e Marcinho; Dinei (Beltrán). Técnico: Ney Franco
INTERNACIONAL (0): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Ygor (Valdívia), Wellington, D'Alessandro, Eduardo Sasha (Leandro) e Jorge Henrique (Alan Patrick); Wellington Paulista. Técnico: Abel Braga
Local: Barradão, Salvador (BA); Data: quarta-feira, 10/09/2014; Horário: 22h; Árbitro: Péricles Cortez (RJ); Público: 5.141; Renda: R$ 24.470,00; Gols: Richarlyson 7 do 1º; Marcinho 10 do 2º; Cartão amarelo: Fernández e Fabrício; Nota do jogo: 5; Melhor em campo: Cáceres
Números do jogo
Finalizações: Vitória 9 x 15 Inter
Chances de gol: Vitória 5 x 6 Inter
Passes errados: Vitória 44 x 41 Inter
Desarmes: Vitória 26 x 18 Inter
Faltas cometidas: Vitória 14 x 15 Inter
Impedimentos: Vitória 4 x 0 Inter
Escanteios: Vitória 5 x 10 Inter
Posse de bola: Vitória 48% x 52% Inter
Análise: mesmo correndo atrás do placar o jogo todo, o Inter criou só um pouco mais do que o Vitória. A equipe baiana foi mais efetiva e só não arriscou tanto porque, além das limitações, precisava demais do resultado, sem poder arriscar tanto após abrir o placar. Espaço tinha para fazer mais do que 2 a 0.
A entrevista de Wellington Paulista após o jogo foi absolutamente surreal. Negando a realidade, o centroavante viu uma atuação "muito boa" do Inter em uma noite onde quase tudo esteve errado. Dida, tão seguro, falhou no gol de Richarlyson, um gol cedo, que enervou ainda mais um time já pressionado. É verdade que o time criou chances, mas não o fez por trabalhar jogadas perigosas de forma qualificada, e sim porque o fraco time do Vitória, que tem um meio-frente razoável e uma defesa horrorosa, deu campo, visando garantir sua tão importante vantagem. D'Alessandro não jogou nada, Eduardo Sasha e Jorge Henrique foram igualmente nulos. Os laterais Gilberto e Fabrício até se apresentavam mais para o jogo e tentavam não deixar Wellington Paulista tão isolado.
O primeiro tempo já terminou com o Vitória mais perto de ampliar que de sofrer o empate. No segundo, o 2 a 0, de Marcinho, escancarou as deficiências da defesa colorada e matou o jogo. Os 35 minutos finais foram tão sonolentos quanto constrangedores. Um Inter sem ânimo para reagir diante de um adversário louco para que o jogo acabasse. Sim, porque cabe lembrar: o Vitória entrou na rodada como o lanterna do Brasileirão. Deixou esta condição agora para o rival Bahia, que pega só o Cruzeiro, e no Mineirão, nesta quinta.
É estranho o clima no Beira-Rio. Quem vê a tabela enxerga o Inter à frente ainda de 17 equipes na tabela, em posição privilegiada, mas o clima é pesado como se a classificação estivesse de ponta-cabeça. É difícil saber a causa da crise (sim, incrivelmente, trata-se de uma crise). A obsessão pelo título brasileiro é tão grande que a perda desta chance, dada a sequência de derrotas, parece desencadear uma depressão de que a fila será, ao menos, um ano mais longa. E se quem vem à frente está longe (o São Paulo já tem cinco pontos a mais), quem está atrás se aproxima. Além do Grêmio, que encostou de vez, Fluminense e Sport também já aparecem no retrovisor, fora Corinthians e Atlético-MG. O Brasileirão não perdoa equipes desanimadas. E não vencer o Botafogo domingo complicará até G-4, afinal, o Inter terá duas partidas fora de casa na sequência.
Ficha técnica
Campeonato Brasileiro - 20ª rodada
VITÓRIA (2): Fernández; Nino Paraíba, Luiz Gustavo, Kadu e Juan; Neto Coruja (Adriano), Cáceres, Richarlyson, Escudero (Edno) e Marcinho; Dinei (Beltrán). Técnico: Ney Franco
INTERNACIONAL (0): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Ygor (Valdívia), Wellington, D'Alessandro, Eduardo Sasha (Leandro) e Jorge Henrique (Alan Patrick); Wellington Paulista. Técnico: Abel Braga
Local: Barradão, Salvador (BA); Data: quarta-feira, 10/09/2014; Horário: 22h; Árbitro: Péricles Cortez (RJ); Público: 5.141; Renda: R$ 24.470,00; Gols: Richarlyson 7 do 1º; Marcinho 10 do 2º; Cartão amarelo: Fernández e Fabrício; Nota do jogo: 5; Melhor em campo: Cáceres
Números do jogo
Finalizações: Vitória 9 x 15 Inter
Chances de gol: Vitória 5 x 6 Inter
Passes errados: Vitória 44 x 41 Inter
Desarmes: Vitória 26 x 18 Inter
Faltas cometidas: Vitória 14 x 15 Inter
Impedimentos: Vitória 4 x 0 Inter
Escanteios: Vitória 5 x 10 Inter
Posse de bola: Vitória 48% x 52% Inter
Análise: mesmo correndo atrás do placar o jogo todo, o Inter criou só um pouco mais do que o Vitória. A equipe baiana foi mais efetiva e só não arriscou tanto porque, além das limitações, precisava demais do resultado, sem poder arriscar tanto após abrir o placar. Espaço tinha para fazer mais do que 2 a 0.
Comentários
Richarlyson neles!
O inter anda pagando mico. Opa, mico não pode, pois é racismo.
Richarlyson foi o jogador mais achincalhado da história deste país e o gloriosos stjd nunca fez nada sobre isso.