Sonolento

Foi de dar sono o jogo da seleção brasileira diante da Sérvia. Sem saber se partia para cima da mediana equipe adversária ou se poupava para não perder ninguém lesionado, o time de Felipão ficou a tarde toda a meio pau. Diante de um rival fechado, abusou dos afunilamentos. Sem laterais com característica de linha de fundo (ambos são quase meias em seus clubes) e com os dois pontas muito marcados, ficou sem alternativas de jogadas. Restava Fred, que fez o gol num lançamento isolado de Thiago Silva, mas com todos os méritos de um grande centroavante.

Amistoso está longe de ser Copa do Mundo, mas algumas coisas dos jogos contra Panamá e Sérvia ficam de alerta. O primeiro é o individualismo de Neymar: diante dos panamenhos, seu primeiro tempo foi de um solista egoísta e despreocupado em passar a bola para quem estivesse mais bem colocado. No segundo melhorou, desequilibrou, jogando como na Copa das Confederações, embora mal marcado. Diante da Sérvia, muito mais controlado, foi fominha o tempo todo. Suas jogadas individuais são importantes para abrir a defesa adversária quanto esta está muito fechada, mas prejudicam o time se ocorrerem em excesso. Hoje, passou mais tempo deitado que em pé.

Oscar é outra questão que deve branquear o bigode de Luiz Felipe. Mais uma atuação apática, fora da rotação do jogo. E hoje Willian nem entrou tão bem como na terça-feira, ou seja: também o banco não é tão confiável assim. A dupla de volantes cumpriu seu papel à frente da zaga com competência, mas isso não significa que houve só tranquilidade. Mesmo pouco agressiva, a Sérvia teve as melhores chances do primeiro tempo e algumas poucas no segundo, contando com batidas de cabeça de Thiago Silva e David Luiz. 

Há seis dias para corrigir esses problemas. A Croácia é logo ali, e mais forte do que a Sérvia.

Perde a Copa
Ribery fora da Copa do Mundo não é uma perda só para a França, mas para o Mundial, que não verá um dos três melhores jogadores do planeta em 2013. E nem mesmo a lesão do craque sensibiliza Deschamps: Nasri ficará mesmo longe do Brasil em junho e julho. Crescem as chances do Equador de passar de fase.

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