O indiscutível dono do Apertura

Mais uma rodada em que o Cruzeiro vence, mais uma em que abre vantagem. A equipe de Marcelo Oliveira até nem vem precisando jogar tudo o que sabe nos últimos jogos. Contra Botafogo e Criciúma não conseguiu a vitória, diante do Santos fez a grande partida a que nos acostumamos a ver, mas contra Grêmio e Goiás (13º, 20) foi apenas mediano, e ainda assim ganhou. Se quinta-feira o resultado positivo só veio aos 40 do segundo tempo, ontem quase escapou aos 48, mas David cobrou o pênalti bisonhamente para fora e deu aos esmeraldinos a quinta derrota seguida.

Com 39 pontos, o Cruzeiro já é o campeão simbólico do primeiro turno do Brasileirão. Sua campanha supera a do ano passado. Nesta mesma altura, o time mineiro tinha 34 pontos. Hoje, com cinco a mais, o aproveitamento é de impressionantes 76,5%. Ninguém no momento parece capaz de chegar perto, o que é péssimo para a competitividade do certame. Mas não há do que reclamar: o Cruzeiro já deu exemplo no ano passado, formando time forte a partir da observação de peças que se encaixavam no time, na construção de um banco de reservas quase tão forte quanto os 11 titulares, apostando na continuidade de um trabalho e sem gastar rios de dinheiro, exemplo que não foi seguido pelos demais, ou ao menos não com a mesma competência. Não é um time que ganha fácil por ter muito mais dinheiro que os outros, por uma parceria obscura, mas porque é mais competente. Os demais que corram atrás.

São Paulo: num Morumbi com decepcionantes 31 mil torcedores (pela fase que vive o Tricolor e pelo que esta torcida já compareceu em jogos até menores neste campeonato), o São Paulo (2º, 32) bateu o Santos (10º, 23) por 2 a 1 e se consolidou como o novo rival do Cruzeiro na luta pelo título, embora esteja mirando-o de binóculo, como diria Renato Portaluppi. Ganso e Pato fizeram para o time da casa, Gabriel descontou para o Peixe.

Rio de Janeiro: a tarde de redenção para o Fluminense (5º, 29) e Fred. Depois de várias derrotas seguidas, brigas com as organizadas, eliminação vexatória na Copa do Brasil e queda na tabela do Brasileiro, o Flu enfim venceu, e bem. Num Maracanã vazio (11 mil), enfiou 4 a 0 no bom time do Sport (8º, 25) e encostou de novo no G-4. Fred fez dois, Cícero e Conca completaram o placar.

Curitiba: oito meses e meio depois, o Atlético-PR (9º, 24) enfim terminou de cumprir a punição pela barbárie cometida por alguns de seus torcedores naquele fatídico jogo com o Vasco, em Joinville. A Arena da Baixada jogou com portões fechados pela última vez, e talvez tenha sido melhor, pois o 0 a 0 com o fraco Bahia (18º, 16) foi sofrível.

Criciúma: a estrela de Vanderlei Luxemburgo segue brilhando no Flamengo (11º, 22). Dois reservas colocados por ele em campo, Mugni e Eduardo da Silva (ambos com bola para serem titulares), fizeram os gols na vitória por 2 a 0 sobre o Criciúma (17º, 17), no Heriberto Hülse recebendo seu maior público no campeonato (quase 15 mil). O Fla deixa de vez a zona de baixo, fixa-se no meio e, daqui a pouco...

Salvador: o Figueirense (12º, 20) é outro que se recupera a olhos vistos. Se em casa a equipe vai muito mal e tem a penúltima campanha da Série A, fora dela é o 3º melhor. Só o Cruzeiro ganhou mais vezes. Ontem, fez 1 a 0 no novo lanterna, o Vitória (20º, 15), com gol do ex-gremista Everaldo. Pouco mais de 7 mil foram ao Barradão.

MUITO OBRIGADO!
Hoje o Carta na Manga completa 8 anos de existência. Muito obrigado a todos vocês que prestigiam o trabalho que aqui é feito, sempre com muito cuidado e dedicação. Vocês também são a razão pela qual esse projeto é possível. Valeu, gente!!

Comentários

Lique disse…
parabéns professor! ainda lembro de entrar aqui para ler sobre MAIDANA, LÉO LIMA, RAMÓN e outros lendários tricolores. ;)
Vicente Fonseca disse…
Grandes tempos, meu caro. E tu sempre presente!

:D